quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Os problemas que um historiador encontra

Na gestão de Jair Messias Bolsonaro como presidente, o cargo de historiador foi oficializado. Isso, pois antes, não poderíamos falar de uma profissão com formação em história, que não fosse professor. Entretanto, como historiador, ainda há problemas até hoje, que esse profissional encontra dentro da pesquisa sobre história. E muitas das informações aqui encontram o mesmo problema.
Fontes orais diferentes:
Um local, acontecimento ou pessoa pode ser chamado de forma diferentes dentro de uma região. Ou até ter uma origem fora do que muitas pessoas pensam. Um exemplo é o Morro da Farinha.
Há a ideia, de que o local se chamava Morro da Farinha, pela agora chamada, Rações Morro de Farinha. Entretanto, conversando com algumas pessoas, descobri que ali havia diversas fábricas de varinha. Além de um ponto onde tinha uma fabricação de velas. Então, o termo se deveria por aquela área ser de muita comercialização de farinha.
Algo que a Secretária de Cultura aceitou como uma verdade. Eu preferi a segunda, pois se trata da população mais humilde de quem retirei esse dado.
Mudanças pessoais de nomes:
Um outro evento que atrapalha a pesquisa são as mudanças de nome. Seja de um local ou pessoa.
Aqui, eu usarei dois exemplos: O do Bairão e depois de Nazaré Pio Ferraz.
O Bairão, primeiro, nem sempre era, onde é hoje. E nem se chamava assim, mas era a primeira escola chamada Santa Isabel, e ainda por cima com Z. Ele ficava onde era o Casarão (que também serviu de diversas maneiras, até hoje em dia que é um restaurante). Depois, ficou onde é o Major. Sim, o prédio da Escola Major Guilhermino, foi da Escola Maria dos Santos Bairão. E por último, chega no ponto onde está hoje em dia, e só mudaria o nome depois.
No caso de Nazaré Pio Ferraz, só fiquei sabendo recentemente que ela é irmã da Picida. Seu nome é diferente de sua irmã, Maria Aparecida Ferraz de Sousa. Devido ao casamento dela, seu sobrenome não é mais o mesmo da primeira vereadora de Santa Isabel pelo PT, ao menos não tão parecido. Coisas assim, muitas vezes podem ser perdidas, especialmente quando não se tem ligação com dados oficiais.
Espectro político influenciador: Por fim, dentro de uma cidade, um espectro político pode impedir certos conhecimentos. Um exemplo é toda a cidade de Santa Isabel. Como assim? Note: recentemente, uma pessoa escreveu nas redes sociais "O que o PT fez em Santa Isabel?".
Mas ela não deve saber que a primeira vereadora de Santa Isabel, foi Picida, uma das figuras mais fortes da esquerda em Santa Isabel. Que contribuiu muito para questões de ordem trabalhista no município. Ou Armando Machado, o Machadinho, que antes mesmo de ser da área política, contribuiu com o teatro local. Ou até, que ele como professor de história, escreveu um livro e defendia a questão das Lei dos Mananciais. Mas se nem os centros de cultura ou turismo políticos (seja na esfera municipal, estadual ou federal) divulgam isso dentro da cidade, se torna impossível mudar a situação que encontramos.

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