quarta-feira, 28 de julho de 2021

Fernanda Lima: a fotografa de diversos talentos


Aqui eu deixo a própria artista se apresentar com esse texto. Aproveitem.

"Meu nome é Fernanda, costumam me chamar de Fernanda Lima. Sou mãe de 3 diamantes raros, o Renato, a Lavínia e a Lorena. Sou esposa do Roberto, décima filha da dona Rosalina e seu Francisco. Nasci em Santa Isabel, uma cidade linda.   

Antes de “estar” fotógrafa (e digo estar, porque acredito que a vida é movimento e tenho habilidades para outras coisas também) eu fui locutora. Na verdade, essa foi a primeira profissão que tive na vida, foi o amor que conheci, assim que comecei a viver. Desde pequena eu falava com o Eli Corrêa pelo fio do rádio relógio, da minha mãe. Foi este mundo do rádio, que me levou a ser quem sou e também chegar onde cheguei. 

Não posso falar da minha trajetória, sem citar um cara que foi e é muito importante para mim, Vicente Orrico! Eu digo que ele é o meu pai do rádio. Aos 11 anos de idade tive a oportunidade de ter meu primeiro trabalho, e foi ele quem me encontrou e disse que eu teria futuro neste meio. Por uns momentos eu até acreditei nisso (rsrs). Foi ele também quem me deu este nome artístico, pois eu tinha um terceiro nome, mas segundo ele o “Lima” soaria melhor. 

Tive acesso ao mundo artístico e a muitas personalidades.  Entrevistei muitas delas também, e com o rádio aprendi a me comunicar melhor. Tenho isso também de meu pai, o Sr. Francisco, que era o grande responsável para gritar ao mundo que a filhinha dele era a “Fernandinha Lima”. Hoje não o tenho mais, porém esse meu jeito de querer resolver o mundo é algo que trago dele. A minha mãe eu trouxe a força e a persistência, ela é a mulher mais forte que já conheci, e também sei que a dou muito orgulho. 

Saí da escola sem muita ideia do que seria da minha vida, eu não teria condições alguma de fazer faculdade, mas eu queria! Minha irmã, quase mãe Ivânia, mesmo morando longe, me ligou como de costume, e notou uma certa tristeza na minha voz. Falei a ela sobre essa vontade de estudar. "Mana vai e faz. A gente dá um jeito". O primeiro mês ela me ajudou. Neste mesmo ano, seis meses depois, foi lançado o programa “Escola da família” e eu fui uma das primeiras a ser contemplada e, apesar de ser uma “Bolsa de Estudos”, eu trabalhava e muito. Trabalhava nos finais de semana e, durante a semana também tínhamos encontros na escola, além é claro, de ter que trabalhar em outra função para me sustentar. A noite ia para a faculdade. Eu tinha uma amiga, uma irmã na verdade, Andréia Silva (infelizmente não a tenho mais aqui) que me ajudou muito. Pois, muitas das vezes eu  não conseguia acompanhar as aulas, dormia, e às vezes não tinha tempo de comer. Estava “sumindo”.  

Neste mesmo período eu fazia um estágio na Metropolitana de Suzano, onde aprendi muita coisa, mas não pude continuar, pois os horários ficaram apertados e eu realmente não iria aguentar. Optei então, por continuar na faculdade e deixei para trás a realização de um sonho. Minha amiga Andreia, com toda a paciência que Deus lhe deu, me ensinava, fazia trabalhos comigo. Inclusive até um estágio na rádio fizemos, para que eu não perdesse as oportunidades, pois dentro do cronograma de 3 trabalhos não sobraria tempo para estágio. Ela se sacrificava para estar ali comigo, fazendo isso. Foi neste período que conheci o amor da minha vida.... Numa entrevista na rádio. Daquele dia em diante a minha vida mudaria. 

Em 2006 fiz um curso de Cerimonial e Organização de Eventos. De início eu ainda não sabia o que fazer com esta função, mas dois anos depois fiz o primeiro casamento da minha vida, acompanhada de Celso Ricardo, que também é um grande profissional da voz. O mundo das festas e eventos começaram a fazer parte da minha vida. 

Minha ideia sempre foi fazer Jornalismo e seguir neste meio, porém não foi possível por questões financeiras. Depois de um tempo me tornei Jornalista, e neste mundo conheci a fotografia. Foi amor à primeira vista! Na verdade, eu já era fotógrafa e não sabia. Nas festas em casa e com os amigos, era eu quem tirava as fotos, e “cá entre nós ninguém tirava foto melhor do que a Fernanda aqui”. Era horrível quando alguém me fotografava, nunca saía boa a foto. Eu fotografei com câmera manual, aquela de filme que você tinha que esperar 15 dias para ver as fotos. E pasmem, queimavam poucas fotos hein rs. 

Foi no ano de 2012 que ganhei a minha primeira câmera profissional, era apenas para brincar de fazer fotos em casa. Eu tinha feito um pequeno curso dentro da área jornalística, mas mesmo assim não passava pela minha cabeça ser fotógrafa profissional. 

