O teatro em Santa Isabel possuiu vários interessados em criar grupos dessa arte. Desde muito tempo.
No bairro, 13 de Maio, próximo de onde se ergueu o obelisco da comemoração a Abolição da Escravatura. Naquela área, os livros de Ata da Câmara Municipal - cujo início remonta ao ano de 1833 - dão pistas que ali seria uma região de vanguarda, com ideais de abolicionistas. Então, com isso surgiram ideias de construir um teatro. Porém, por muito tempo sua construção foi paralisada.
Depois disso, o lugar que seria usado para isso, muitos anos mais tarde, se tornaria a Câmara Municipal e Salão Nobre de Santa Isabel.
Através de Iuri Rodrigues, vi uma notícia do Jornal Tribuna de Santa Isabel. Era de 1978. Nela, fala sobre a iniciativa de um grupo em fazer uma peça, mesmo se tratando de amadores, mas que fizeram isso com grande afinco. Ao que parece Armando Machado foi o responsável pelo texto da peça, além de participar dela. Alguns dos nomes que participaram do espetáculo, além de "Machadinho", foram Adail Souza, Nathan, Maria da Graça, Agnelo e Luiz Chiquinho de Assis.
Lembrando que Armando já contribuiu de outros modos com peças de teatro.
Muito é dito sobre Netto Maia também.
Mas voltemos um pouco no tempo. Um dos primeiros grupos de teatro que se tem notícia é justamente o grupo do Armando Machado que se apresentou pela primeira vez em 1978, com a peça “Linha de Fundo” de autoria do próprio Machadinho. Faziam parte do grupo Adail Souza, Maria da Graça, Nathan, Agnelo e Chiquinho de Assis.
Em meados dos anos 80 e 90, o agitador cultural Homero Vallone reunia alguns jovens da época para realizar performances, peças de teatro e desfile de modas em uma espécie de agência, a Natural Tipos & Tipos.
O poder público foi responsável por fomentar a arte dos palcos ministrando diversas oficinas criativas. Dessas oficinas nasceram três Mostras teatrais e grupos como o Perséfone, que se apresentou no Cine Teatro Montenegro com enorme sucesso as peças “Rua São Luiz, 27 8o andar”, “Morte em 4 atos” e “Lar doce lar” todas com direção de Luciene Barduchi.
Já nos anos 2000 surgiram grupos independentes do poder público quais se destacaram as ações da ONG Metrosejos dirigidos pela isabelense e atriz Amabile Luz e o Subteatrágicos que sob a direção de Horn, experimentavam e criavam a partir do teatro físico, como na peça “Paixões” apresentada no Auditório da igreja Matriz.
Além deles tivemos também os grupos e oficinas de teatro. Mas aqui enfoco o esforço de Iuri Rodrigues, com o grupo teatral Manceira. Lembrando que ele é sobrinho de Armando Machado. Ou seja, o amor pela arte é algo de família. Ele já foi encarregado da Paixão de Cristo dois anos seguidos (2014 e 2015), além de participar, dirigir e até escrever algumas peças. Como Badaroska, Fragmentos de Maria, Valsa nº 6 entre outros. Lembrando que esse último foi exibido na Bolívia. Incluindo alguns trabalhos para a prefeitura de Santa Isabel, em escolas do município.
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