domingo, 28 de novembro de 2021

Câmara apresenta voto de parabenização ao Dr. Orlando Tavares Pinheiro

A noite da última Sessão Ordinária do mês de março, 20, em 2018, foi de homenagem. O vereador Paulinho Investigador (PSDB) apresentou um voto de parabéns ao Dr. Orlando Tavares Pinheiro pelos relevantes serviços prestados no município de Santa Isabel.
Formado pela UNIG (Universidade Nova Iguaçu RJ), Dr. Orlando é casado com a vereadora Arlete Pinheiro com quem teve duas filhas. Desde 2008 adotou Santa Isabel para se estabelecer profissionalmente, acabou acolhendo e sendo acolhido por esta cidade. Atuando em diversas Unidades Básicas de Saúde, assumiu no ano de 2011 a Diretoria Clínica da Santa Casa de Misericórdia local, trabalhando como Clínico e Cirurgião Geral na UTI.
O vereador Paulinho agradeceu a presença do Dr. Orlando, e brincou: “Bebeu a água de Santa Isabel, não vai mais embora!” O parlamentar declarou que é amigo do homenageado e testemunha do seu merecimento ao voto. “Não é fácil ser médico, principalmente em cidade pequena, que todo mundo te conhece, onde você cria laços e amizades. Tem que ter muito jogo de cintura. Hoje Dr. Orlando não é só Médico, e sim nosso amigo. Qualquer cidadão que desenvolve um trabalho na cidade com carinho, deveria ser agraciado. Precisamos de profissionais que, assim como ele, estejam comprometidos com suas funções”, comemorou.
Vários vereadores apoiaram em tribuna a homenagem concedida ao Cirurgião, inclusive sua digníssima esposa que se emocionou ao lembrar-se dos sacrifícios enfrentados pelo casal por amor ao próximo e a medicina. “Foram muitas noites mal dormidas dentro do carro aguardando ele operar algum paciente, muitas delas com nossas filhas. Orlando sempre me apoiou em minhas decisões, principalmente quando atuei como Secretária de saúde. Eu sou testemunha de sua boa vontade para realizar um bom trabalho e salvar vidas. Obrigada pelo Pai e Profissional que você é”, agradeceu Arlete discursando em direção ao marido.
O voto de parabéns foi aprovado por unanimidade. O vereador Zé da Mula pediu a quebra de protocolo para aplaudirem o homenageado.

CÂMARA APRESENTA VOTO DE PARABENIZAÇÃO AO DR. ORLANDO TAVARES PINHEIRO – Câmara Municipal de Santa Isabel (camarasantaisabel.sp.gov.br)

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

O surgimento da Rádio Sucesso

No dia 05 de Dezembro de 2016 foi ao ar uma nova rádio para Santa Isabel, de certa maneira. A Rádio Singão FM 87.5 passou a se chamar Rádio Sucesso FM, com a ideia de ter uma cara mais profissional tanto na programação quanto em equipamentos e estúdio. A inauguração que aconteceu no estúdio 1 (Espaço Super Português), contou com um coquetel com até corte da fita pelo presidente da Associação Cultural de Santa Isabel, Jorge Singh, a então prefeita eleita Fábia Porto e entrevistas com a dupla Vitor e Julio e o cantor de Santa Isabel Waguinho Lins e toda a equipe da rádio.


domingo, 21 de novembro de 2021

Santa Casa de Misericórdia, o atual Hospital Gabriel Cianflone

Há exatos 58 anos, no dia 1º de setembro de 1.963 era inaugurada a Santa Casa de Misericórdia, atualmente o Hospital Gabriel Cianflone.
Em 1951, o então prefeito Joaquim Simão iniciou a construção de uma nova Santa Casa, antes funcionava uma espécie de ambulatório em frente à Capela de São Lázaro, onde atualmente funciona o Lar São Vicente de Paula.
A proposta era edificar uma Santa Casa ampla moderna e um terreno doado pelo Guilherme Alfiere, que também doou os tijolos. As sobras dos tijolos serviram ainda para a reforma da Igreja Matriz na década de 1960.
A novíssima Santa Casa só chegou a ser inaugurada pelo então prefeito João Pires Filho que foi o seu primeiro provedor. A freira Irmã Juliana foi a primeira administradora do hospital. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Homenagem a Dona Geracy

Certa vez, em 2017, Dona Geracy Ambrozina Maccangan de Camargo foi homenageada na Câmara Municipal de Santa Isabel. Seu relato foi transmitido por meio de slide ao público que estava ali presente. Frisando em sua trajetória na educação isabelense, com destaque em figuras conhecidas, do município, como Nenê Simão, Padre Léo, Dr. Isaías Bueno e Fábia Porto.
Ela lecionou junto com professoras que hoje deram nomes as escolas na cidade, como a professora Maria Santos Bairão, Brasilisia Machado Lobo e Laurentina Lorena Correa da Silva. Durante 32 anos na profissão, Dona Geracy acredita que alfabetizou mais de dois mil alunos.
Foi em Santa Isabel que conheceu seu esposo (Benedito Roberto de Camargo, advogado do município) e com ele teve seus filhos (Luciana, dentista; Adriana, engenheira agrônoma; e Benedito Roberto Junior, engenheiro).
Com o professor Roque de Castro, com quem lecionou em Santa Isabel, Dona Geracy compôs o hino de Santa Isabel, que até hoje é cantado nas escolas municipais.
Acompanhada de amigos e familiares, que fizeram questão de comparecer na Casa de Leis, Dona Geracy foi aplaudida de pé. "Fico imensamente emocionada e agradecida por essa homenagem, muito obrigada" agradeceu ela.

