quinta-feira, 19 de maio de 2016

Link para petição sobre a venda da Área Verde da Escola Agrícola!

Jurei que não iria postar mais nada esse mês, mas essa petição é URGENTE!!!
Mais um link para auxiliar a cidade de Santa Isabel! Além do Vale do Paraíba E esse é urgente! Protejam as áreas verdes das cidades! A natureza não é algo para ser vendido tão banalmente. Seja um cidadão consciente!
Clique no link abaixo.
Impeçam a venda da Área Verde da Escola Agrícola! Petição!

"Em recente divulgação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em veículos de mídia, chegou ao conhecimento da população o Projeto de Lei nº 328 de 2016, no qual se defende a venda de áreas públicas no Estado de São Paulo, entre as quais são citadas algumas na Região do Vale do Paraíba, com a justificativa de equilibrar finanças governamentais.
Considerando-se o aspecto socioambiental, a venda de áreas como a Fazenda Cônego José Bento em Jacareí, na qual se encontram a Escola Técnica Estadual – ETEC (Escola Agrícola “Cônego José Bento”) e a Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo – FATEC, é de assombroso retrocesso. No caso de Pindamonhangaba, a área a ser vendida está relacionada à Fazenda da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – Polo Regional da APTA (Haras Paulista), cuja perda também trará profunda mancha à história ambiental e à memória do município e de toda a região.
As referidas áreas são “ilhas verdes” em meio ao avanço das áreas urbanas, propiciando diversos benefícios ambientais, como atenuação climática nas áreas urbanas, diminuição de poeiras e de poluição sonora, benefício estético e harmonia paisagística, infiltração de águas e diminuição do potencial de alagamentos, além de serem refúgio para diversas espécies de animais que buscam abrigo nas áreas de matas remanescentes. Resguardam ainda nascentes, corpos hídricos, depurando-os, o que, considerando-se o contexto de escassez hídrica, protege a qualidade e a disponibilidade dos recursos hídricos, trazendo melhorias à qualidade de vida da população valeparaibana. Mata-se o Rio Paraíba aos poucos, ora pela transposição, ora pelo avanço sobre seus afluentes e áreas de recarga hídrica (várzeas, por exemplo). As Fazendas contribuem também para melhorar a pontuação dos municípios no Programa Município Verde-Azul e possuem potencial para a formação de corredores ecológicos.
Nas referidas Fazendas estão instaladas instituições de Ensino e Pesquisa que desempenham papel de extrema relevância, formando cidadãos conscientes e profissionais capacitados para atuar junto à população, aos setores públicos e às instituições privadas, a partir de cursos, desenvolvimento de pesquisas, ações de extensão e transferência de tecnologia. Estudantes da Região e de outras partes do país desenvolvem pesquisas de ponta nessas Fazendas, utilizando, por exemplo, drones, encontrando peixes ameaçados e levando conhecimento às comunidades. Cumprem, portanto, importante função social e consistem em patrimônio público de toda a região.
Além disso, são áreas que ajudam a contar a história de Jacareí e de Pindamonhangaba, respectivamente, contribuindo para a manutenção da memória e da identidade de milhares de pessoas. Difícil encontrar moradores de Jacareí e de Pindamonhangaba que não tenham bonitas histórias (e fotos!) sobre as belas Fazendas.
Vendidas, esvair-se-ão em pouco tempo ao darem lugar para estacionamentos, supermercados, prédios, lojas e concreto.  Vendê-las é ir na contramão de concepções internacionalmente reconhecidas de democratização dos espaços públicos nas cidades, com maior participação na forma da governança participativa e cidadã. O potencial para a cultura, para as questões ambientais, para o lazer e para a melhoria da qualidade de vida dará lugar à inércia do poder de compra."

terça-feira, 10 de maio de 2016

Link sobre o Casarão da Fábrica de Farinha


Eu quebrei o hiato do Espaço Aberto SI para colaborar com esse projeto que sinceramente é algo ótimo se for para frente. Ao que parece Tâmisa Santos, que faz arquitetura e urbanismo na UNESP de Presidente Prudente e tem um projeto relativo ao Casarão da Família Machado (Casarão da Fábrica de Farinha). Leiam o link abaixo.

