Com a inauguração da energia elétrica em 1914, pelo Prefeito Manoel Antônio Mendes, Santa Isabel passou a conviver com o desenvolvimento da cultura, turismo, educação, serviço, comercio e indústria. A Tecelagem Maggi, o Hotel do Comercio, hospedarias e pousadas, as Escolas Reunidas sendo 1 urbana e 5 rurais, 2 cinemas: Cine Oriente e Cine e Teatro Iris, Associação Recreativa Sete de Setembro, Banda Sete de Setembro e Banda Municipal, tudo contribuía para a alegria dos isabelenses e turistas.
Em 1916, assumia o Poder Judiciário de Santa Isabel o Doutor Tancredo do Amaral que atraído pelo encanto da cidade trouxe a esposa Maria Rita do Amaral e os filhos Florêncio e Marina, professores formados na Escola Normal de Pirassununga, para lecionar na cidade.
A professora Marina do Amaral, logo, conheceu o professor Benedito Ferreira da Costa que lecionava no Bairro da Figueira, foi amor à primeira vista, namoro, noivado e casamento agendado para 15 de maio de 1919 na Igreja Matriz do Rosário que outrora acolheu a Padroeira Santa Isabel até a inauguração da Matriz em 24 de outubro de 1929.
O Dr. Tancredo do Amaral era bem relacionado com o governo do estado, já havia ocupado o cargo de Secretário Estadual da Educação no governo de Albuquerque Lins e Chefe de Gabinete do Deputado Federal Carlos de Campos, assim convidou o Governador Altino Arantes para paraninfar a filha Marina.
No dia do enlace um forte esquema de segurança organizado pelo Coronel Ricardo Arantes tomou conta da cidade para conforto do governador e seus ajudantes de ordem comandado pelo Tenente Herculano de Carvalho, Santa Isabel nunca viu tanto carro oficial na cidade.
Junto com o Governador Altino Arantes veio o Deputado Carlos de Campos e esposa Maria de Lourdes de Souza Campos que paraninfaram a noiva no civil, pelo lado do noivo foram paraninfos o Comissário Nicanor Leite do Amaral e esposa Castorina do Amaral.
A cerimônia religiosa foi presidida pelo Padre Albino Frederico, vigário da paróquia, os paraninfos da noiva Gov. Altino Arantes e Sra., do noivo Major Antônio Benedito de Vasconcelos e esposa Maria de L. Vasconcelos Amaral.
Após o enlace, os convidados se dirigiram a elegante vivenda do Dr. Tancredo do Amaral, ornamentada de flores e engalanada com adereço de apurado bom gosto de Lídia de Assis, ali foi servido um lauto almoço na mesa em forma de T, onde, além dos noivos, seus pais e padrinhos, assentaram os ajudantes de ordem do governador, os Deputados Freitas Valle, Francisco Junqueira e Paulo Arantes acompanhados das esposas, sentaram, ainda, o delegado de polícia local Dr. Edmundo Pereira da Fonseca, o Pref. Manoel Antônio Mendes, Lídia de Assis, mestre do cerimonial e acompanhante das senhoras convidadas.
Ao champanhe, o Governador Altino Arantes brindou os noivos e familiares, agradeceu ao Dr. Tancredo do Amaral que levantou sua taça pela felicidade pessoal do Governador, paraninfos e todos os presentes.
Por volta das 20:00 horas a comitiva governamental regressou à capital. Assim noticiou o Jornal Correio Paulistano do dia 20 de março de 1919.
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