quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Precisamos falar de intolerância religiosa em Santa Isabel

Antes de tudo, quando você vai contra certos assuntos religiosos, o que não gosta: da determinada religião ou de uma crença?
Recentemente, mais ou menos a três dias, eu estou observando muitos posts no Facebook – de pessoas em Santa Isabel – pedindo respeito. Ao que parece ocorreram muitos atos de intolerância religiosa por aqui. Vamos primeiro definir o que é isso. Intolerante representa uma pessoa que não admite ou não respeita opiniões contrárias e relativamente diferentes as suas. Nesse caso relativo com a sua fé. E isso é grave. Tanto que dependendo da situação, eu acredito que é considerado crime. 
Não é proibido que você tenha opiniões diferentes de outros. O problema surge quando desrespeitamos as crenças pessoais de outras pessoas. Por exemplo, e esse caso é muito recorrente aqui, uma pessoa católica não admite que um evangélico seja religioso pois “não é o mesmo deus” que ele adora. Antes de qualquer coisa, o inverso também ocorre. Reparem que são duas religiões que usam o mesmo livro sagrado: a Bíblia. Não faz sentido ir contra qualquer uma.
Dito isso, gostaria de falar como compreendo as religiões. Sou um rapaz que vive em uma família católica apostólica romana, na qual conhecemos como maior líder religioso o Papa. Já li a Bíblia algumas vezes, em especial, as parábolas de Jesus. Sempre gostei delas. Por outro lado, sou formado em história. Uma ciência que procura a verdade, sem ser a absoluta. Aquela que fica por de trás dos fatos. Que se baseia em fatos e acontecimentos documentados dos mais diversos tipos. Muitas vezes minha fé e minha profissão entram em conflito. O que eu faço? Bom senso.
Copiando uma certa pessoa, “Deus não é um velho mago que muda tudo a seu bel prazer”. As coisas não ocorrem por simples estalos, como em um passe de mágica. Meus estudos são parte de minha vida e através deles, eu compreendo que o homem atual surgiu com várias evoluções biológicas. Fato. Contudo, mesmo a ciência não consegue explicar várias coisas. Buracos negros, Stonehenge, o amor e a natureza humana. E esse último fator que causa, muitas vezes, a intolerância.
Eu sempre respeito as pessoas de outras religiões, assim como ateus. Possuem argumentos e também, tecnicamente minha religião não é uma das “proscritas”. Ou seja, não é uma daquelas que grande parte do povo observa com desdém atribuindo erroneamente “malefícios”, “magias negras”, entre outras coisas erradas. Olhar errado da sociedade, mas nos acostumamos com isso. Então, muitas vezes deixo passar quando alguém fala sobre certo fato ligado a uma religião.
Só que uma pessoa desrespeitar a fé de outro é errado, em diversos pontos. Não importa qual seja a crença do desrespeitado. E sempre irei contra pessoas que falam “isso não é religião”. Uma das definições sobre religião, é a manifestação da crença pela doutrina e rituais próprios. Então, se alguém falar por exemplo que o budismo não existe, tecnicamente falando por ser católico... Já é errado. Fé religiosa é a crença em força ou forças sobrenaturais e místicas. Não na existência de um ser onisciente. No momento que é desrespeitoso com ele, isso dá o direito que outras pessoas façam o mesmo COM VOCÊ. 
E sobre a pergunta no começo do texto... Bem, muitas vezes uma pessoa diz que determinada religião é maligna. Já que certo líder religioso é corrompido. Nunca fale isso. Não é nossa obrigação falar que certo grupo é correto ou errado. Pois dentro de qualquer instituição pode existir alguém maligno. Afinal, você quer atingir uma pessoa, ou provar que ela errou? Lembrando que com isso você pode fazer com que a pessoa perca a fé naquilo que concedia força a ela. Seja justo. Lembrando sempre: assim como opinião, não existe só a sua religião. E cada uma tem a sua.

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