terça-feira, 30 de julho de 2024

Figuras notáveis de Santa Isabel: Alcino Acacio Camargo

Nascido em 9 de Abril de 1917, era filho de Júlio de Camargo e Filomena Arouca de Camargo. Foi o primeiro oficial de justiça da cidade, comissário de menor e comerciante. Se casou Maria Francisca Acácio de Camargo, com quem deve os filhos Silvio de Camargo, Eunice Benedita Camargo Barbosa, Filomena de Camargo, Alcides de Camargo, Luis de Camargo e João de Camargo. Viúvo em 1960, casa-se com Guiomar Machado de Camargo com quem teve mais três filhos Maria Conceição de Camargo, Dalva de Camargo e Alcina de Camargo.
Ele gostava muito das festas da cidade. Tais como a festa junina, Páscoa, São Gonçalo e Natal. Na Páscoa, era tradicional fazer uma feijoada. No Carnaval ele costumava fazer com barro o famoso boi pintado, urso, anãozinhos para os filhos, netos e amigos. Ficava contando diversas histórias por horas.
Como oficial deve grandes amizades com juízes, promotores, advogados e outras pessoas influentes da cidade. Era uma pessoa muito querida no Fórum. Muitas vezes acolhia pessoas sem moradia fossem crianças, jovens ou idosos.
Morreu em 3 de Abril de 1988. Um domingo de Páscoa.

domingo, 28 de julho de 2024

Sobre a Santa Casa de Santa Isabel

A nossa Santa Casa de Santa Isabel foi fundada em 11 de Setembro de 1949 pela sociedade civil, é hoje uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, tendo por objetivo a promoção da saúde, atividades educacionais, fortalecimento do exercício da cidadania, participação efetiva no desenvolvimento socioeconômico do nosso município. 

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Juliana Saueia e Além da Curva

Juliana Saueia, ou Ju para os amigos, é uma escritora e atriz, que tem uma bagagem emocional gigantesca.
Juliana Saueia, divide sua morada entre - como ela mesmo disse - Santa Isabel e o Mundo da Lua. Bacharel em Direito por obrigações sociais, formou-se, também, em Teatro, para transbordar o coração. Em 2016, após a morte de seu pai criou o blog Além da Curva, quando descobriu na escrita e nas viagens que fazia sozinha uma forma de se sentir viva. Ali, encontrou a força de ser vulnerável e compartilhar suas histórias sem filtros para as outras pessoas, além de encorajar outras mulheres a terem suas jornadas com a própria companhia. Em 2022 lançou seu primeiro livro "Além da Curva - Foram muitas mortes até encontrar a Vida" onde expõe ao leitor os sentimentos que perduraram durante seus inúmeros processos de luto, quando, aos 19 anos sofreu um acidente de carro com sua mãe, avó e irmão, levando os três a óbito de forma tão trágica.
A leitura realmente se desenrola, quatro anos depois, de perder seu pai e ficar responsável por sua irmã de 13 anos. O luto, a depressão e a solidão estão escancarados no livro, para mostrar a naturalidade do sentir, expondo que para haver um caminho de cura, precisa antes haver o acolhimento. Seu em primeiro lugar, para depois encontrar as outras pessoas.
Eu vou comentar como me senti ao ler esse livro. Devo explicar qual era o contexto de quando li esse livro: ainda a pandemia de Covid-19 era bem forte e ia com minha mãe para fora da cidade, que ela fazia exames por lá. Íamos constantemente para Mogi da Cruzes, em 2021, devido a cidade de Santa Isabel não ter os aparelhos necessários para isso. Mesmo possuindo um prefeito formado em medicina, não temos avanços, para coisas assim, até 2024. Mas enfim...
Enquanto ia com ela, de ônibus várias vezes para os locais de exame. E enquanto íamos e voltávamos, e eu esperava por minha mãe, eu lia. Então, imagine alguém que estava esperando por sua mãe, numa época de pandemia mundial, que iria fazer uma cirurgia meses depois, lê um livro tão forte... Cara, esteja preparado...
É um livro tenso. Que mesmo você conhecendo a autora e sua história, os pormenores te deixam feliz, assustado e ansioso para saber os resultados de toda essa trajetória. A escrita é boa e te coloca a par dos acontecimentos, mesmo que já conheça os envolvidos de um modo único. Eu trabalhei com a Mônica, mãe da Ju e tive a oportunidade te conhecer seu pai também, seu Walney. Se eu, que conheci a ambos pouco tempo, revivi a dor da perda deles, que foi chocante demais pra mim, imagine para quem colocou isso em uma escrita.
Lembrando que a Ju, foi uma das três artistas que chamei para darem entrevistas aos alunos do Colégio Artur Ferreira, o Conchinha. Entre elas, além dela, Franciéle Silva e Miriam Cristina. Gostaria te fazer mais isso. De qualquer forma, eu recomendo, nesse dia do escritor, essa leitura.
O livro foi publicado pela UICLAP, mas há outras fontes para comprar. 


quinta-feira, 18 de julho de 2024

Lendas de Santa Isabel: Enterrar o dinheiro

Isso não é bem uma lenda, nem simpatia, mas um costume.
Todos já devem ter ouvido a história de guardar dinheiro no colchão. Mas em famílias mais antigas, até aqui da cidade, também era comum guardar dinheiro, o enterrando. Especialmente quando a pessoa era da área rural. Se pegava um vaso ou cesto, e se enterrava em um lugar com poucas árvores. Para que as raízes não causem problemas com qualquer que seja a forma monetária, ou não destruir o invólucro. 
Poderia ser por não confiarem em bancos ou até por não ter essa instituição em todas as cidades.
Ironicamente, poucos são os relatos de pessoas que encontraram essas "fortunas" depois. Na verdade, ou era pois a pessoa ficava idosa e não se lembrava onde deixou esse dinheiro ou por causa que morria antes de aproveitar desse capital.