Música Urbana 1

Em cima dos telhados as antenas de TV tocam música urbana,

Nas ruas os mendigos com esparadrapos podres

cantam música urbana,

Motocicletas querendo atenção às três da manhã -

É só música urbana.

O cenário musical de Santa Isabel é composto por diversas bandas. Entre alguns nomes recorrentes, muitos devem ter ouvido sobre certo grupo aqui ou ali. Outras, nunca. Saiba que muitos, no entanto, fazem o nome da cidade quase sempre fora dela. Talvez não sejam tão conhecidos, por estarem fora dos estilos mais conhecidos pela grande mídia.

Talvez uma das bandas em maior atividade até os dias de hoje, que nasceu em Santa Isabel, é a Skizoyds. O nome veio de uma música dos Ramones chamada Psycho Therapy, sendo um grupo ao qual eles sempre gostaram. O grupo foi fundado em fevereiro de 2001. Sendo que sua formação original, Mongolords acabou em 1997. Gravaram dois CDs demos, participaram da coletânea Dance With a Chainsaw pela Funeral Music, lançaram o álbum TREPANAÇÃO e um clipe da música MotorPsycho em uma cena mais underground destilando seu estilo para aqueles que curtem um bom rock como na casa de show Inferno, na rua Augusta em São Paulo. Combinam o punk rock, thrash metal e psychobilly, com letras aos quais seus temas são filmes de terror, pin’ups, sexo, histórias em quadrinhos, skate e motos. Tem um projeto chamado Capitão Taverna em que tocam clássicos do rock’n roll e músicas próprias de modo mais leve, mas ainda mantendo suas raízes. Os integrantes são Luis (batera e vocal), Billy “Grilo” (backing vocal e guitarra), Leandro “The Joker” (guitarra) e “Alemão Tequila”(backing vocal e baixo acústico). Uma pegada única na cidade.

Macaco Civil é uma banda de indie rock que surgiu também na cidade. Suas músicas e covers vem dessa linha de sons, como The Strokes, The Killers e Artic Monkeys, sem contar com influências brasileiras.  A história do grupo contém várias façanhas. Participaram de festivais como Ska Skate Rock e São Judas Musica Festival. Tocaram em casas de show famosas como Dynamite Pub em São Paulo, Hocus Pocus e Officina’s Pub. Além de tocarem com um grupo de renome como Palhaço Paranoide. Além disso, possuem um grande laço de amizade com bandas daqui como a Instinto. Sua atual formação é composta por Willian Siqueira (vocal e guitarra), Jonas Borsos (baixo), Wallyson Lopes (guitarra) e Bruno Andrade (bateria).

Com uma sonoridade e letras mais pesadas temos a Febre do Rato. Com influências de grupos como D.R.I., Dr. Living Dead e Suicidal Tendencies eles fazem um trash/crossover/hardcore desde 2009. O nome vem de uma expressão do norte que significa “fora de si” ou “incontrolável” que combina com seus trabalhos. Composta só por três membros a banda já fez muitos shows, em diversos eventos, em especial São José dos Campos e Minas Gerais. Mostrando que seu som não se restringe ao estado somente. Compostos por Guilherme Bacchetti (vocal e guitarra), Rafael Prado (bateria) e Junior de Andrade (vocal e contrabaixo) essa formação não se alterou.

Alambiques Blues se difere de todas essas bandas. Em 2009, Gustavo Ribeiro já havia escrito algumas músicas de blues, em sua banda anterior chamada Gharage. Após o termino desse grupo, ele conversou com outros músicos que tinham o mesmo gosto por esse estilo e mais algumas letras surgiram. Todos uniram isso em um novo projeto. Sua proposta é canções em português misturando ritmos nacionais. Com letras menores para se adaptar a estrutura das melodias tentando passar sua mensagem. Além de sons próprios, o grupo faz covers de Tim Maia, Ed Motta e Jorge Ben Jor. Originalmente a banda iria se chamar Bourbon Blues (bebida americana), mas Bruno Andrade e Henrique Santos preferiram algo mais próximo da nossa cultura. Os membros atuais são Gustavo Ribeiro (vocal e guitarra), Wellington Lima “Maguila” (baixo), Furlan (bateria) e Henrique (gaita).

No próximo falamos de bandas como Coletage, HAARP e Instinto. Além da menção de mais algumas bandas.
Obs.: Esse texto é original da Revista Inovar. E vai ter continuação por aqui.