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Vista da área na rua Ataíde Lopes |
A pressão sobre as bacias de mananciais e a recente crise hídrica que afetou a região Metropolitana de São Paulo deixam o sistema de abastecimento vulnerável, expondo a população à falta e à má qualidade da água. A lei define a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais (APRM) como uma ou mais sub-bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional para abastecimento público. A construção em áreas de mananciais sem licenciamento ambiental é crime. Lotear terrenos dentro da macrozona de proteção ambiental também é crime e pode resultar em reclusão e pagamento de multa.
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Queimada de 2024, na área terraformada |
Quando ocorre ocupação de áreas de manancial, de forma irregular, isso causa problemas a todos. Mas além disso, a destruição, a retirada da mata ciliar, desmatamento. Mas como afeta a água, se está ocorrendo retirada da vegetação? Isso pode gerar a contaminação da água, redução da absorção da chuva pelo solo, uma maior erosão da terra (gerando assoreamento) e evaporação da água naquele local. Pois o rio será alimentado não apenas pela água da chuva, mas pela água abaixo do solo.
A vegetação será essencial nesse segundo ponto falado aqui, para alimentação do rio, para infiltração da água da chuva no solo. Que vai ter menos água absorvida pelo solo. Acabando com água na região. Isso sem contar com o fenômeno de assoreamento.
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Como era antes da terraformagem, próximo a Viela dos Reis |
Só que isso nunca aconteceu demais aqui em Santa Isabel, pois não ocorria tanto a ocupação dessas áreas de forma irregular e o desmatamento, principalmente pela Lei dos Mananciais, já citada.
Para que saibam, alguns anos atrás, o Styllus comprou uma GRANDE quantia de terrenos, na direção do Recanto do Céu. Eles já fizeram um grande galpão entre as ruas Presidente Castelo Branco e a avenida Prefeito José Raimundo Lobo, ao qual ninguém comentou nada contra, pois nem ficava em uma área tão rural assim. Apesar que cortaram uma árvore símbolo da cidade, jacarandá, que ficava na área.
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Foto do mesmo local em Setembro de 2022 |
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Onde era uma pica d'água, entre a Presidente Castelo Branco e Joel de Sousa |
Uma das primeiras coisas, que é muito estranha, são as queimadas. Ocorreram diversas vezes queimadas na área, que fica próximo a fábrica Pelikan (mas jamais chegou á fábrica). Uma delas, foi durante o período alto da pandemia de Covid-19. Só lembrando que a gestão na época era de Carlos Chinchilla. E foi, exatamente, no ponto onde ocorrem as terraformagens da rua Presidente Castelo Branco. Mas mais recentemente, aconteceu mais uma vez, pouco depois da terraformagem no mesmo espaço. E essas áreas em chamas, serão necessárias para entender parte do que - acredito - aconteceu para conseguirem mexer naquele terreno todo.
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Fotos da terraformagem em Outubro de 2024, próximo da Viela dos Reis |
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Visão em Novembro de 2024, abaixo da Viela dos Reis |
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Mesmo ponto, em 12 de Fevereiro de 2025 |
Falemos de outro fator. Já que falamos tanto dos recursos hídricos e da flora, que tal citarmos a fauna. Não é de hoje, que devido ao desmatamento em Santa Isabel, animais saem de suas áreas florestais. Um exemplo são jacus e preguiças que saem da mata, pois muitas vezes, perderam suas casas. Entrando em estradas, ou outros lugares. E nas áreas dessa terraformagem não é diferente. Entre os animais que foram para a área onde passam muitos carros estavam cascavéis, saguis, ouriços, gambás e aves de pequeno e grande porte. Isso, antes, não era impossível de acontecer, só não ocorria com tanta frequência. O que torna ainda mais sem sentido as ações da Secretária do Meio Ambiente com relação a essa ação.
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/usucapiao#:~:text=A%20legisla%C3%A7%C3%A3o%20brasileira%20permite%20que,os%20requisitos%20exigidos%20pela%20lei.
https://www.youtube.com/watch?v=t15cXC__Qxw
https://www.nivelaguasaopaulo.com/cantareira
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