sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

(Espaço Aberto Igaratá) Igaratá no Mapa do Turismo Brasileiro

Igaratá é um dos destinos brasileiros mais procurados pelos praticantes de aventuras náuticas. Mesmo com os problemas recentes com a represa. Recentemente o município se consolidou no Mapa do Turismo Brasileiro além de ter o selo do MIT (Município de Interesse Turístico).
Atrações em meio a natureza, represa e paisagens incríveis, são cenários incríveis para lindas fotos. O município também conta com muitas aventuras, natureza e um lugar de paz para o descanso.
Figuras artísticas, como ator Caio Castro, usam o lugar como ponto de descanso.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Francisco Beraldo: líder da cidade durante um período complexo

Nasceu em 1890, na zona rural de Guararema e no início do século passado, junto com os irmãos, resolveu deixar a cidade natal. O primeiro foi Benedito que escolheu Santa Branca para morar, seus descendentes se tornaram titulares do Cartório de Notas. Já, Augusta preferiu Santa Isabel, aqui chegou e conheceu o Cel. Benedito Ramos Arantes com quem se casou e teve quatro filhos. O mais velho, Manoel Ramos Arantes, os antigos talvez se lembrem do "Manduca" dono de uma voz canora que fez dupla com o "Nico", amigo e sócio de um comércio na cidade, já a caçula dos quatro, "Biloca Arantes" casou-se com o prof. Paulo Monte Serrat. Augusta, mais tarde, com a viuvez, casou-se com José Antônio Chaim.
Augusta, saudosa do convívio com os irmãos, convidou Francisco para morar em Santa Isabel e, para tanto, contou com a ajuda do marido que convenceu o cunhado a se estabelecer na cidade com um armazém de secos e molhados. Aqui, Francisco Beraldo conheceu Benedita Izabel Braga com quem se casou, o casal teve 7 filhos: 
  • Benedito Alves Beraldo (casado com Antonieta Rigol);
  • Francisco Beraldo Filho (casado com Olivia);
  • Izabel Beraldo (Lica foi casada com João Assaf);
  • Geraldina Beraldo (Dina foi casada com Orlando do Egídio);
  • José Maria Beraldo;
  • Terezinha Beraldo (casada com Milton Chiaradia, cunhado do jurista Miguel Reale);
  • e Antônio Beraldo (casado com Vilma Israel).
A convite do cunhado, Cel. Ramos, Chico Beraldo ingressou no PRP e em 1928 foi eleito o vereador mais votado com 243 votos. Em 26 de Julho de 1941, foi nomeado prefeito da cidade. 
A posse ocorreu no gabinete do Dr. Gabriel Monteiro da Silva, Diretor de Municipalidades do Estado. Em 2 de Agosto de 1941, no interior da prefeitura, aconteceu a transmissão do cargo presidida pelo Dr. Celso Penteado, Juiz de Direito. Discursaram o Promotor de Justiça, Dr. Agenor Muniz e o Dr. Cândido Bittencourt Porto, ex-prefeito de Santa Branca. À noite, o cunhado José Chaim ofereceu um lauto banquete com a presença de altas autoridades do Estado e municípios vizinhos: Câmara Lopes, Mucio Costa, Aurélio Diniza e o secretário Estadual da Educação Rodrigues Alves Sobrinho e outros.
O mandato de Chico Beraldo foi exitoso. Atendeu apelo da população e ampliou a Praça da Bandeira; demoliu o antigo mercado e construiu um novo, inaugurado em 20 de Dezembro de 1942 (hoje o Fórum); criou a Guarda Municipal sob o comando do Sarg. Lázaro Cirilo de Oliveira; em virtude da Segunda Guerra, tabelou o preço das mercadorias sob orientação dos senhores:
  • José Basílio Alvarenga;
  • Joaquim Simão;
  • Chico Porto;
  • Emídio Angelo;
  • e Antônio Mello.
Criou o "Dia da Juventude", comemorado no aniversário do Pres. Vargas; ao Distrito de Arujá levou energia elétrica e cascalhou as ruas; transferiu o Grupo Escolar para a Rua Fernandes Cardoso (Sobradão); fez convênio com o Estado para instalação do Centro de Saúde aos cuidados do médico Dr. Gonçalo Feliciano Alves. Com distribuição gratuita de remédios. Francisco Beraldo encerrou o seu mandato em 4 de Dezembro de 1943, no seu lugar assumiu Abílio Pinto Pereira.
Chico Beraldo faleceu em 22 de Abril de 1953. O velório ocorreu no hall da Câmara Municipal, a despedida contou com a presença de um grande número de amigos. Em 11 de Novembro de 1957, faleceu sua esposa Benedita Izabel Beraldo.

