Essa simpatia teria sido usada em mim por dona Ilidia Sousa Godoy (ao que parece esse era o nome, pelo que minha mãe se lembra). Essa mulher era tia e madrinha do meu tio-avô, Benedito Sousa, um caminhoneiro que viveu na Rua da Feira.
Como ela funcionaria? Simples: a criança teria que tomar a primeira água de janeiro. Ela esperou a primeira chuva daquele mês, pois eu ainda não falava, guardou essas águas e me deu de beber. Tempos depois, parece que eu comecei a falar. Se foi a simpatia ou não, o que importa é que se manteve essa tradição.
Ao que parece, ela gostava muito de mim. Por isso, ela usou essa simpatia.
Eu inicialmente achei que poderia ser a questão de ter a "língua presa", um problema que faz que troque as letras quando não tomo cuidado. R por L, por exemplo. Mas isso não influenciaria na fala de uma criança.
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