sábado, 13 de novembro de 2021

A extinção do campo do Franqueza

Com o início das obras de construção de uma creche municipal e da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE que ocupou os campos de futebol A e B do Franqueza, nas imediações do terreno onde se encontra a Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Santa Isabel, em 2016, os isabelenses começaram a se despedir dos campos que, por 44 anos, foram palco de históricas partidas de futebol.
Por intermédio de uma emenda do Governo do Estado, Santa Isabel começou a construção de uma nova creche municipal, para tal obra a prefeitura realizou uma limpeza geral na área que será ocupada por ela e todo entulho, bloquete e ferros retorcidos que lá estavam depositados foram retirados da área e colocados no campo B do Franqueza. Pelo menos era isso que falavam.
De acordo com o secretário de Planejamento e Obras, Daniel Polydoro, a construção da creche poderá acontecer paralelamente com a construção da ETE. Sobre o entulho no campo, Daniel explica que: “A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) nos solicitou que fizéssemos o ajustamento das costas topográficas das obras da ETE, conforme está no projeto que enviamos a ela”.
Para o Secretário, nem os bloquetes e tão pouco o gramado dos campos estavam em condições de reuso: “Remover a grama para reaproveitá-la custaria mais caro que a aplicação de grama nova e o tempo para removê-la atrapalharia o andamento da obra”, esclarece.
Enquanto para alguns o clima é de festa, pois a cidade inicia a construção de uma ETE, algo inédito na história do município, para outros o momento é de despedida. Juvenal Pereira de Souza, 76, conhece como ninguém cada centímetro dos campos que, durante 32 anos cuidou. Sua única função era prepará-los para as partidas dos finais de semana: “Ouvi dizer que o Prefeito tentaria salvar um dos dois campos para que a ETE não acabasse com os dois de uma só vez, mas de repente, caminhões começaram a entrar no campo e despejar todo este entulho aqui”, conta, acrescentando com pesar: “A dor maior é que um dia antes da invasão de entulho eu havia pintado todas as áreas e demarcado todos os pontos do campo, pois eu acreditava que no próximo final de semana teríamos uma última partida de despedida, mas não tivemos”, lamenta.
Juvenal e o amigo Manoel Eleotério, 61, que hoje é zelador do Ginásio Municipal de Esportes, são a memória viva de como os campos do Franqueza foram criados, segundo eles foi pela força de vontade dos funcionários da extinta fábrica Franqueza que existia no município que os campos foram construídos: “O campo B nós construímos manualmente em 1971, utilizamos apenas foice e machado, lembro até hoje da primeira partida oficial disputada aqui em 1972, foram funcionários da produção contra os funcionários do escritório da empresa Franqueza”, recorda emocionado Manoel.
Juvenal, que trabalhou por 30 anos na prefeitura e hoje é aposentado, se despede dos gramados que ele nunca jogou, “Mas que sempre cuidei como um pai cuida de um filho. Já me convidaram para zelar pelo campo da Avenida Brasil, mas não seria a mesma coisa, é triste lidar com esta realidade sem poder fazer nada, estou de mãos atadas”, lamenta.
De acordo com o prefeito Padre Gabriel Bina, a prefeitura ainda não encontrou uma outra área para fazer novos campos, mas “Estamos estudando opções possíveis para sua implantação”, explica.
O secretário de Esportes, Daniel de Lucena, destaca que o município tem uma emenda parlamentar concedida pelo deputado estadual André do Prado no valor R$200 mil para a construção de um novo campo: “só poderemos usar esta verba se tivermos uma área para a construção e neste momento a secretaria esta procurando este local”, disse. De acordo com o Secretário, até a resolução do caso, os jogadores utilizarão o campo do Santa Isabel Esporte Clube – Siec e do estádio municipal da Avenida Brasil. 

