Na década de 1930 instala-se na cidade sua primeira indústria, o que ocasionou uma leve modernidade e a transformação da pacata vila rural em um município vibrante.
Foi ele que doou o terreno para a construção de uma escola onde é agora a EE Professora Gabriela Freire Lobo. Na verdade, ali era o campinho da Fábrica de Juta.
Localizada em todo o quarteirão, onde hoje é a Galeria Central, a Fiação e Tecelagem de Juta Santa Isabel Ltda. era responsável pela fiação e tecelagem da fibra de juta para a confecção de sacos de estopa.
Os empreendedores vieram da cidade de Santos, em busca de uma mão de obra mais barata. Era afetada pela precariedade da energia elétrica, pela enchente e falta de chuva.
A vinda da fábrica muda drasticamente a vida da cidade, trazendo o progresso para as famílias e comerciantes locais.
A firma tinha o nome de F. de Maggi Fábrica de Tecidos Santa Izabel e o gerente era o senhor Antônio Gonçalves de Mello.
Os proprietários sucessivamente foram: senhor Ítalo Tellera, Manoel da Costa e o senhor Francisco Pereira de Souza. E por último assume a direção o senhor Guilherme Alfieri e seu escritório ficava em São Paulo.
Nos anos 30,40 e 50 a tradição da fabrica era o apito de sua sirene no dia 31 de dezembro de cada ano.
Em 15 de outubro de 1944, construído pelos próprios operários é fundado o Juta Esporte Clube, com seu grande campo (localizado onde hoje é a Escola Gabriela Freire Lobo) e o seu salão social onde acontecia os eventos e bailes, como o de carnaval. O clube teve como primeiro presidente o diretor da fábrica, Fernando Lopes (que hoje dá o nome a praça onde justamente era localizada a indústria).
A Fabrica contava com um escritório local onde trabalhava o senhor Manoel Fratini que se mudando para São Paulo foi substituído pelo senhor Joao Pio Ferraz.
Nos anos 40 vieram mecânicos de São Paulo e um destes marca presença na cidade, o senhor Benedito Joaquim Pires, que ficou conhecido como Ditinho da Fiação.
Incidentes aconteciam e um incêndio ocorreu à noite na seção da fiação e foi anunciado por uma pessoa que passou na rua e avisou o porteiro. Então o fogo foi controlado.
A fabrica se interessava na instrução de seus operários e cede uma sala para que os professores da rede oficial dessem aulas aos operários que vinham da cidade e de Mogi das Cruzes. Também doa um terreno para a construção da Santa Casa.
Em 1962 há uma greve de operários pelo atraso de pagamento de salário.
A Grande Enchente de 1965 e o desenvolvimento tecnológico que colocou no mercado uma fibra sintética mais barata fizeram que no dia 28 de julho de 1967, a fábrica fechasse suas portas.
MELO, Luiz Claúdio. A Vila de Santa Izabel.14 de Janeiro de 2019.
MELO, Luiz Claúdio. A Vila de Santa Izabel.14 de Janeiro de 2019.
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