Em 2020, Mogi das Cruzes completou 460 anos (apenas seis anos mais nova que a capital). Como qualquer cidade ela tem sua longa história de prós e contras, gerando a imagem que essa cidade possuí hoje. Ainda assim, ele é o maior município do Alto Tietê - em extensão no Alto Tietê - e o mais populoso, o que lhe garante uma importância dentro da região. Mas não é só isso.
É a décima quinta mais populosa no estado de São Paulo, a "Terra do Caqui" - como também é conhecida - teve um crescimento elevado nos últimos anos com a chegada de importantes empresas, as quais ajudaram a formar um grande parque industrial em seus territórios.
Mas a sua história também é importante, desde sua fundação em 1 de Setembro de 1560. Segundo diz o bibliotecário Auro Malaquias dos Santos, funcionário da Biblioteca Sérvulo da Sant'Anna, em Mogi das Cruzes, o município serviu como base para a expansão colonial.
De Mogi das Cruzes, partiram bandeirantes, fundadores de cidades e exploradores de ouro. Ou seja, nem sempre pessoas de boa índole, mas necessários para a fundamentação de diversos centros urbanos como conhecemos hoje em dia. De qualquer forma ele se tornou um ponto de ligação importante na estrada para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os mogianos participaram das revoluções de 1924 e 1932, combateram na Segunda Guerra Mundial, fornecendo 400 homens. De uma maneira geral, de 1560 a 1945, Mogi das Cruzes esteve envolvida na maior parte dos eventos históricos paulistas e nacionais, relata o historiador Santos.
O historiador e professor de história Rodrigo Rainha diz que Mogi das Cruzes é uma das áreas de várzea do Tietê, trajeto que ligava e remetia ao ponto de encontro e comercialização que se configurava à cidade de São Paulo; desde cedo era um local de ocupação.
A região era marcada por fortes tradições religiosas. Por isso a festa do Divino tem um peso tão grande nos dias atuais. E por isso, as cidades notórios, que estavam fora da produção central de café, acabaram menos conhecidos, apesar de sua condição estratégica.
A região era marcada por fortes tradições religiosas. Por isso a festa do Divino tem um peso tão grande nos dias atuais. E por isso, as cidades notórios, que estavam fora da produção central de café, acabaram menos conhecidos, apesar de sua condição estratégica.
Segundo Rainha, Mogi das Cruzes representa o Brasil plural, que se relaciona com a natureza, que vivencia um tempero histórico grande da religião. Mas notamos que isso sobre a religião, está mais ligado ao catolicismo. A paróquia e a Festa do Divino são uma cultura de mistura viva que remonta ao Brasil Império.
O maior legado de Mogi das Cruzes é sua capacidade de preservar e produzir, ainda hoje, riqueza artística, cultural, religiosa e histórica.
Muito do desenvolvimento industrial de Mogi se deve a sua ligação com o transporte ferroviário, e se ampliou com a modernização das estradas em seu território ou próximas a ela. Atualmente, há áreas em seu território destinadas especialmente para indústrias, de modo a equilibrar a qualidade de vida, a sustentabilidade e a produção territorial.
O maior legado de Mogi das Cruzes é sua capacidade de preservar e produzir, ainda hoje, riqueza artística, cultural, religiosa e histórica.
Muito do desenvolvimento industrial de Mogi se deve a sua ligação com o transporte ferroviário, e se ampliou com a modernização das estradas em seu território ou próximas a ela. Atualmente, há áreas em seu território destinadas especialmente para indústrias, de modo a equilibrar a qualidade de vida, a sustentabilidade e a produção territorial.
E a influência do Rio Tietê no desenvolvimento de Mogi das Cruzes foi muito baixa se comparada à estrada de ferro. Esta sim foi primordial no transporte de passageiros, comercial e industrial que contribuiu de forma pesada para o desenvolvimento da cidade. Hoje em dia, a ferrovia perdeu esse destaque para o transporte rodoviário.
Mas voltando um pouco no tempo, a história registra que o então príncipe regente, Dom Pedro I, durante a viagem a cavalo com sua tropa do Rio de Janeiro a São Paulo, no ano de 1822 - antes de soltar o famoso grito do Ipiranga, às margens do rio de mesmo nome - onde proclamou a independência do Brasil em 7 de Setembro, dormiu em Mogi das Cruzes.
Mas voltando um pouco no tempo, a história registra que o então príncipe regente, Dom Pedro I, durante a viagem a cavalo com sua tropa do Rio de Janeiro a São Paulo, no ano de 1822 - antes de soltar o famoso grito do Ipiranga, às margens do rio de mesmo nome - onde proclamou a independência do Brasil em 7 de Setembro, dormiu em Mogi das Cruzes.
Em sua comitiva estava o alferes mogiano Salvador Leite Ferraz.
SIQUEIRA, Will. A importância histórica de Mogi das Cruzes para o Estado de São Paulo e para o Alto Tietê. Jornal Gazeta Regional. Biritiba Mirim. 1 de Setembro de 2020. p 6.
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