sábado, 7 de maio de 2016

A história dos games


Eu amo animes, mangás, RPG e quadrinhos americanos. Cada um por um bom motivo. Cada um tem seu estilo e algo que me faz ser atraído por esses hobbys. Até ai bacana.
Mas acredito que uma coisa que gosto, mas não a ponto de me manter o dia inteiro, é a mania dos videos games. Desde seus mais antigos consoles (que para mim é o Atari XP) os games vem tentando se desenvolver para os modelos que conhecemos.
O motivo de tratar sobre isso não é nem uma questão cultural, mas que ainda assim, isso faz parte da história de muita gente aqui na cidade. Quem não se lembra de coisas como Blue Velvet, Star Games, Neto, as lan houses do Jorge, entre outras e as maquinas de fliper.
Ainda assim, estão muitas vezes inseridos em mangás/animes, quadrinhos, seriados ou filmes assim como o contrário também faz sentido. Prova disso é a Bandai que já fez jogos baseados nos sucessos Dragon Ball e Naruto. Ou a franquia Arkham, baseada nas histórias em quadrinhos de Batman. E por ai vai.
Vou aqui sintetizar essa história.
Anos 70: Os anos dourados do nascimento do video-game
Video games surgiram como modos de entretenimento para os garotos dos anos 70. O primeiro jogo teria sido criado pelo Projeto Manhattan (aquele mesmo que produziu a bomba atômica!). Era aquele clássico jogo de tênis que usa dois tracinhos e uma "bola quadrada", que esta mais para poligonal aqui... É conhecido como Tenis for Two.
Mas isso normalmente era raro de se obter. 
Eis que assim como os microcomputadores um engenheiro eletrônico, Higinbotham em 1966, pensou em uma ideia que só processasse jogos eletrônicos. Só seria necessário a conexão com uma TV para ficar no lugar do monitor de uma CPU. Depois de muito tentar e convencer as pessoas sobre esse projeto, ele conseguiu desenvolver um jogo de ping pong com duas personagens magrelas, representando os jogadores. Surgindo o Brown Box. E não, não foi o Atari o primeiro video-game do mundo... Vivendo e aprendendo.
Em seguida, a Magnavox, uma filial da Philips se dispôs em criar uma máquina para o público consumidor. Este seria o Odissey 100.
Anos 80: Os anos dos fliperamas e a competição do NESXSEGA
Então começam a surgir outros video-games. Quase sempre usando as famosas fitas. Detalhe que você mais velho deve saber: assoprar o fundo delas não ajudava a conexão. Era só colocar e recolocar o cartucho. Na verdade, o sopro danificava os cartuchos.
Além disso, surgiram antes disso os games de fliperama. Jogos colocados em máquinas ao qual qualquer um que queira colocar uma ficha e jogar. Nada de mais. Porém nessa época, mais precisamente em 85, os jogos começaram a criar novas tecnologias nos arcades. Dando vida a mais aos jogos de shooters, brigas de ruas, puzzles e uma série de mascotes entre outras coisas. Além disso aos mais saudosistas podemos citar a boa e velha história das "briga das fichas". Você poderia entrar em uma máquina, e de repente um cara entrava contra você na maquina. Ou colaborava com você em jogos cooperativos, ou te desafiava para uma luta. Época beeeem diferente agora. O maior problemas desse tipo de jogo é que muitas maquinas eram colocadas em lugares não apropriados para crianças como bares.
