quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Apresentação com boa música e bom café


Imagina você entrar em um determinado lugar na cidade, um com grande fluxo de pessoas, e de repente ouvir boa música. Não aquele tipo de sonoridade que sempre toca em toda a cidade. Algo que é mais fora do comum. Isso foi possível. E talvez continue acontecendo.
No dia 21 de janeiro de 2017, o Cadillac Café, o músico Hélio Puim Jr. tocou várias músicas. Músicas nacionais, cheias daquele toque único como de bandas como Skank, Cazuza, Capital Inicial, Nenhum de Nós, Barão Vermelho, Legião Urbana, O Rappa, entre outros sucessos do rock nos anos 80. Tudo isso dentro da Galeria. Organizado por Gustavo Ribeiro, dono do Cadillac Café, além de membro da banda Alambiques Blues. Foi um modo legal de trazer boa sonoridade a uma área conhecida de Santa Isabel, com um dos grandes talentos daqui. Começou as 15:00 horas.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Precisamos falar de intolerância religiosa em Santa Isabel

Antes de tudo, quando você vai contra certos assuntos religiosos, o que não gosta: da determinada religião ou de uma crença?
Recentemente, mais ou menos a três dias, eu estou observando muitos posts no Facebook – de pessoas em Santa Isabel – pedindo respeito. Ao que parece ocorreram muitos atos de intolerância religiosa por aqui. Vamos primeiro definir o que é isso. Intolerante representa uma pessoa que não admite ou não respeita opiniões contrárias e relativamente diferentes as suas. Nesse caso relativo com a sua fé. E isso é grave. Tanto que dependendo da situação, eu acredito que é considerado crime. 
Não é proibido que você tenha opiniões diferentes de outros. O problema surge quando desrespeitamos as crenças pessoais de outras pessoas. Por exemplo, e esse caso é muito recorrente aqui, uma pessoa católica não admite que um evangélico seja religioso pois “não é o mesmo deus” que ele adora. Antes de qualquer coisa, o inverso também ocorre. Reparem que são duas religiões que usam o mesmo livro sagrado: a Bíblia. Não faz sentido ir contra qualquer uma.
Dito isso, gostaria de falar como compreendo as religiões. Sou um rapaz que vive em uma família católica apostólica romana, na qual conhecemos como maior líder religioso o Papa. Já li a Bíblia algumas vezes, em especial, as parábolas de Jesus. Sempre gostei delas. Por outro lado, sou formado em história. Uma ciência que procura a verdade, sem ser a absoluta. Aquela que fica por de trás dos fatos. Que se baseia em fatos e acontecimentos documentados dos mais diversos tipos. Muitas vezes minha fé e minha profissão entram em conflito. O que eu faço? Bom senso.
Copiando uma certa pessoa, “Deus não é um velho mago que muda tudo a seu bel prazer”. As coisas não ocorrem por simples estalos, como em um passe de mágica. Meus estudos são parte de minha vida e através deles, eu compreendo que o homem atual surgiu com várias evoluções biológicas. Fato. Contudo, mesmo a ciência não consegue explicar várias coisas. Buracos negros, Stonehenge, o amor e a natureza humana. E esse último fator que causa, muitas vezes, a intolerância.
Eu sempre respeito as pessoas de outras religiões, assim como ateus. Possuem argumentos e também, tecnicamente minha religião não é uma das “proscritas”. Ou seja, não é uma daquelas que grande parte do povo observa com desdém atribuindo erroneamente “malefícios”, “magias negras”, entre outras coisas erradas. Olhar errado da sociedade, mas nos acostumamos com isso. Então, muitas vezes deixo passar quando alguém fala sobre certo fato ligado a uma religião.
Só que uma pessoa desrespeitar a fé de outro é errado, em diversos pontos. Não importa qual seja a crença do desrespeitado. E sempre irei contra pessoas que falam “isso não é religião”. Uma das definições sobre religião, é a manifestação da crença pela doutrina e rituais próprios. Então, se alguém falar por exemplo que o budismo não existe, tecnicamente falando por ser católico... Já é errado. Fé religiosa é a crença em força ou forças sobrenaturais e místicas. Não na existência de um ser onisciente. No momento que é desrespeitoso com ele, isso dá o direito que outras pessoas façam o mesmo COM VOCÊ. 
E sobre a pergunta no começo do texto... Bem, muitas vezes uma pessoa diz que determinada religião é maligna. Já que certo líder religioso é corrompido. Nunca fale isso. Não é nossa obrigação falar que certo grupo é correto ou errado. Pois dentro de qualquer instituição pode existir alguém maligno. Afinal, você quer atingir uma pessoa, ou provar que ela errou? Lembrando que com isso você pode fazer com que a pessoa perca a fé naquilo que concedia força a ela. Seja justo. Lembrando sempre: assim como opinião, não existe só a sua religião. E cada uma tem a sua.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A história do Cine Teatro Monte Negro

