As vias públicas até a Proclamação da República eram nomeadas de acordo com suas particularidades: Lavradio (agricultura); Tesouro; Assembleia; Matriz; Direita; Da Sé; Batata; Comércio; Fábrica, etc. identificavam as ruas.
Com Santa Isabel não foi diferente: adotou como Largo do Rosário, que depois seria Largo da Matriz, o que nós chamamos da Praça da Bandeira. Esses nomes antigos se deviam a primeira igreja quando ainda era vila, construída com mão de obra escrava. Da mesma forma, a Rua Cônego Bicudo era conhecida como Rua de Baixo; a Praça Rui Barbosa como Largo Santo Antônio (em referência a Igreja de Santo Antônio, já demolida); a Avenida da República era conhecida como Rua do Meio e assim por diante.
A Rua Campos Salles era chamada de Rua de Cima, porém, com a emancipação do município foi dividida em três trechos: o primeiro até a Casa Paroquial era chamado de Rua da Câmara, uma referência a Câmara Municipal; o segundo trecho a partir da Casa Paroquial até Chácara do Bertholdo (atual Leite Paulista) era conhecida como Rua do Correio, uma referência à Agência Postal instalada em 1850; já, o terceiro trecho recebeu o nome de Rua São Lázaro, em referência ao santo padroeiro dos enfermos, desamparados e animais doentes, homenageado naquela capela quase no final dele.
Com a Proclamação da República, o Coronel Bertholdo, prefeito do novo regime, resolveu homenagear as vias públicas da seguinte maneira: a Rua do Meio passou a se chamar Avenida da República e as demais receberam nome dos presidentes republicanos de origem paulista, Prudente Morais (natural de Mairinque, SP); Rodrigues Alves (Guaratinguetá, SP) e; Campos Salles (natural de Campinas) emprestaram seus nomes às vias públicas.
O Major Guilhermino, segundo prefeito do período republicano, seguiu o exemplo de seu antecessor e deu o nome de Totó de Assis à Rua do Correio; Fernandes Cardoso à Rua 13 de Maio; Praça da Bandeira ao Largo do Rosário que se mostrava como Praça da Independência desde 1822; Rua Cônego Bicudo à Rua de Baixo. Os homenageados: Antônio Pinto de Assis fora titular do Cartório de Órfãos; José Fernandes Cardoso fora o primeiro professor público que se tem registro na cidade (1873) e: Antônio Pereira Bicudo, nascido em São José dos Campos, fora vigário da Paróquia de Santa Isabel e instrutor escolar no período imperial.
Por fim, em 1971, o prefeito Gabriel Cianflone resolveu denominar Avenida Manoel Ferraz de Campos Salles as ruas Campos Salles, Totó de Assis e São Lázaro. A medida recebeu crítica contundente da maioria dos isabelenses.
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