De qualquer forma surgia a mais ferrenha competição entre as produtoras de jogos no período: Sega e Nintendo. Haviam outras concorrentes mas logo seriam esquecidas. Prova que você mais novo nunca deve ter ouvido falar do Commodore 64 (não tem nada a ver com a Nintendo), Atari Jaguar, entre outros. A Neo Geo se manteve bem ainda pois sua franquia ganhava sucesso nos flipers mas a Sega e a Nintendo eram adversárias ferrenhas. Criando mascotes ícones (quem não conhece Mario e o nem-tão-famoso-hoje Sonic), video-games que foram "evoluindo" (NES e SuperNES/Master System e Mega Drive) e diversos tipos de acessórios para jogos. Só que como tudo no mundo dos games, não duraria muito e a era dos cartuchos acabaria.
Anos 90: Os anos  em que tivemos o fim das fitas e surgimento dos CDs
O que culminou no fim da era do 16 bits teriam sido os  famosos jogos com CD. Liderados pelo Playstation, que atualmente esta na sua quinta versão pelo que sei. Ele surgiu devido a união da Square e Sony. E isso criou novas possibilidades. Normalmente, jogadores tinham que alugar cartuchos em video-locadoras. Devido aos Compact Discs, era muito mais fácil e comodo comprar jogos mesmo. Visto que eles demoravam muito. Em especial, jogos com a opção save. Nas plataformas da Sega e Nintendo, os saves eram bem limitados e sempre eram jogos salvos no próprio cartucho. Eis que além do uso de mais de um CD (como em Final Fantasy VII e VIII) surgem os memory cards. Eles eram aparelhos que protegiam o progresso em mais de um jogo. Isso era ótimo, pois, mesmo que a mídia do game fosse danificada, o que se conseguiu não seria apagado. Era sensacional para aquela época.
E sim, usar pasta de dente prolongava a vida útil dos CDs! Mas não vai me fazer isso sem ter cuidado rapaz!
A Nintendo e a Sega ainda tentaram se manter firmes com cartuchos (Nintendo 64), mas a segunda já vai na linha dos CDs, com o Dreamcast. Ironicamente o N64 deve relativo sucesso, o Dream não... Apesar de ser um console de relativo poder de processamento para a época.
Época atual: a volta do computador e o BOOM da internet
Os fliperamas estavam acabando e sendo substituídos pelas lan-houses. Lugares onde normalmente os fãs de entretenimento eletrônico se reuniam e mexiam em computadores em partidas. Quase que uma volta as origens, sendo que os PCs foram esquecidos para tal lazer. Mas talvez os sucessos de games como Diablo, Half-Life, Warcraft e tantos outros chamou a atenção para essa forma de game eletrônico. A essa altura, a nova leva de jogadores não se interessavam tanto mais por jogos nos consoles que teriam um final. O interessante era a formação de times, ou até mesmo, jogos solitários em que se enfrentavam outros jogadores. Com Counter-Strike liderando os FPS (games em primeira pessoa) e os MMORPG (games de RPG online), isso fez uma avalanche de fãs do estilo surgirem. O que fez mais para frente que surgissem jogos com mecânica online, ou que agradassem seu novo público usando temática antiga (World of Warcraft e Diablo III que o digam). Isso sem contar uma coisa que surge quase sempre nos modos histórias: o bem e o mal não esta definido como a maioria dos jogos em gerações passadas.
Além disso estamos em uma época que não precisamos de um cartucho ou CDs. Só pedir seu jogo pela internet. Ainda os Compact Discs são usados em alguns consoles (sim estou usando palavras repetidas... Eu sei!), mas não são essenciais.
Hoje em dia, a tecnologia que conhecíamos esta ficando cada vez mais devassada. Temos hoje em dia os controles para jogos de carros, o kinect (que capta os movimentos das pessoas), os controles sem fio usando bluetooth, entre outras coisas. Recentemente, esta sendo usado para video-games e computadores o Oculus Rift, ou seja, óculos de imagens 3D. Foda né?
Neto Games: uma dos centros na cidade onde você pode jogar ainda