Uma das coisas ao qual poucos sabemos é sobre o cinema que um dia tivemos na cidade. Talvez isso tenha espantado um leitor desavisado, mas é verdade. Nós já tivemos.

Antes de tudo, Santa Isabel já possuiu um outro teatro, em outra área da cidade. Era chamado Cine Santa Isabel. Era da década de 40 (talvez 41, mas sem certeza, e foi idealizado por Miguel Turco. Ainda assim, não foi para frente.
Até que um empreendimento criado por João Pires Filho, José Basílio Alvarenga e Deoscore Marcondes dos Santos Freire surgiria. O Cine Teatro Iara. Exato, ainda não se chamava Cine Teatro Monte Negro. Além de já ter pertencido a Jorge Simão também. 
O espaço possuía 658 lugares para os espectadores, além de possuir camarins. Sim, pois como o nome mostra, possuía também espaço para espetáculos. Era um fenômeno na época, já que não existia outros cinemas na região, inclusive em Mogi das Cruzes. Um fato curioso, é que o próprio Mazaroppi filmou aqui na cidade, pousou aqui, e conferiu um de seus filmes (costume dele na época de ver as obras na localidade).
Porém, com a TV surgindo com força nas casas brasileiras, isso meio que fez o cinema ter um baixo rendimento. 
Anos depois, na época da administração da prefeita Angela, surgiria o Cine Teatro Monte Negro. Ao menos, como a maioria conhece. Ainda assim, com o grande avanço dos cinemas nas outras cidades, quase sempre com grandes franquias, acabou falindo.
E isso é algo que até hoje, aqueles que conheceram sobre isso, comentam e desejam que um dia seja reaberto aquele espaço.
Agradeço em especial o doutor Isaias Bueno e Bene "Gainha" por boa parte dessas informações.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A beleza natural escondida em nossa cidade




Um pouco depois do Portal da Cidade, que concede acesso a estrada de Santa Isabel para Arujá, existe o Sítio do Vale das Águas. Uma localidade comum. O que esta escondido, um pouco antes do sítio é nosso interesse. Digamos que é o presente da natureza para o povo isabelense.
Na imagem que vemos a seguir mostro razoavelmente onde fica a entrada. Mais ou menos pois sou horrível com localização. kkkkkkkkkkk Mas por ali, é possível acessar uma pequena trilha que dá acesso a cachoeira. E como é bonita. Aqui nas fotos notam como é parte do lugar. Com duas quedas d'água, se posso dizer assim. O lugar é raso: abaixo da primeira
queda a água chega até a cintura, na outra parte alcança no máximo o joelho. Possibilitando as pessoas que não sabem nadar entrar. Na parte mais baixa existe até uma "corda natural" é do cipó de uma árvore. Usado como brinquedo. Só tomando o devido cuidado com as pedras é um lugar bom para aproveitar. Em especial com a família ou amigos nesse tempo quente dos últimos dias. Como podem ver, temos um pequeno paraíso a cerca de 20 minutos de Santa Isabel. No dia, eu e amigos (que já conheciam o lugar) fomos a pé até ali. 
Só que temos um problema ali: a mão humana! Não existe nenhum controle sobre quem entra ou sai daquele lugar. De certa forma isso é bom. Porém, uma coisa que poucos aprenderam até hoje foi a educação de recolher seu próprio lixo! Simples assim. Só no dia eu consegui enxergar no lugar:

-sacos de mercado;
-pedaços de fruta;
-pedaço de salsicha;
-garrafa plástica de refrigerante;
-e até uma camiseta.

Detalhe que estávamos em um grupo de sete pessoas, ao qual tivemos cuidado para recolher nosso lixo. E algumas famílias vinham e "depositavam" uma quantidade até que significativa de sujeira ali! Não é algo tão difícil limpar! Usando as próprias sacolas de mercados é fácil guardar tudo! Fosse comida ou outras coisas. Como diria minha mãe, a mão não cai com um pouco de esforço. Para que prejudicar o lugar?
Sem contar que tem uma pichação no lugar! Quem vai em um lugar lindo como esse e de repente pensa "eu vou sujar aqui com a minha tinta"? Eu questiono esse ato, assim como qualquer um faria. Assim, espero que ajude a conservar uma beleza natural.







