"O nosso pároco infelizmente não cumpre com seus deveres n'esta Vila, tem morrido pessoas sem confissão." (Diário S. Paulo, Agosto de 1865)
O fato ocorreu mesmo em 1865, quando Santa Isabel comemorava 32 anos de emancipação, naquela época, os primeiro quinteiros agraciados pela coro ocupavam terras da Fazenda Morro Grande que antes pertenceu a sesmeira Francisa Leite, e construíam fazendas menores onde expandiam suas lavouras. Um deles foi Thomé Pereira de Souza, português indignado com o comportamento do sacerdote que conduzia a paróquia da Vila. Assim, resolveu o denunciar a Diocese de São Paulo. Dessa forma reproduziu o "Diário de São Paulo" em matéria publicada em Agosto de 1865, edição 010(1).
Naquela data, Thomé ordenou seu criado, José Albino de Godoy, que fosse atrás do vigário da Vila para confessar sua esposa que estava enferma. Esse era o costume da época, confessar os moribundos, a extrema-unção. Godoy não encontrou o pároco no distrito e saiu indagando onde poderia encontrar ele. Depois de dois dias exaustivos, o encontrou em uma casa no Bairro do Paratey de Cima, distrito de Jacareí.
Cumprindo as ordens de Thomé Pereira de Souza, Godoy pediu ao padre que fosse confessar a infeliz senhora. Pois já estava em estado terminal. O que teria respondido aquele sacerdote o seguinte: "Que nesse dia ia pousar em casa de Bento Joaquim da Costa, e que no outro vinha a sua paróquia". Godoy retornou à casa de seu patrão, porém, a debilitada mulher havia falecido. Thomé, furioso, ordenou a seu criado se encontrar com padre e dizer: "Não precisa mais, a mulher já morreu". Ciente do recado, o padre voltou do caminho, sequer veio ver em que estado estava a paróquia.
Thomé ponderou, ainda, que a mulher de Luiz Antônio da Cunha Lobo (avós do ex-prefeito Zico Lobo), também morreu sem confissão. Era dito que o vigário não parava mais na vila, pois passava o tempo todo em caçadas de veados. A prova disso, é que veio uma criança do Pouso Alegre certa vez, filha de Benedito José Gonçalves, para ser batizada. Mas não acharam o padre, pois ele tinha ido para uma tal de Maria Leite, na caçada.
Thomé ponderou, ainda, que a mulher de Luiz Antônio da Cunha Lobo (avós do ex-prefeito Zico Lobo), também morreu sem confissão. Era dito que o vigário não parava mais na vila, pois passava o tempo todo em caçadas de veados. A prova disso, é que veio uma criança do Pouso Alegre certa vez, filha de Benedito José Gonçalves, para ser batizada. Mas não acharam o padre, pois ele tinha ido para uma tal de Maria Leite, na caçada.
Os pais esperaram até o entardecer e o vigário não veio, tampouco o sacristão. E nesse mesmo dia, um cadáver foi sepultado sem a cerimônia final. O sino da Matriz soou para que alguém trouxesse a chave do cemitério, e ainda assim não apareceu ninguém. Por isso, o portão deve que ser arrombado para o enterro. Já a criança, voltou sem receber a água do batismo por causa de caçada de veados.
Isso foi passado ao Bispo, Dom Sebastião Pinto do rego, da Diocese de São Paulo.
Isso foi passado ao Bispo, Dom Sebastião Pinto do rego, da Diocese de São Paulo.
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