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Fotos antigas: onde você menos espera, as memórias estão lá!


Eu sou um homem formado em história pela UnG, Universidade Guarulhos. Então eu sei que um dos modos de registrar a história  da cidade, é através de imagens já que elas as vezes são a única forma de compreender as mudanças do tempo. Então, recentemente, cacei aqui pelo município essas que são formas de registros únicas. Estas primeiras fotos foram tiradas na Padaria Nova Santa Isabel, que fica indo na direção da rua que segue para Igaratá. Então, ao examinar o lugar (depois te comer um belo lanche) notei elas ali na parede no canto esquerdo com relação a entrada. São várias, colocadas em um mural lindo, em que podemos ver a antiga forma da Igreja Matriz, do Banco Caixa Econômica, entre tantas outras imagens do passado referentes a Santa Isabel. É algo lindo. Elas foram tiradas ou eram de posse do talentoso Francisco Sanches Baptista, o "Chico Fotográfo". Eu mesmo só o vi uma vez mesmo na cidade, e era uma pessoa maravilhosa. Basicamente, ele mostra uma cidade completamente diferente, não por sua geografia naturalmente ter mudado. Só que na verdade, se deve pela mão do homem mudando sua estrutura por motivos. Para o bem ou para o mal muitas vezes.

Falando desse modo, pensamos que só uma simples padaria poderia ter essas imagens. Mas não é bem por ai. Quando você esta querendo almoçar, talvez queira ir a um restaurante. Quem sabe talvez você queira passar próximo ao estacionamento superior do Supermercado Português para isso? Lá talvez veja bem mais. No Espaço Português (uma área acima do supermercado, que além de um restaurante possui lojas e até uma área da Rádio Singão) existem algumas outras fotos. Nesse caso elas são mais colocadas enquadradas como pinturas. E isso também é uma forma perfeita de mostrar essas imagens do nosso passado. E tudo isso graças ao acervo pessoal do senhor Romeu Almeida Machado. Tanto que existe até uma foto sua no local. Veja ela logo abaixo.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Minha opinião sobre os food trucks em Santa Isabel

Assim como foi o caso do texto falando sobre o post da Turma da Mônica, esse texto representa uma opinião MINHA. Não é de nenhuma outra pessoa, se baseando em uma visão do que observo sobre o assunto. Dito isso, vamos ao texto.

Bem, antes de tudo vejamos o que conhecido fenômeno do food truck. Desde seu surgimento até os dias de hoje. Eles sempre existiram nos Estados Unidos, e foram disseminados pelo mundo, consistindo quase sempre em um carro modificado de forma a atender o público. Com o decorrer do tempo, o público se tornou mais exigente, fazendo os donos desses negócios melhorarem diversos pontos. Entre eles higiene, qualidade dos alimentos produzidos, atendimento diferenciado e criando uma maior dinâmica com os clientes. Muitas vezes possuindo até mais qualidade que restaurantes profissionais. Isso não é forçar a barra. Procurem pelas metrópoles e vão ver isso por conta própria.
Quando São Paulo regularizou a venda de alimentos na rua, esse tipo de serviço estourou por todo o Brasil. Muitas pessoas que estavam acostumados com as lanchonetes sobre rodas, pipoqueiros entre outros se sentiram atraídos por esse novo perfil de comida. Nas principais capitais isso se disseminou de forma única. Já que, vamos admitir, sempre é bom estarmos andando e encontrarmos na rua um lugar onde podemos ser bem alimentados, tratados de forma boa e com uma higiene impecável. Aumentando também a variedade de opções nas ruas.
Vamos aos fatos sobre Santa Isabel e os food trucks: a cidade não é como nossa capital, de diversas formas. Uma delas é o custo de vida. O gasto que se tem no nosso município é bem menor do que em São Paulo. É só você notar que um pedaço de pizza em uma padaria daqui (cerca de 3,00 R$ ou 3,50 R$), lá custa bem mais (uns 6,00 R$ em padarias comuns). 
Ai recentemente, a cidade esta com um costume de trazer o fenômeno para a cidade. Através do Arena Food Truck, um evento gastronômico que visa divulgar a "comida de rua". Bacana, só que se esqueceram esse detalhe dos custos que eu escrevi antes. Vejamos: nesse domingo eu desci e comparei alguns preços, da última vez e dessa nova tentativa, com os preços comuns. Acho que vou deixar bem claro.

  • Pastel - food truck: 6,00 R$ / Santa Isabel: 3,00 R$ ou 3,50 R$
  • Churros - food truck: 6,00 R$ / Santa Isabel: 3,00 R$ ou 4,00 R$
  • Tempurá - food truck: 10,00 R$ / Santa Isabel: 5,00 R$ ou 10,00 R$
  • Yakissoba - food truck: 20,00 R$ / Santa Isabel: 10,00 R$ 
  • Pedaço de pizza - food truck: 7,00 R$ / Santa Isabel: 3,00 R$ ou 3,50 R$

