O Clube Literário e Recreativo de Santa Isabel apesar de conter muitos membros da elite isabelense, não deixava de auxiliar os jovens que quisessem ocupar sua mente com atividades intelectuais. Pelo menos é isso que cita Dr. Isaias Bueno.
O clube ocupava uma casa no Centro, cujo núcleo acomodava a recepção, salão de jogos, sala de leitura e secretária. No horto, ergueu-se um confortável ginásio para a prática de esportes, danças e atividades culturais. O ambiente permitia a realização de bailes, desfiles e shows, nos fundos um palco completo com cortinas, luzes, som e caixas dotadas de toucador e privacidade.
Os instrutores vinham do recém inaugurado ateneu (estabelecimento de ensino secundário), e ensinavam em aulas de canto, dança e artes cênicas. As instruções de judô, luta livre e boxe ficava a cargo de Adhemar de Freitas, Francesco Longo e José Domenech.
O lugar proporcionou bailes memoráveis de formaturas, debutantes e datas comemorativas. As orquestras eram de alta linhagem nessas festividades: Continental de Jaú; O. K. de Taubaté; Biriba Boys de S. José e Internacional Orquestra "Casino de Sevilla".
Eles tentaram várias vezes realizar os bailes carnavalescos da cidade, mesmo quando recorreu para uma ideia mais filantrópica. Os foliões tinham mais predileção pelo Juta e o Lanifício, naquela época. E também por ser formada pela elite esse clube, talvez.
Segundo o que se sabe, nas peças teatrais, subiram ao palco pessoas famosas como Jofre Soares e Mazzaroppi. E que atores locais, também interpretavam sonetos, poemas e peças curtas. E uma delas, O Diário de um Capadócio, foi escrita e interpretada pelos alunos Mamoru, Isaías, Adil e Humberto, com auxílio da Profa. Marilda.
O Clube Literário era sustentado pelo "escol" (pessoas mais cultas) da sociedade local, diz Isaias Bueno. O que demonstra seu termino.
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