Sebastião Claudiano, que foi filho de escravos na Fazenda Rio do Peixe em Igaratá. Provavelmente nasceu em 1877 (durante a vigência da Lei do Ventre Livre) assim como seus irmãos Maria Marcolina, Maria Lucinda e José, o que as deixava livres. Ainda assim, as leis não permitiam que mães ficassem com suas crianças, sendo adotado por uma família de italianos que morava em Santa Isabel. Foi delegado de polícia, vereador e clarinetista na Corporação Musical São Benedito.
O que se sabe é que os irmãos tomaram rumos diferentes, sendo que Sebastião, como dito antes, foi adotado, pela família Paschoal Judice.
Foi registrado com esse nome no dia emblemático de 20 de novembro de 1880. Ainda menino foi aprendiz de funileiro e mais tarde trabalhou com alambique. Era chamado de "Bastião Foeiro", por ter trabalhado com folhas de flandes e de cobre
Casou-se em 1889 com Josefina Maria de Jesus e juntos tiveram 11 filhos.
Era um leitor assíduo, que lia sempre o jornal Correio Paulistano, tornando-se seu representante na cidade. Tornou-se também um bom violinista.
Entrou para política local filiando-se ao PRP (Partido Republicano Paulista), foi delgado de polícia no ano de 1921 e eleito o primeiro vereador negro e presidente da Câmara Municipal em 1927, abandonou a política por decepções com o partido.
Assim continuou na vida como civil dedicando-se a outra paixão, a música. Era clarinetista na Corporação Musical São Benedito.
Lembrando que ele foi o primeiro vereador negro e presidente da Câmara Municipal em 1927. Morreu em 6 de maio de 1962 e empresta seu nome a uma das ruas da cidade (pelo Projeto de Lei 385/65 de 27 de Dezembro de 1965). Realmente fazendo parte da história do município.
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