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

A exposição A Cidade que Somos


De 05 a 14 de Julho em 2013, durante a festa da cidade, em comemoração ao aniversário de Santa Isabel. Ela ocorreu na EMEF Oscar Ferreira de Godoy. 
A exposição A Cidade que Somos era parte do acervo fotográfico do Núcleo de Memória de Santa Isabel, que na época contava com aproximadamente 11000 imagens.
Criado em 2012, ou seja, um ano antes da exposição, esse foi um projeto da Diretoria de Cultura. Tinha como objetivo, tornar pública parte da história da cidade através das imagens. 
As fotografias são reproduções de seus originais, aos quais estão protegidas de problemas de tempo e clima. Algumas fotos estavam em processo de pesquisa e catalogação, o que explicava não ter legendas em algumas das imagens exibidas.
A exposição foi dividida em duas partes e traça um panorama da história imagética da cidade.
A primeira era Gente, Paisagem, Cotidiano e Tradição, contem imagens datadas até a década de oitenta e pretendia valorizar esse passado. A segunda parte é uma reedição da exposição realizada em 2012, chamada Antes e Depois, onde fotografias antigas dialogam com as atuais, usando o mesmo ângulo da primeira.
Segundo os idealizadores da exposição, Santa Isabel é uma cidade periférica, com um rápido crescimento desordenado que nunca respeitou os valores históricos. O que teria fragmentado sua memória. Entretanto, eles não citaram que isso foi falha da própria prefeitura. 

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Poesia de Valdevino Coutinho

Santa Isabel, cidade querida,
Um pedacinho da minha vida 
Da Grande São Paulo és o Paraíso,
Recebe os visitantes com abraços e sorrisos.

Com pessoas bondosas e hospitaleiras,
Desta nação és a primeira,
Com água pura nas fontes
Jorrando noite e dia, 
Ela desce dos montes
Para nossa alegria.

As cachoeiras tal como a do Ouro Fino
Não podemos esquecer
A mulher vira menina
E passa a correr, 
Pelas águas cristalinas
Sem perceber.

A garoa e a serração,
Da mais prazer na vida,
Enche-me de emoção,
Essa terra querida.

O ar puro da montanha
Não há coisa igual, 
Quem conhece não estranha
A Beleza da mata natural

Cidade abençoada por Deus,
Nunca devemos te deixar,
Receba abraços dos filhos teus
E daqueles que queiram te amar.

Poesia de Valdevino Coutinho dos Santos

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

O artesanato em madeira por Cepinho

Todo o pedaço de madeira encontra um destino nobre nas mãos do artista José Adilson Ramos Cepinho, ex-funcionário da rede pública de ensino da prefeitura de São Paulo que, tão logo se aposentou, escolheu Santa Isabel para viver e criar com a esposa os seus quatro filhos.
José ou Cepinho, como é conhecido,mora com um de seus filhos, na casa que um dia pertenceu ao seu pai, na Rua Idactor Ferreira da Costa, Bairro Vila Guilherme. Em seu lar, cabos de vassoura e troncos de árvores nobres como: ipês roxo, cedros, cerejeiras e jacarandás se transformam em obras de arte.
Cepinho começou na década de 90 a produzir artesanato, corintiano fanático sua primeira peça produzida foi um São Jorge que ele mantém guardado até hoje: “Peguei um resto de arame e comecei a dobrar, quando percebi tinha feito um homem em cima do cavalo, ai para fazer o dragão eu usei uma latinha de cerveja”, recorda.
Em seguida, para incentivar um dos filhos a prosseguir na faculdade de Educação Física, José esculpiu em um pedaço de madeira as principais modalidades do esporte, a retribuição veio para o artesão anos depois com a formação acadêmica do filho. A partir daí José passou a esculpir em madeiras.
O que a mente criativa do Cepinho imagina, ele mais tarde transforma em carrancas, animais, pássaros, santos e monges. “O que produzo se não for para mim eu dou de presente é uma forma de me manter eternizado com as pessoas”, diz. Umas das peças que ele produzia na época era o símbolo de Igaratá, que José pretende presentear o primo e prefeito Elzo de Souza.
O artista mantém uma lojinha de produtos diversos em um cômodo de sua casa, ali ele expõe os terços feitos por ele com restos de arame, fio de cobre e sementes de plantas nativas.
Cepinho tem na figura paterna uma referência, seu pai, Alyrio Pinto Cepinho, trabalhou como maquinista na antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, que durante 111 anos ligou as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais: “Meu pai era um são paulino de princípios, sempre fiel a minha mãe, tratou de me ensinar os valores da vida. Ainda me lembro de nossos últimos momentos, quando em 1992 o São Paulo entrava em campo pelo primeiro jogo da Taça Libertadores da América ele passou mal e faleceu em meus braços ainda no corredor do hospital”, recorda emocionado.
A mãe Alice Ramos Cepinho, que também foi funcionária pública, faleceu no ano passado aos 97 anos, um dia antes do aniversário de Cepinho. “Ela me ensinou o valor da família, da união entre as pessoas que amamos e eu tento manter-me com elas a cada escultura que dou de presente”, revela.
Apaixonado por Santa Isabel, o artesão destaca que está sempre pronto a contribuir com o lugar onde vive: “Me entristece ver quantos jovens perambulam por essas ruas, caindo de um lado para o outro, entregues ao vício. Houve um tempo em que as pessoas viviam com mais simplicidade, e tinham uma vida longa”, conta com certo pesar, acrescentando em seguida: “Precisamos aproveitar cada instante como se fosse o último, mas cientes de que melhor do que deixar saudades, é deixar ensinamentos”, finaliza. 
O texto foi originalmente publicado na Ed. 972 do Jornal Ouvidor e foi editado pela jornalista Erica Alcântara.