domingo, 18 de dezembro de 2022

A situação do Bar Rainha Santa e outras construções em Santa Isabel

Pelo que podemos ver, o Bar Rainha Santa foi um empreendimento de Arnaldo Teixeira Rodrigues Alves. Onde ocorreriam encontros entre amigos, para petiscos, aperitivos e algumas cervejas. Ficando na frente da Praça da Bandeira, no número 8, realizavam-se encontros diversos. E segundo o texto fala, seu dono era uma figura simpática que fazia seus clientes se sentirem bem-vindos.
Entretanto, podemos notar na imagem abaixo que o local está abandonado. Como diversos prédios na cidade, as vezes passando facilmente dos trinta anos. Assim é com algumas construções que ficam na cidade.
Obviamente, a família e a prefeitura tem sua parcela no estado dessas construções em plena cidade de Santa Isabel.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Minha opinião sobre como a política isabelense trata a história da esquerda local

Uma das coisas que notei recentemente sobre a cidade de Santa Isabel é a vontade política em esconder "os fatos históricos da esquerda", dos cidadãos locais.
Vejam bem, nós temos muitos dados da cidade. Tais como a história de figuras importantes como Maxíminio Antônio de Camargo, Maria Helena Marcondes, Major Guilhermino Mendes de Andrade, Coronel Bertoldo, Major José Francisco Mineiro, entre outros. Mas nada significativo é demonstrado pela prefeitura quando se refere a esquerda dentro da região.
Um exemplo são os casos de Picida e Machadinho. A primeira foi uma professora e diretora competente especialmente dentro do Bairão, que foi a primeira vereadora de Santa Isabel. Além de ter sido a primeira prefeita da cidade, fato que tratarei mais a frente, mas que demonstra o coronelismo ainda reinando aqui. Já Armando Machado, também sendo um professor de história, que fomentou o teatro local, muitas vezes tem parte de sua contribuição política apagada. Pois, além de diversas feitas por ele aqui, é o fundador do PT no nosso município.
De onde vem essa mania dos governos de querer esconder os fatos? A história é o estudo da verdade, não importa como ela seja. E isso fica mais triste quando nós notamos que pessoas dentro da prefeitura, que se autointitulam de esquerda, não correm atrás desses fatos. Especialmente quando eles fazem partes de pastas como Cultura, Turismo ou Ações Sociais. 
O Espaço Aberto SI tem que ser escrito para manter essa parte (além de outras) do passado de nossa cidade viva!

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Primeiro Evento Literário de Santa Isabel/SP


No dia 10 de Dezembro de 2022, ocorreu um evento na Casa da Tia Margarida, que reuniu diversos escritores isabelenses. Tudo para os divulgar e aos seus trabalhos, de uma forma a fomentar novos leitores na cidade.
Evento esse que começaria as 15:00 contou com os seguintes autores:
  • Ednilson Toledo;
  • Fernanda Aparecida O.S.S.;
  • Jack Azulita;
  • Juliana Saueia;
  • Júlio Motta
  • Lidia Lima;
  • Luan Barbosa;
  • Mavie S. Rosa;
Além de ter uma homenagem a Armando Machado, o Machadinho. Escritor de Pelos Estreitos Becos da Vida, um dos que mais lutou pelo teatro em Santa Isabel e fundador do PT. Feita por Iuri Rodrigues, sobrinho do autor, através de vídeo.
Os livros estavam para exibição e venda, através de dinheiro, cartão ou pix. Mas muitos deles tem versões digitais em e-book.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Gabriel Cianflone: o poder que esteve sobre Santa Isabel durante anos