Surgiram os primeiros ensaios, de amigos, depois de parentes, e assim por diante. Surgiu o primeiro casamento. Eu amei fazer ensaios, mas quando fiz o primeiro casamento, foi outro amor à primeira vista! Era aquilo que eu queria fazer. 

Mas desde sempre, nunca curti muito aquele negócio de fotos posadas, aquela coisa chapada, não! Eu gostava de captar o momento, o choro, o riso. Aí fui descobrindo que este estilo era o fotojornalismo, e era este então, que eu queria levar para a minha vida. 

Nunca parei de estudar fotografia, todos os meses algo novo surge. Estudei com Everton Rosa, com o qual aprendi a “street weedding” e me apaixonei mais ainda, afinal além de fotógrafa eu era Celebrante, e este estilo era exatamente a ligação dos dois ramos. O street weedding é um estilo de casamento de rua, onde são apenas os noivos num local diferente. É algo para um artigo inteiro só disso, se quiserem saber mais podem me chamar, que esclareço melhor. 

Fiz vários outros cursos de fotografia, e ainda os faço. O fotógrafo bom é aquele que entende que nunca sabe tudo, ele sempre está em busca de algo novo, porque a fotografia é a luz em movimento, todos os dias algo novo acontece e você precisa estar ligado nisso. 

Eu me baseio em fotografias estrangeiras, mas também curto muitos fotógrafos brasileiros. 

Todos os casamentos que fiz são especiais, não tem o melhor entre eles, mas tem alguns que marcaram a minha vida, mas para não gerar ciúme eu prefiro não comentar, ok? Porém um recente, o qual me chamou bastante a atenção, foi o casamento de um Sargento. Logo ao final da cerimônia, um Policial Militar se dirigiu até o altar. E muito rapidamente captei, aquele cumprimento que fazem, eu peguei bem na hora. Estávamos nos preparando para sair e de repente aconteceu. Se eu tivesse pensado um segundo, ou olhado para o lado, teria perdido o click. Isso é fotojornalismo!  

Um outro casamento que também foi diferente, aconteceu na Igreja Nossa Senhora Aparecida, aqui em Santa Isabel. A entrada da criança, com a aliança é algo que a gente precisa estar muito atento, mas a criança em questão não quis entrar. A irmã mais velha a pegou no colo e plenamente calma, entrou com ela no colo. Foi um dos registros mais lindos e singelos que já fiz. 

Eu sempre brinco que tiro foto em 360 graus. Enquanto os noivos se casam, já olhei para os lados e peguei a mãe chorando, com o buquê da filha no colo. No casamento é tudo muito dinâmico, e o fotógrafo precisa estar ligado em tudo, olhando tudo a sua volta, porque o casamento não acontece só ali no altar, ele está acontecendo com tudo o que está a nossa volta, e tudo merece ser eternizado. 

Depois de um tempo fiz um curso especial de ensaio sensual e nú. Entre os professores estava JR Duran, o fotógrafo chefe da Play Boy. Aprendi muita coisa! Ele possui um conhecimento impar e muito admirável. Hoje em dia vemos muita gente fazendo este tipo de ensaio, mas é extremamente importante saber conduzir um ensaio deste. Ter discrição, calma, saber conduzir a modelo no seu melhor ângulo, para que a edição em programas seja a menor necessária. O sensual diferente do que as pessoas pensam, não é um ensaio sem roupa! A sensualidade está no olhar, no modo de sentar, na posição das mãos e até mesmo na maneira de segurar um copo. Existe um tabu em torno de fazer ou não este tipo de foto, achando que é necessário tirar a roupa. Claro que faço estes também, vai de cada estilo, porém os sensuais mais lindos que já fiz, as modelos estavam completamente vestidas. Nós mulheres merecemos, precisamos e na verdade devemos ter um momento deste. Eu sempre faço minhas fotos, eu gosto! Faz bem. Após o ensaio eu me sinto tão poderosa, que dá vontade de mudar o mundo. E é exatamente essa a sensação, que minhas clientes maravilhosas dizem que sentem, após o resultado do ensaio. Na verdade, logo que acaba, sem antes ter visto o resultado final, elas já me mandam mensagens dizendo como estão se sentindo bem.  

O que posso dizer a vocês é que a vida é fácil sim, depende do ponto de vista e do ângulo que você observa. Se você ainda não chegou onde quer ou onde precisa, é porque ainda não entendeu que merece isso. Quando entendemos o que merecemos, nós passamos a possuir aquilo. E também não tenha medo de mudar, quando algo não vai para a frente, não estamos plantados, somos seres vivos, em movimento, então mexam-se! 

Tive e as vezes ainda tenho sim, muitas pedras no meu caminho, mas eu sempre as vejo como objeto de decoração, da longa jornada que estou fazendo. 

Obrigada Eduardo, pela oportunidade de mostrar um pouco do que sou, de quem sou!" 



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