Não estou dizendo que não seja um preço justo para esses serviços. A qualidade deles, aparentemente é excelente, só que poucos aqui tem como pagar. Muitos serviços são no mínimo o dobro do custo daqui. Seria bom eles inicialmente diminuírem os preços. Visto que a tendência sempre é que aumentem os valores, para que colocar preços tão altos logo de cara? Mas não entendo tanto de negócios. Só gasto o dinheiro mesmo.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Cultura sertaneja: as modas caipiras de raiz


A música sertaneja, também conhecida como música caipira, boa parte dessa sonoridade tem como influências as fazendas de café, cana, entre outros e pastos de diversas áreas pecuárias. O termo provém do sertanejo, típico morador das áreas do sertão nordestino. Porém, a música em si deriva dos chamados caipiras (trabalhadores do interior) na região Sul. De qualquer modo há sim uma relação entre o Nordeste e São Paulo, já que em ambos sempre existiram pessoas que trabalhavam com agricultura e pecuária. E as músicas tratavam disso, histórias do povo esforçado e que vive dos frutos da terra.
Renato Teixeira
Vamos já deixar claro uma coisas sobre um instrumento desse gênero: a viola caipira é um instrumento de 10 cordas e um pouco menor que o violão, de 6. A viola como conhecemos tem origem no Brasil com a chegada dos portugueses no país. Talvez com a influência do fado, típica música portuguesa.
Uma das bases básicas das músicas sertanejas típicas são viola e violão, cantando em dueto. Mas muitas vezes se alteram com outros instrumentos musicais como a sanfona. Um fato engraçado é que nos primórdios, era mais comum os violeiros fazerem suas próprias violas, ou pedirem isso a um conhecido. Hoje em dia é fácil encontrar nas lojas especializadas um local para o instrumento em um ponto qualquer. Sendo que nem precisam ser produzidas aqui.
Considerado como um verdadeiro herói da música sertaneja, Cornélio Pires em 1929 começou a gravar "causos" (histórias dos sertanejos) e trechos de cantos na época. O que foi criando uma grande vontade no povo de escutar aquelas músicas, tratando do cotidiano do trabalhador mais simples. Ele divulgou de diversas formas a sonoridade. 
Com os discos, a música ganhou novos palcos. Como circos. Divulgando até mesmo aqueles que seriam as grandes estrelas dos cantores desse gênero, Tonico e Tinoco. Eles despontaram por todo o país como nunca antes havia acontecido, superando até mesmo Roberto Carlos.
Um dos temas recorrentes nas canções é a temática sertaneja. Isso existe quase sempre nas músicas antigas em que os boiadeiros muitas vezes trilhavam até seu destino, pedindo proteção. Muitas vezes depois eles pagavam promessas ao santo ou santa padroeira, como sinal de boa fé. Canções assim demonstram essa devoção através da simplicidade do homem do campo ou o viajante. Na letra de Romaria, temos uma prece feita por um por um peão que concede sua voz, já que não sabe rezar (supostamente não sabia ler) para demonstrar sua devoção a Nossa Senhora Aparecida. A música foi escrita por Renato Teixeira, e ficou famosa na voz de Elis Regina.
Entre os grandes nomes com esse ritmo são Tião Carreiro & Pardinho, Inizeta Barroso, Leo Canhoto & Robertinho, Liu & Léo, Pena Branca & Xavantinho, Trio Parada Dura, Milionário & José Rico, Iridio & Irineu, Nalva Aguiar, João Mulato & Douradinho, Pedro Bento & Zé da Estrada... Tantos nomes que demoraria bem mais tempo aqui escrevendo alguns só da área de SP. Além de Almir Sater que elevou a moda de viola a um novo nível, assim como Renato Teixeira, Rolando Boldrim e Sérgio Reis. Devem estar se perguntando por que não coloquei ainda nomes como Chitãozinho & Xororó, Zezé Di Camargo & Luciano, João Paulo & Daniel, Leandro & Leonardo, entre outros. Na verdade, esses também foram influenciados pelo som caipira de raiz, mas depois tiveram outras fontes para absorver. Como o country americano, onde temos um ritmo mais dançante. Talvez, por isso surgiu o dito sertanejo universitário.
Almir Sater
Além disso, temos danças típicas no interior como a catira. Quase sempre ocorre em estados como São Paulo, Mato Grosso, Goiás, norte do Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Uma dança ritmada que consiste em movimentos como bater pés e mãos, com a influência dos violeiros presentes tocando. Alternando para cada mudança das músicas. Quase sempre ocorrem em rodeios ou festas religiosas.
Hoje em dia, a música sertaneja tomou uma divisão completamente diferente. Para o que chamamos entre sertanejo de raiz e sertanejo universitário. Além dos grandes shows feitos com relação a essa segunda, um dos maiores fatores para a primeira não ter tantos fãs é migração das pessoas para os grandes centros urbanos. Lembrando: as músicas caipiras contavam o cotidiano do povo trabalhador. Não somente paqueras ou desilusão, e sim casos com maior importância.