Gabriel Cianflone morreu em 25 de Setembro de 1996, no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. O prefeito na época, Nenê Simão, decretou luto oficial por 3 dias.
Um caminhão do corpo de bombeiros percorreu as ruas, onde o povo visivelmente emocionado, parava para ver o cortejo a ele. Mas qual sua importância para a cidade?
Ele foi dono do prédio que era o hotel (onde hoje fica a subseção da OAB), do prédio da Caixa Econômica e até mesmo a galeria tinha um teatro com seu sobrenome (o Teatro Cianflone). Além disso, ele já foi prefeito de 1969 até 1973.
O Prefeito Abílio Pinto Ferreira que teve seu governo entre 1943 e 1947, visando o progresso, foi o responsável pela vinda desse importante industrial da Capital para Santa Isabel.
Em 1944 Gabriel Cianflone adquire a Fazenda Meireles atual (2021) Fazenda Sete Lagoas e torna-se um dos mais importantes personagens de Santa Isabel, onde sua vida é uma saga que deixa no município uma história de dedicação, respeito e profundo interesse demonstrado em suas diversas iniciativas e até mesmo em sua marcante passagem pela administração municipal.
Foi ele que, à frente do executivo municipal entre 1969 e 1973 transformou a cidade dando-lhes os atuais aspectos viários e encaminhou-a para o desenvolvimento industrial. Trouxe para a pequena cidade-morta, parte de sua indústria a Lanifício Cianflone, que era localizada no bairro do Tatuapé em São Paulo, visto que a principal indústria da cidade a Companhia de Fiação e Tecelagem de Juta não estava indo bem economicamente.
Cianflone nasceu em 15 de dezembro de 1914 em São Paulo, filho de pais italianos. Sua mãe era tecelã na Tecelagem Matarazzo e seu pai encarregado da manutenção de máquinas na mesma empresa. Para ajudar na economia doméstica o menino Gabriel trabalhava como engraxate junto aos pontos do bairro onde morava. Mais tarde empregou-se como lavador de garrafas em uma fábrica de bebidas. O salário contribuía para custear o curso que fazia a noite ao lado de personagens que mais tarde viriam a ocupar importantes cargos no governo, Cianflone, formou-se em contabilidade.
Em 1933, aos 18 anos, Cianflone já trabalhava como auxiliar de contabilidade em um escritório e foi ali que, vendo a prosperidade de um pequeno cliente do escritório, decidiu tentar montar uma tecelagem. Sob a relutância do pai, mas com o decidido apoio da mãe, Gabriel vendeu a casa onde moravam e comprou quatro teares com os quais montou a Cianflone & Cia, uma empresa que foi a base de toda a economia da família.
Gabriel Cianflone casou-se com D. Ofélia Faccio com quem teve três filhos: Nelson (tragicamente morto em um assalto no ano de 2004), Helena e Roberto que lhe deram oito netos.
Na década de 1950, Gabriel adquiriu quase toda a área que circunda a Praça da Bandeira, onde construiu o maior hotel da cidade o “Grande Hotel”, hoje a vias de se transformar num Centro Empresarial e a sede da Ordem dos Advogados, construiu também os prédios onde se localizam o Cejusc e a Caixa Econômica Federal. Adquiriu e construiu o primeiro bairro planejado, o elegante bairro do Lanifício, que abrange a Rua 15 de novembro. A partir dos fundos da Igreja do Rosário até o alto da avenida do bairro do Jardim Novo Éden, que atualmente leva o nome de seu pai, Nicola Cianflone. As casas, consideradas luxuosas para a época, foram construídas para os funcionários do alto escalão do Lanifício Cianflone.
Após a cidade sofrer com a tragédia da tromba d´agua em 1965, fato que ocasionou a falência da Tecelagem Juta, Gabriel adquire as instalações da fábrica e transforma o prédio na Galeria Central, um dos principais centros comerciais da cidade. Em 1995, inaugura em Santa Isabel mais um empreendimento o Teatro Gabriel Cianflone, infelizmente hoje desativado.
Em 1969 Gabriel Cianflone é eleito prefeito da cidade junto ao seu vice e grande amigo Dioscórides Marcondes dos Santos Freire (Dr. Deusinho), seu governo contava com um grande cooperador, seu compadre Quintanilha Ribeiro, na época Secretário do Governador do Estado Jânio Quadros, essa aproximação ajudou a cidade em conquistas junto ao governo estadual.
Gabriel Cianflone faleceu aos 81 anos de idade, no dia 25 de setembro de 1996 no Hospital Sírio Libanês em São Paulo, um triste cortejo em caminhão do Corpo de Bombeiros seguiu pelas ruas da cidade de Santa Isabel em luto.
A Santa Casa de Misericórdia de Santa Isabel foi nomeada Hospital Gabriel Cianflone, homenageando a história desse ilustre homem.