As fotos a seguir são da pichação e a sujeira na cachoeira:




domingo, 5 de fevereiro de 2017

Major Guilhermino Mendes de Andrade: A primeira escola da cidade


O Grupo Escola de Santa Isabel foi criado por decreto em 19 de março de 1935, e instalado a 01 de abril de 1935. Em prédio da Rua Floriano Peixoto n 1, sendo a primeira escola oficialmente registrada de Santa isabel.
Posteriormente, em 30 de julho de 1943 pelo decreto n 13.488 recebeu o nome de Grupo Escolar Major Guilhermino Mendes de Andrade.
Falemos sobre o patrono da escola, nasceu em Portugal no dia 25 de maio de 1865. Filho de José Pontes Brasão e de Escolástica Mendes de Andrade, veio ao Brasil quando criança, sendo criado por seus avós em Santa Isabel. Fez os seus primeiros estudos em uma escola particular, na então Vila Santa Isabel. Aos trinta anos casou-se com dona Primitiva Cortez de Andrade. Dessa união nasceu Benedito Mathias Andrade. O Major também era conhecido como Sinhô Guilhermino ou Guilhermino Brasão. Era comerciante, possuindo uma loja no antigo Largo do Rosário, atual Praça da Bandeira. Onde se encontra o bar Barhein (antes, Banco Econômico).
Era político influente, participando do partido do PRP e da câmara municipal. Além de ser major da Guarda Nacional. Nas horas de folga, ele fazia o que era chamado "rábula", ou seja, advogar sem a respectiva formatura. Seu esporte favorito era a caça, junto com amigos.
Foi um dos responsáveis por trazer luz elétrica a cidade e reunir algumas escolas do município. Criando um grupo escolar, que viria a ser dirigido por seu próprio filho, Benedito.
Em 29 de janeiro de 1976, foi publicada a resolução n 24, ao qual denominavam como Escola Estadual de 1 Grau Major Guilhermino Mendes de Andrade, lógico, após seu falecimento (25/05/1865 até 23/02/1923). Foi enterrado no Cemitério do Santíssimo, próximo de seus outros parentes.
Estiveram na direção da escola Laura F. Frugoli, Eithel Barreto Melcher, Florinda Cardoso, Levy de Oliveira e 
A escola que mudaria o nome para EEPG Major Guilhermino Mendes de Andrade, contava com seguinte quadro de períodos:
Das 7:00 às 11:00 horas;
Das 11:00 às 15:00 horas;
Das 15:00 às 19:00 horas;
Das 19:00 às 23:00 horas;
Já possuiu em sua grade curricular matérias como educação para o trabalho.
Também já é tradição de longa data na escola, a festa junina em todos os anos.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Tretas punks! Notícias com brigas de grupos punks em Santa Isabel