Mazzaropi
Mazzaropi foi um dos grandes divulgadores da vida sertaneja nos cinemas. Fazendo longas-metragem que mostravam personagens típicos do interior. Com seus trejeitos e modo único, ele quebrou o paradigma do protagonista belo da época em que produziu os filmes. Atuou em 32 filmes, começando pelos circos, depois trupes, teatros, rádio e finalmente cinema. Ele é nascido em São Paulo. Filhos de um italiano com uma portuguesa, ele ajudou a mostrar como é a vida dos caipiras. Entre seus filmes temos Betão Ronca Ferro (1970), Sai da Frente (1952), O Gato da Madame (1957), Chofer de Praça (1958), Jeca Contra o Capeta (1976). Abriu sua própria produtora de filmes, o que demonstra a coragem que ele tinha para fazer filmes que retratassem a realidade do povo. Contava com compositores de talentos com canções lindas em seus
Inezita Barroso
filmes, nem sempre só sertanejas, mas grande parte delas eram. Além de ter deslanchado a carreira de atores de renome, alguns ainda fazendo parte da grande mídia. Faleceu no dia 13 de Junho de 1981.
Ainda assim em certas cidades ainda existem pessoas que tentam preservar as memórias desse estilo de vida e música. Como as rodas de viola.
Um dos fatores que notei ao pesquisar é que as canções antigas não tratam de bebedeiras ou dançar. Elas podem muito bem tratar de parte da história das cidades, ou no mínimo, mostrar como eram as antigamente o municípios.

Cultura gótica: uma visão através de conhecimento NÃO empírico

Novamente falo sobre esta tribo urbana. O motivo de escrever é que conheço uma parcela de pessoas que moram aqui e fazem parte desse grupo. E como parte dessa cidade, fazem parte de sua cultura.
Além disso quando citar determinadas bandas, muitas vezes posso errar ou esquecer uma. São tantas que nem sempre estou a par de tudo. Levei um mês para fazer mais uma vez a pesquisa sem ajuda em nada. Então POR FAVOR coloque se eu falhei ou não coloquei determinada banda X. E POR FAVOR critiquem o texto, não descontem sua raiva em mim!

