Foi nos idos de 1912: Santa Isabel começava a dar seus passos para o progresso, a cidade era ocupada por poucas residências; as ruas eram abauladas, com guias, sarjetas e calçadas de pedras; no subúrbio rural, trilhas e estradas mal conservadas serviam os roceiros; a Igreja Matriz estava em construção; o ensino já era obrigatório às crianças, e a escola reunia muitos matriculados; existia um jornal mensal, O Isabelense, que era de propriedade de Totó Assis; havia ainda o mercado municipal; possuía uma cadeia pública, um fórum e uma delegacia; existia a farmácia do Francisco da Costa Novaes; cartório de notas e registro; correios; pousadas e estalagens assistiam a chegadas de tropeiros que vinham do Vale do Paraíba e do sul de Minas; uma tipografia; um telefone público da Cia Telefônica de Pindamonhangaba; algumas indústrias de beneficiamento acudiam os desempregados e engordavam o tesouro municipal.
A economia se concentrava na agricultura e no rebanho bovino. Muitos esperavam a construção de uma usina elétrica.
A água do ribeirão Araraquara era farta e ainda tínhamos abundantes fontes de água potável.
O prefeito Major Guilhermino pediu licença para cuidar da saúde. Quem assumiu seu cargo foi seu genro e vice-prefeito, Benedito Vieira de Paula.
Ele tinha um plano audacioso. Para obter eletricidade, faria um empréstimo alto. Pois com isso, teríamos progresso através da instalação de comércio, indústrias e serviços.
Ele pediu um empréstimo bancário em torno de 100:000$000 (cem contos de réis) - alguns milhões de reais -, para a edificação, iluminação e distribuição da força e luz. O penhor era a própria Usina Hidrelétrica.
O prefeito Vieira sabia que apesar das restrições existentes, o mercado hipotecário crescia no país. As mudanças institucionais e à expansão do mercado através de bancos estrangeiros provocou um avanço do sistema financeiro.
A Câmara aprovou a Resolução n 27, em 24 de Novembro de 1911, munido da carta, Vieira foi a São Paulo confiante, bateu às portas do Banque Immobilere e Industrielle de Paris e voltou exitoso, conseguiu o auxílio bancário a juros baixíssimos. O município deve que pagar 500$000 (quinhentos mil réis) para socorrer as despesas com o consulado francês que traduziu, no bom português, o contrato e os documentos que acompanhavam o empréstimos. Benedito Vieira de Paula, é bisavô de Fábia Porto, que também já foi prefeita.
Além da interinidade, ocupou a cadeira de prefeito de 1931 a 1937.
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