Minha opinião sobre a pasta da cultura e educação de Santa Isabel (2021)

Bem, eu pensei em não escrever de forma ruim sobre a cultura esse ano. Tinha a crença que talvez, esse ano, algo mudasse, mas saí ano, entra ano, continua a mesma coisa. E pior, a educação também foi afetada.

Uma das primeiras ações em 2021 do Secretário de Cultura, foi suspender o pagamento das horas trabalhadas nesse ano. No dia 15 de Janeiro foi feito um aviso verbal que a secretária não pagará o que ficou para trás e que, daqui para a frente, será pago somente o valor da metade do contrato. 

Os professores observam que a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) prevê para a cultura a importância de pouco mais de R$ 400.000,00 no ano e que quase a metade desse recurso será destinada ao secretário. Valor que seria suficiente para pagar o salário de 10 professores. Hipocrisia da parte do secretário, não acham?

Além disso, foi dito que o projeto Orquestrando Sonhos seria suspenso, por motivos nebulosos até então. Mas quando a reportagem do Ouvidor foi tentar falar com a administração municipal para explicar os possíveis ajustes a serem feitos no projeto, não se pronunciaram sobre isso. Em nota a prefeitura disse que o projeto só deveria se adequar a lei de diretrizes básicas da educação. E que pretendia abrir novo processo de seleção, ao qual os antigos professores poderiam participar.

Para tentar desfazer o mal-entendido, o prefeito Chinchilla fez questão de promover um ensaio ao ar livre da orquestra na Praça Fernando Lopes e garantiu "A Orquestra é o maior patrimônio de Santa Isabel e não vai acabar". 

Vamos por partes: primeiro a cultura, depois a educação.

Todo o começo de ano, nos últimos anos pelo menos, o Centro Cultural tem que deixar de pagar o pessoal, para primeiro lidar com suas dívidas e outras coisas. Para falar de forma superficial sobre isso, eles vão "limpar a casa". Não ach justo com os professores, mas compreendo. Entretanto, temos um secretário que recebe o suficiente para pagar devidamente dez dos professores. Mas durante a pandemia eles, além de não pagar o pessoal, vai pagar metade do contrato! O que esperar de um governo no qual o líder ficou cego para as falhas morais da prefeita anterior, e "de repente" quis se candidatar? E se alguém me falar que eles devem ter recebido auxílio da Lei Aldir Blanc, eu lhe falo que isso não justifica. É direito deles pelo que eles trabalharam ou vão trabalhar. Mas como sempre, o artista não é valorizado.

E sobre o Orquestrando Sonhos, é engraçado que eles não se pronunciaram aos pais dos alunos. Ao menos os que conheço não falaram nada. Pois não foram informados de nada. Mas o pior, se me lembro bem, é que esses professores foram os mesmos que levaram a banda a vitória diversas vezes. Eu tenho um texto aqui que trata disso. Mas o que falar de um lugar que não valoriza seus artistas?
Devo acrescentar que a educação agiu rapidamente com relação a orquestra, pois deve pressão popular.  Pais de diversos alunos foram em redes sociais reclamar dessa atitude, tanto pelos alunos, quanto pelos professores que fizeram tanto. Como no caso, na cultura, os professores não tem tanta voz e nem podem reclamar devido ao medo de serem demitidos, eles se sentem presos.
Mas é engraçado ele ter comentado que as aulas de EAD, não tem valor de aulas. Então, se compararmos esses fatos com os estudos na rede pública, ele diz que o ano de 2021 foi perdido em qualquer área da educação.

NO Pé do Ouvido: Sem Dinheiro. Jornal Ouvidor. Igaratá. 16 de Janeiro de 2021. p. 2.
NO Pé do Ouvido: Sem Dinheiro 2. Jornal Ouvidor. Igaratá. 16 de Janeiro de 2021. p. 2.
NO Pé do Ouvido: Orquestrando. Jornal Ouvidor. Igaratá. 16 de Janeiro de 2021. p. 2.
NO Pé do Ouvido: Orquestrando 2. Jornal Ouvidor. Igaratá. 16 de Janeiro de 2021. p. 2.