Bauhaus
Primeiro, já devo ter falado que odeio o termo subcultura. Mesmo vendo isso em textos como o de Kipper em seu livro A Happy House In a Black Planet: Introdução a Subcultura Gótica, eu acho esse termo ralo, ou seja sem tanto sentido. Pelo outro texto que coloquei aqui falando sobre subcultura "[...]Na antropologia e sociologia, a subcultura é normalmente associada com grupos de pessoas. Quase sempre uma parcela minoritária que representaria uma subdivisão de uma cultura que lidera sua comunidade. E podem se unir quase sempre por motivos de diversos tipos: etnias, idade, religião, filosofia, estética, conceitos, entre tantas outras coisas. Muitas vezes, uma subcultura defini-se como oposta a cultura dominante. Mas nem sempre é esse o caso". Só que em minha sincera opinião "O que me faz ser contra o termo subcultura esta nisso: se analisarmos, os grupos são rebaixados no uso da referência "subcultura". Afinal, estão a margem de uma "cultura maior". Não existe, na minha concepção, cultura "que tenha maior ou menor importância". Todas tem sua relevância, variando da região". Sub é um prefixo que quase sempre significa inferior ou substituição o que não faz sentido para isso. Apesar de muitos tratarem ela como um "subcultura", eu prefiro colocar ela como uma cultura, visto que ela possui uma grande e vasta quantidade de conhecimentos, além de traços únicos.
Edgar Allan Poe
A origem do nome é ligada (não exatamente ligada, mas recebe influência) do povo godo, um dos povos bárbaros que deve grande importância histórica a partir de 98 d.C. mas sua origem parece ter sido em 1490 a.C. Existem muitos poucos registros sobre esse povo, tanto por parte deles, quanto de seus inimigos. Como uma tribo nômade, constantemente mudavam sua localização, além de serem conhecidos por possuírem mais de um grupo com essa origem (como os visigodos e ostrogodos) que tiveram costumes, caminhos e influências diferentes. Entretanto, certos aspectos nunca mudavam. Isso na verdade, é só para mostrar a fonte do nome.
É como quando nós falamos sobre arianismo, que possui mais de um significado. Sempre é bom termos pleno conhecimento de sua origem.
O termo gótico, como seria usado séculos, foi empregado para classificar uma tendência arquitetônica no Renascimento (Idade Moderna). Muito comum em catedrais, iniciando pela França e se espalhando pelo Velho Mundo. Fugindo dos padrões romanos, seguindo o estilo considerado "bárbaro". Entre algumas das maiores obras desse estilo esta a Cadetral de Notre Dame.
No século 18, ele mais uma vez surgiu como um termo para uma das variedades da literatura romântica. Normalmente se associando a textos que fossem mais medievais, sombrios ou macabros. O que é engraçado, vendo que os godos, o povo que seria a origem do nome, veio lá da Idade Antiga. Quase no fim dela... Ainda assim... Muitas vezes inspirados em construções de origem gótica do renascimento. Lembrem que o período chamado Idade Moderna esta quase acabando. Existiam quase sempre histórias criadas com personagens como bruxas, espíritos, monstros dos mais diversos tipo e torturas.
Em resumo, o termo foi tomando uma forma que poderíamos chamar como medieval, fantasmagórico e sombrio. O que eu como professor de história discordo plenamente. A Idade Média, não foi como muitos acreditavam uma "Idade das Trevas". Na verdade, isso foi um pensamento usado pelos Iluministas do Renascimento, querendo demonstrar que estavam em uma "Idade de Iluminação". No período dos feudos, existiam sim problemas, mas houve uma grande aumento demográfico na época. De qualquer forma, isso NÃO tem nada a ver com a tribo urbana mencionada no texto.
Este grupo, surgido mais ou menos na década de 80 tem um começo
Os góticos, assim como os punks e os hippies, surgiram devido a outro grupo. Aos beats que tiveram influência entre 1940 a 1950. Também conhecidos como beatniks, jovens de cabelos longos e se reuniam em bares (isso não era tão comum para muitos na época). Escutavam jazz underground, mas depois mudariam para o rock. Aos poucos, sub-gêneros do rock surgiam como o glam rock (onde os integrantes das bandas se vestiam com roupas extravagantes com letras amorosas). Estas seriam grande influência para bandas de pós-punk como Bauhaus, The Sister of Mercy e The Damned ("Mas peraí Luis, você falou que The Damned era punk?" As coisas podem mudar...), já que se preocupavam mais com seus visuais e letras mais sombrios. 
London After Midnight
No final dos anos 90 e início dos anos 80 surgem bandas como The Shroud, Rosetta Stone e London After Midnight, que tiveram influência dos grupos anteriores. Seriam algumas das primeiras a se caracterizarem e serem chamadas de góticas. Eles com certeza influenciaram bastante seus fãs tanto na forma de pensar e agir, como outras coisas.
Muitas vezes um membro dessa tribo se caracterizam por serem passivas, tranquilas e amigáveis. Eles não tem nenhuma doutrina religiosa específica, ou seja, se o cara é desse grupo ele pode ser católico, budista... ou qualquer que seja a fé do sujeito. Por isso, não use o termo GOTICISMO, sério. Acho que é quase tão perigoso que chamar um membro de moto-clube de motoqueiro(Dica: é motociclista). Isso soa com um teor "místico" e é algo que não esta atrelado a isso. Alguns deles se atraem por cemitérios, devido ao fato de se tratarem de lugares quietos, onde ajudam a reflexão. Muitas vezes por compreenderam a morte, não como um mal ou algo definitivo, e sim como uma passagem. Entre algumas características do estilo temos a apreciação da dicotomia, a divisão de um conceito em dois elementos. 
Muitas bandas hoje em dia pegam grande influência do estilo sonoro. Entre algumas bandas influenciadas e que são influências temos The Cure, Siouxsie and the Banshees, Lacrimosa, The Gazette e X-Japan (essas duas últimas são bandas de j-rock, e possuem muita influência no começo de carreira). Elas mostram sua fonte de inspiração, não só pela sonoridade, mas seus pensamentos nas letras. Hoje em dia temos algumas bandas como Diva Destruction, The Birthday Massacre, Lacrimas Profundere, 69 Eyes e Sopor Aeternus. Lembrando que esse estilo musical teria influenciado sub-gêneros (Gêneros! Não cultura) como o EBM (Electronic Body Music).

