Francisco Carlos Machado descobriu aos sete anos que tinha gosto pelas artes plásticas. Tudo isso por ter ganhado um concurso de desenho da escola, por incentivo de Cida Camargo. O desenho chamou a atenção, além pelo bom uso de cores, mas devido a sensibilidade do artistas tão cedo. Mostrava soldados e tanques de guerra de forma aterrorizante no período. Lembrando que o país vivia o fim da ditadura militar naquele período.
Rapidamente, ele ficou conhecido como Chico (como todo o bom Francisco), entre amigos e familiares. E desde a infância até sua adolescência sempre deve um grande contato com natureza. Fauna e flora, terra, folhagens, plantas, aves e outros animais o inspiraram em seus primeiros trabalhos. Desenhos usando tinta guache e lápis de cor.
A família o incentivava, o que lhe motivou. Para que um dia se tornasse um artista plástico. Por isso, tudo virava desenho para ele, demonstrando a curiosidade e mente aberta que um pintor como ele tem.
O grande impulso para Chico foi uma exposição com desenhos em cartolina feitos na EEPSG Professora Maria Santos Bairão, onde ele cursava o ensino médio. O sucesso foi tanto que um grupo do Lions Clube, em especial José Maria e Ismênia, promoveu um mutirão de arrecadações para que ele pudesse comprar materiais mais profissionais.
Com o dinheiro arrecadado, Chico foi a Praça da República, juntamente com a professora e amiga Tereza Giovanni, onde adquiriu e teve o primeiro contato com telas e tintas em acrílico, à óleo, entre outras coisas.
A partir daí, ele fez de sua cozinha seu primeiro ateliê. Trabalhava durante o dia, no setor de criação e desenho - utilizando bico de pena e nanquim - da empresa Durga, e à noite, ao chegar em casa, pintava pela madrugada até o amanhecer.
Em 1996, Chico expôs profissionalmente pela primeira vez, e o local escolhido foi o antigo Casarão Arte e Cultura (lugar cedido pelo dr. Gilberto Neves - o Giba), onde o artista teve a oportunidade de vender, pela primeira vez, uma tela.
Depois foi a experiência com os alunos. Ele lembra com muito carinho da primeira aluna, Tâmisa Regina (filha de Célia Queluz), a qual começou a ter aulas aos oito anos de idade e ficou com o mestre até os 19. Chico relembra que ajudou a criar a menina e que até os cacoetes que ele tem, a aluna adquiriu ao longo dos anos. Tâmisa fez arquitetura e disse que até a escolha do curso foi inspirada pelo professor.
Até hoje, Chico e colegas nas áreas de artes, ensinam as artes através do Yacamim.
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