Santa Isabel, mesmo sendo pequena já foi território de muitas tribos urbanas, ou como alguns diriam - e eu discordo - "subculturas". São grupos que concordam em determinados aspectos em suas ideologias, vestimentas, aspectos diversos ou sonoridades. Entre eles temos os headbangers e góticos, por exemplo. Eles tem seu surgimento quase sempre relacionado as grandes metrópoles onde surgem dados sobre estas novas tendências. Se bem que isso não é uma regra infalível. 
Independente disso, vamos aos fatos: Santa Isabel já possuiu um grande grupo de punks. E por conta disso muitos acontecimentos de festas... Brigas ocorreram nesse meio tempo.
Com um estilo, literalmente mais "anárquico", uma sonoridade bem mais agressiva do que outras. Pessoas com cabelos moicanos, espetados ou cabelos compridos, com tons de cores únicos de roupas, calças ou camisas rasgadas, alfinetes, espinhos e bottons por toda a vestimenta, assim eram muitos dos estereótipos de grupos punks. Surgido na Inglaterra, seu estilo underground, conquistou uma grande parte do mundo. Em especial por seus ideais que vão contra a forma de governo atual. Algumas vezes seguindo ideais de escritores anarquista como Bakuhnin.
Em 1998 uma suposta briga de "gangues" causa ferimento grave com ácido em um jovem punk. Pelo menos foi isso o noticiado pela Folha Alternativa, jornal da época. Vinha até com um texto abaixo de como "diferenciar um punk de um clubber". Muita desinformação, mesmo para aquela época em minha humilde opinião. Se bem que essa é uma visão anacronista minha.
Enquanto ainda existia a banda Mongolords (atual Skizoyds / Capitão Taverna), em determinada época (os dados não são precisos) em Igaratá, houve uma verdadeira briga generalizada na pequena cidade vizinha a Santa Isabel. Tudo por questões de apresentação de bandas fora de hora. O que causou um verdadeiro caos que perdurou até a madrugada de um dia 11 de Maio. Para você ver, a galera não era mole naquela época.
Sem contar a lendária briga dos punks de São Paulo, vindo até Santa Isabel. Eles teriam encurralados clubbers no Monte Serrat, de frente a igreja com mesmo nome. As "lendas" falam sobre centenas de punks ao redor de algumas dezenas de clubbers. Desde então, nunca mais se ouviu falar dessa tribo urbana aqui no município.
Não estou falando aqui disso pois "os punks são violentos", "os punks são isso" ou "são assados"... Mas para mostrar como certos grupos  viviam. Você perdendo a história de sua cidade, faz com que perca a identidade dela. E tento ter essa função de criar esse sentimento na comunidade. Pois ela faz parte de mim. Da minha realidade e do meu imaginário. Além disso, podemos desmitificar certos aspectos falsos desse grupo tão "martirizado".

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Festa de São Gonçalo em Santa Isabel


No dia 21 de janeiro de 2017, conferi parte das festividades de grupos folclóricos na Igreja do Brotas. Eram relativas a São Gonçalo. Além de grupos daqui mesmo, também participaram pessoas de Jacareí.
Uma tradição de origem portuguesa bem comum na região Nordeste. Para pagar uma promessa feita ao São Gonçalo, fiéis promovem um dia de festa com dança, música e muita animação.
A imagem do santo é colocada em um altar, e os dançarinos se organizam em duas fileiras voltadas para o oratório. Cada fileira é encabeçada por dois violeiros, mestre e contramestre, que dirigem todo o rito. Durante todo o dia são realizadas 12 rodas, com 12 trocados (passos de dança diferente), enquanto os familiares e amigos se reservam entre a dança, a platéia e a preparação e distribuição da comida.
Esta manifestação pode ser encontrada em quase todo o Brasil, com variações coreográficas bastantes diversificadas, tomando diferentes formas de execução, com características próprias em cada região.
Os fiéis contam que os agradecimentos feitos a São Gonçalo são realizados com festa, porque enquanto vivo, Gonçalo passou por um período de busca interior e encontrou na experiência popular a maneira de converter pecadores. Conta-se que São Gonçalo para reabilitar as prostitutas, vestia-se de mulher e dançava e cantava com elas a noite toda. Ele entendia que as mulheres que participassem dessas danças aos sábados não cairiam em tentação no domingo. Acreditava ainda, que com o tempo se converteriam e se casariam.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

"De Santa Isabel Ao Xingu - A maravilhosa aventura que se chama... vida" de Waldir José Cabral Saueia

Voltando a escrever sobre Santa Isabel. E que maneira melhor de começar esse ano com um pouco de um grande homem e escritor. Aproveitem!





Waldir José Cabral Saueia foi prefeito de Santa Isabel. E graças ao seu envolvimento e comprometimento a cidade prosperou. Conheceu outros membros importantes da cidade como Roberto Drumond Mello Silva e Waldemar de Brito Simão. De todo o modo, não há como deixar de notar a grande influência no município. 
O que escrevo aqui, no entanto é sobre um trabalho a parte. Com tamanha importância que deveria ser mais divulgado.
De Santa Isabel Ao Xingu, como o próprio livro fala (com prefácio por Roberto Drumond Mello Silva) é um trabalho auto biográfico de Waldir. Sobre uma viagem que fez de Santa Isabel até o Xingu, no nordeste do estado no Mato Grosso. Contando sua experiência de viagem conhecendo uma parte do território brasileiro, que alguns conhecem, outros nem tanto. Passando por personagens únicos e cheios de seus próprios mistérios.
O livro foi imprimido pela Editora Jornalística de Igaratá Ltda. Com revisão do professor Dario Vieira de Paula Júnior e Augusto Morini. É considerada uma biografia.