O desmatamento em Santa Isabel, no ano de 2024 (e até antes...) (parte 2)

A primeira foto mostra garrafa com a água da rua Joel de Sousa. Notem que ela foi tirada na hora. Dias antes dessa foto, essa bica d'água não estava saindo líquido nenhum. Tempos depois, saiu uma água do lugar, barrenta. O pior que no ponto onde tinha uma fonte, o pessoal do Styllus soterrou. Ela estava fechada, era verdade, mas como disse antes, isso pode afetar os mananciais da área. Tem muita gente que divulga as belezas da água na cidade, mas precisamos ser mais duros com a prefeitura e empresas particulares, caso contrário, isso afetará a todos nós.

A segunda foto, tem duas garrafas, a da direita, tirada da rua Joel de Sousa também, e a da esquerda com água mineral natural. Notem que a da direita tem "cor". Peguei ela na mesma rua, semanas antes. A água é potável quando é livre de substâncias e organismos que possam causar doenças. Para saber se a água é potável, você pode verificar se ela é: Incolor, inodora e insípida, límpida e cristalina. Há outros fatores, que não tenho acesso como Livre de microrganismos patogênicos, bactérias indicadoras de contaminação fecal, metais pesados e outras substâncias tóxicas e com pH entre 6 e 9,5.

A terceira foto são da direita para esquerda: água da Joel de Sousa, água da torneira e água filtrada (com essa de tampa vermelha sendo com gás). Há meios mais básicos, não tão sofisticados para constatar se a água está ruim. Para verificar se a água é potável, você pode:

-Posicionar o copo de água contra a luz para verificar se está transparente

-Verificar se a água tem um odor desagradável, especialmente um cheiro de ovo podre

-Verificar se a água está turva ou com coloração.
E nos três quesitos, a água não estava potável.
Para se der uma ideia, eu fui a Secretária do Meio Ambiente de Santa Isabel, duas vezes. Uma em Julho
de 2024 e outra em Fevereiro de 2025. Em ambas as vezes fui mostrar minha preocupação com aquela ação e perguntar se havia documentação adequada para tudo aquilo. Na primeira vez, foram me mostrados documentos que diziam poder APENAS cortar quatorze árvores. O problema, é que a Avenida Castelo Branco fica do lado da Pelikan como dito antes, onde há uma gigantesca mata densa que torna impossível terem cortado só esse número de árvores. Na segunda vez, que era para a área mais acima da Joel de Sousa, o número de que poderiam cortar era bem maior, ainda assim, não batia com a grande quantidade do lugar. Isso sem contar um fator complexo nisso: há documentos que tratam de terraformação, de corte de árvores, mas não há nenhum documento com relação a vida animal ou se afetou os mananciais ou não. Ou seja, podemos notar o quão superficial esse processo do lugar. Sem cuidados adequados sobre o assunto. 

Isso, como já dito, está afetando a fauna local. Eles estão cortando árvores, fazendo sair animais que viviam ali. Quando passei na Joel de Sousa, ao menos dois lagartos de grande porte estavam mortos. Um deles era um filhote pelo que deu pra notar do que restou e o outro tão grande, ao ponto de me assustar por não o ter visto antes. Não é o primeiro caso disso acontecer, até antes, mas não com tamanha frequência.
Sem tocar no fato que a estrada está destruída, tanto nas árvores, quanto no chão da rua. Tem pedras que podem machucar muito, se ficarem tão expostas. Pois já aconteceu antes, acidentes, com a estrada em boas condições. Lembrem que essa é parte inicial da Rota Rústica do Jaguari, que já está danificada por todo o percurso.
A empresa que está fazendo essas "obras" na Joel de Sousa, está destruindo a região. Quando chove, essas áreas de terra deixando escorrer um lamaçal tão grande que fazem calçado ficarem extremamente sujos. Uma hora, essa terra pode tampar a rua!