Poucos dados foram obtidos sobre os pais na internet. Além de poeta, Antônio era barbeiro, jornalista e trabalhava em rádios. Ele tinha um jornalzinho crítico, tipo o velho Pasquim, que ele rodava no fundo da barbearia dele, em uma linotipo (uma máquina impressora que funcionava antes da chegada da impressa offset).
E o jornal, geralmente, metia o pau nos políticos, nos poderosos e em algumas áreas da Igreja. Então, ele vivia sendo realmente expulso de Mogi. Mas eles viveram mais em Mogi.
Também era cantor, fazia músicas. Toda semana em sua casa havia um sarau, quando chegava o pessoal para declamar poesia e cantar. E seu filho, Maurício de Sousa vendo tudo aquilo. Às vezes, vinha tanta gente, que não cabia na casa. A casa era pequena, e eles iam para a da mãe de Antõnio, mas o seu pai era motorista, queria dormir cedo. Então, tinha uma loja funerária, cheia de caixões próximo dali. Lá dava para botar o pessoal pra cantar, declamar que não incomodaria ninguém.
Aqui coloco o texto na integra que fica na praça:
És o fructo de um grande e santo amor...
És a fascinação, és a esperança!
A fulgida ventura que o Senhor,
Enviára para nós como lembrança
Que não tenhas na vida um dissabôr...
Que o teu futuro seja só bonança...
Que ames Deus e teu paes, com tal fulgor,
Como te amamos já, desde creança.
Tranbordaste de amôr o nosso ninho,
Esses desejos que temos, tem um brilho
Que é para iluminar o teu caminho.
Já que segue comnosco o mesmo trilho,
Esperamo que Deus, com seu carinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário