domingo, 30 de abril de 2023

Visita do "Barão de Itaúna" em 1869, em Santa Isabel

Cândido Borges Monteiro, o Barão de Itaúna foi médico e político brasileiro, nascido no Rio de Janeiro em 1812 e notabilizou-se em 1842 ao realizar uma cirurgia bem-sucedida de ligação da aorta abdominal sem anestesia, a sedação não era utilizada nessa época (a anestesia surgiu em 1846), o paciente foi amarrado e desmaiou durante a operação.
Já, em 1868, clinicando em São Paulo, o barão ingressou na política e alcançou a Presidência da Província em 1868, governou até 1869 e foi ai que conheceu o então deputado Cônego Bicudo, pároco de Santa Isabel, de quem se tornou amigo e parceiro. De tal sorte que numa visita que faria a Jacareí, não recusou o convite do amigo deputado para conhecer Santa Isabel, para tanto decidiu fazer uma pauda na viagem antes de seguir a Jacareí.
A visita ocorreu em 21 de Abril de 1869 e foi precedido de inúmeros acompanhantes que cuidaram da segurança e do transporte do Presidente da Província, a recepção foi condizente com o cargo, o deputado Cônego Bicudo e o alferes Paulo de Almeida Nóbrega organizaram a visita acolhida foi surpreendente, centenas de pessoas foram ao encontro do "Barão de Itaúna", no bairro de Gerêmuniz.
A coluna de cavalheiros acompanhou o visitante que ao aproximar-se da cidade ouviu o repicar de sinos, o estampido das baterias de fogos e o arrebentar de inúmeras girândolas anunciando à população que afluía às janelas das casas e enchia as ruas para conclamar o eminente visitante, para tanto uma guarda de honra, luzidamente fardada, fez a S. Excelência as continências de estilo.
O "Barão" apeou do cavalo com parte de sua comitiva na casa do capitão, João Rodrigues de Godoy onde foi magnificamente hospedado. À tarde, o digno presidente participou da Procissão do Senhor dos Passos e ali teve a oportunidade de ouvir por duas vezes a palavra do padre Bicudo nos sermões do Encontro e do Calvário. Na Matriz da época (atual Rosário) o coral da Irmandade do Santíssimo entoava um solene "Te Deum Laudamus" (A vós, oh Deus, louvamos) em ação de graça pela chegada do Presidente da Província.
As juntas conservadoras que compunham os diretórios políticos das cidades vizinhas enviaram comissões para cumprimentá-lo e felicitá-lo por sua administração. No dia seguinte, o "Barão de Itaúna", seguiu para Jacareí.

Dr. BUENO, Isaias. Revista Inovar. Santa Isabel. Março de 2023. p. 6.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

(Espaço Aberto SP) Exposição temporária Nhe’ē Porã - Memória e Transformação


O Museu da Língua Portuguesa passou a oferecer a partir de 12 de Outubro de 2022 uma imersão na diversidade e riqueza das línguas indígenas faladas no Brasil, com a abertura da exposição “Nhe’ē Porã: Memória e Transformação”, em São Paulo.
Organizada em cooperação com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a mostra marca o lançamento oficial no país da “Década Internacional das Línguas Indígenas”, como foi designado o período de 2022 a 2032 pela Assembleia Geral da ONU.
Com visitação de terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência permitida até 18h), a exposição seguiu em cartaz até 23 de abril de 2023, no Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/n). Os ingressos, à venda no local e antecipados pelo Sympla, saem por R$20, com gratuidade aos sábados.
Buscava chamar a atenção mundial sobre a situação crítica de muitas línguas em perigo de desaparecimento e a necessidade de usá-las e preservá-las para as gerações futuras.
Atualmente, cerca de 97% da população mundial fala somente 4% destas línguas e somente 3% das pessoas do mundo falam 96% de todas as línguas existentes. Caso nada seja feito, a grande maioria desses idiomas, falados sobretudo por povos indígenas, continuarão a desaparecer em um ritmo alarmante.
Além de abordar diretamente a questão linguística, a exposição “Nhe’ē Porã” também busca ser um espaço de reflexão sobre os processos coloniais que marcaram profundamente a vida dos povos indígenas no Brasil, as trajetórias de luta e resistência e a beleza dessas culturas milenares.
Por meio desta perspectiva indígena, o Museu da Língua Portuguesa também pretende abordar os temas que atravessam a celebração do Bicentenário da Independência, como as lutas por direitos e a construção da identidade brasileira.
Houve programação cultural gratuita vinculada ao evento ao longo dos oito meses de exposição, como apresentações musicais de indígenas, debates sobre preservação de línguas e oficinas para todos os públicos.


sábado, 15 de abril de 2023

Sobre a Lei Paulo Gustavo em 15 de Abril de 2023

No dia 15 de abril de 2023, ocorreu uma reunião na Câmara Municipal de Santa Isabel para tentar auxiliar com o surgimento da Lei Paulo Gustavo.
A Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195, de 08 de julho de 2022) dispõe sobre ações emergenciais destinadas ao setor cultural a serem adotadas em decorrência dos efeitos econômicos e sociais da pandemia da covid-19. Ela prevê o repasse de R$ 3,862 bilhões a estados, municípios e ao Distrito Federal para aplicação em ações emergenciais que visem a combater e mitigar os efeitos da pandemia da covid-19 sobre o setor cultural.
Apesar da prestativa palestra de Sandra Mimoto Torres, acredito que talvez isso tenha sido meio apressado. Já que a própria Sandra contou que o edital da Lei Paulo Gustavo não está pronto e deve abrir mês que vem. Mas citou projetos em aberto, como o PROAC que foi aberto de forma adiantada, já que parte desses valores não tinham sido distribuídos ano passado. Porém, foi dito que isso acontecia por pressa e horários apertados.
De qualquer forma, passo aqui o que compreendi de forma resumida.
Devemos ter primeiro noção de que Leis de Incentivo Fiscal temos já funcionando:

  • Leis de Incentivo a Cultura (Lei Rouanet): - Dedução de até 4% de imposto de venda para empresas tributadas no real (CNPJ) e Dedução de até 6% para pessoas físicas (CPF);
  • PROAC: Dedução de até 3% do valor de ICMS a pagar;
  • Editais: Regras específicas de cada região.

O PROAC, por exemplo, se refere ao estado de São Paulo. Esse ano, como dito antes, saiu mais cedo, mas dura entre 5 e 6 meses. Com um teto de 6 milhões de reais.
Ainda sobre o PROAC, nós podemos ver a diferença com relação para valores. Um exemplo está que a pessoa física conseguiria para um projeto 50.000,00 R$. Já a pessoa jurídica, 100.000,00 R$.
Já é sabido também que a Lei Paulo Gustavo vai ser dividida em

  1. 53% para produções audiovisuais;
  2. 12% para salas de cinema;
  3. 6% para formação;
  4. 23% em outras áreas.

O networking para a criação de um projeto pode ser com diversas pessoas, áreas e instituições. Tais como:

  • Comunidade;
  • Empresas;
  • Governo;
  • ONGs;
  • Concorrentes;
  • Fornecedores;
  • Prestadores de serviço;
  • Organizações profissionais;
  • Ambientalistas;
  • Acionistas;
  • Consumidores;
  • Clientes;
  • Público interno;
  • Entre outros.

Pode parecer estranho o contato com ambientalistas. Mas devemos ter consciência de que algumas obras podem ter, por exemplo, o uso extensivo de muitas folhas. O que pode afetar o meio-ambiente. 

O ciclo de produção cultural se fixa no seguinte:

  1. Criação (Público, inspiração e ideia);
  2. Planejamento (Projeto, engenharia de marketing);
  3. Mercado (Parcerias, produtos e comunicação).

E como se faria um projeto? Aqui temos as etapas mostradas:

  • Descrição: O quê? Objetivos? Objetivos específicos?
  • Justificativa: Porque?
  • Orçamento: Quanto?
  • Cronograma: Quando?
  • Ficha técnica: Quem?

Ai já podemos ver um problema, por exemplo, com escritores locais. Mas não existem gráficas competentes dentro de Santa Isabel, para nenhum projeto cultural. Sendo que tais projetos priorizariam o local.
Sempre se torna necessário uma tabela dos custos de:

  • Pré-produção;
  • Produção;
  • Divulgação e mídia;

Despesas administrativas.

  • Feito isso, temos:
  • Subtotal:
  • Captação de recursos;
  • Total geral do projeto.


Um captador, pode por exemplo, ser uma gráfica ou editora. Então, um patrocínio pode vir de outro lugar, em um caso assim.
Lembrando que esse dinheiro vai para uma conta captação (uma conta bancária ligada ao governo) que o criador do projeto vai ter que pedir acesso, para usar o dinheiro no projeto.
Devemos saber que, quando uma pessoa está na ficha, mas ela já não pode participar, você pode mudar, colocar outra no lugar
Se um patrocinador sair, vai ser do criador do projeto, a responsabilidade em um curto tempo arrumar outro. Ou cancelar o projeto. Mas ela não comentou que é na Lei Rouanet que isso ocorre, sem nenhum problema ao patrocinador. Nem que há mudanças sobre o assunto pelo governo federal, que responsabilizaria os envolvidos com patrocínio do projeto.
Mas há contrapartidas. E o que são elas?

  • Sociais;
  • Culturais;
  • Ambientais;
  • Relacionamentos;
  • Marketing;
  • Flexíveis e negociáveis.

Potenciais patrocinadores devem ser/ter:

  • Visão estratégica e fortalecimento da imagem institucional;
  • Temática;
  • Local de realização;
  • Relacionamento com comunidade no entorno da empresa;
  • Investimento social (valor para a sociedade);
  • Democratização de acesso à cultura;
  • Identidade e valores subjetivos que serão associados ao nome do patrocinador.

Dos documentos necessários para o projeto estão

  • Documento da empresa e seus representantes legais (Pessoa Jurídica);
  • Documentos pessoais (Pessoa Física);
  • Comprovante de endereço (Atual e de 2 anos anteriores);
  • Comprovante de regularidade fiscal;
  • Termos de responsabilidade;
  • Cartas de anuência;
  • Etc..

Para acompanhar esse projeto, devemos ter:

  • Ética;
  • Comunicação; 
  • Documentar;
  • Cumprir os acordos;
  • Medir os resultados;
  • Agradecer;
  • E relatório final.

Com isso, nós obtemos credibilidade.

  • Nos investimentos, nós podemos alcançar isso com:
  • Grande investimento emocional para o projeto;
  • Intercâmbio de capital social e humano;
  • Networking;
  • Parcerias;
  • Engenharia artística;
  • Tempo;
  • Rigor artístico.

Foi falado que a Lei Paulo Gustavo poderá disponibilizar 514 mil R$ para Santa Isabel.
Como boa parte dessa verba será destinada para audiovisual, poderiam ser feitos projetos do tipo de clipes ou a gravação de um DVD.
Alguns dos exemplos dados de projetos pela palestrante seriam, livros e orquestras.
O captador de recursos tem que ter o perfil do projeto. Pesquise empresas com esse tipo de características (Obs.: Algo não falado é que as empresas de MEI, como escolas particulares, não podem ser servir como captadores ou patrocinadores).
Crie um portfolio bonito para ser entregue. Bem estruturado e fácil de entender.
Segundo foi dito, aqueles que não participaram da Lei Aldir Blanc antes, serão chamados agora. Porém ressalto, pessoas não poderão vender trabalhos ligados a essa lei, caso queiram. O que faz a Lei Rouanet mais acessível a esses.
Foi ressaltado que nacionalmente, a Lei Paulo Gustavo será de 365 milhões de R$.

Cidades vizinhas de Santa Isabel

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Bairros de Santa Isabel

Hoje, Santa Isabel está dividida nos seguintes bairros:

  • 13 de Maio
  • Aralu
  • Boa Vista.
  • Brotas.
  • Cachoeira
  • Cafundó.
  • Centro
  • Chácara Boa Vista
  • Chácara Guanabara
  • Chácara Sinhá Isabel
  • Chácaras reunidas Canadá
  • Cruzeiro
  • Eldorado
  • Estância Kennedy
  • Estância Oliveira
  • Estância Primavera
  • Figueira
  • Gerez Muniz
  • Itapeti
  • Jaguari
  • Jardim Cristina
  • Jardim das Acácias
  • Jardim Heloisa Maria
  • Jardim Japão
  • Jardim Lanifício
  • Jardim Novo Eden
  • Jardim Portugal
  • Jardim São Pedro
  • Jardim Vista Verde
  • Jocybele Soraya
  • Lanifício
  • Leste
  • Loteamento Astro Verde
  • Loteamento Nova Santa Isabel
  • Loteamento Sinhá Isabel
  • Loteamento Vicentine
  • Mirante
  • Monte Negro
  • Monte Serrat
  • Morro Grande
  • Paratei
  • Parque Santa Tereza
  • Parque São Benedito
  • Pau Cerne
  • Pedra Branca
  • Pouso Alegre
  • Recanto Alpino
  • Recanto Imperial
  • Recanto São José
  • Retiro
  • São Domingos
  • Sítio Sossego
  • Tevo
  • Urbano
  • Urupês
  • Varadouro
  • Vila Guilherme
  • Vila Gumercindo
  • Vila Nova
  • Vila Orlanda
  • Vila Osiris

sábado, 1 de abril de 2023

Leandro Ligocki

Leandro Ligocki é um músico independente nascido no Brasil, e que faz muito sucesso no exterior. Como multi-instrumentista (violão elétrico, violão clássico, alaúde, guitarra barroca), ele flui por muitos estilos e gêneros diferentes. É também compositor e arranjador e tem obras para instrumentos solistas, conjuntos e orquestras.
Ligocki toca como solista, em grupos, bandas e orquestras no Brasil. É guitarrista, compositor e produtor da dupla Laura e Leandro e da banda Effo Veteris. Leandro começou sua vida musical na cidade de Santa Isabel e agora vive e trabalha em Campinas para a Orquestra Sinfônica da Universidade de Campinas.
Embora Ligocki tenha sido treinado em uma variedade de estilos diferentes e tenha tocado profissionalmente em uma infinidade de gêneros, em última análise, ele descobriu que realmente não há limites na música. Ele percebeu que a criatividade não obedece a essas categorias. A fonte de inspiração vem toda do mesmo lugar.