No seu visual de roupas, eles normalmente usam quase sempre tons escuros. Muitas vezes variando do branco ao roxo em outras. Sobretudo muitas vezes é usado por eles. Tons de pele bem pálido muitas vezes, além de usarem maquiagens para isso. Ironicamente, muitas pessoas confundem o estilo com punks. É engraçado, visto que na verdade os góticos tem influência do pós-punk, um sub-gênero do punk. Só deixando claro, um gótico (assim como são tratados na Idade Média, um curandeiro, alquimista ou até mesmo um estudioso. Tá, nem tão pesada, mas compreendam o contexto), muitas vezes se sente atraído por assuntos diferentes: lendas sobre fantasmas, vampiros e assuntos fora do comum. As pessoas da sociedade enxergam isso de modo errado muitas vezes. Como algo "maligno". E não tem nada a ver com isso. As vezes só é algo para leitura ou estudo.
Bem, muitas vezes as pessoas que não conhecem esse estilo acreditam que um membro dessa tribo só escuta um estilo musical. O que não é verdade. É certo que muitas vezes são influenciados na sonoridade mais clássica, mas isso não é prerrogativa máxima. Podendo escutar muitas vezes bandas da vertente do rock e metal. Assim como não é uma "verdade absoluta" que as pessoas são tristes sempre. É impossível algo assim! Eu poderia colocar uma brincadeira aqui, mas alguma pessoa mais rígida nessa tribo poderia ficar bravo. Sério.
Antes que alguém me xingue, vejam que não sou membro dessa tribo. "Então, não deveria se meter a escrever sobre isso". Okkk. Então, para falar de uma cultura eu devo participar dela? Sou formado em história e como tal não participei da cultura celta ou germânica. Só por não ser conhecimento empírico, ele não deixa de ter seu valor.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Rock na Cumbuca

Misturados Rock
Rock na Cumbuca foi um evento ocorrido em Abril para chamar a atenção dos fãs de um bom som. Entre as bandas que tocaram foram a Misturados Rock, HAARP e Coriza. Bandas daqui da cidade mostrando que aqui tem som próprio, e fazem muito barulho! E do bom!
Vou escrever aqui sobre cada uma:
A Coriza foi formada na metade de 2006, tocando punk rock e canta suas próprias composições em português(coisa difícil hoje em dia). Eles se lançaram na cena alternativa com seu trabalho para o maior número de pessoas possíveis, e que estas pessoas reflitam sobre os temas abordados em suas letras, sem imposição e com respeito as opiniões alheias. Hoje em dia a formação é formada por P.H., Renato e Wagner.
H.A.A.R.P.
Já H.A.A.R.P. combina com as letras da banda devido a sua temática tratando sobre política, sociedade, comportamento e assuntos atuais com punk/hardcore de sua própria autoria. Tocaram muito fora da cidade em diversos eventos na capital e ao mediações. Além de suas músicas terem tocado na coletânea Underground Voices pela Fusa Records. Os membros da banda atualmente são Bruno Prado, João Elias, Renan, Junior Moraes e Paulinho Miquelof.
Além do Misturados Rock que nada mais é do que literalmente uma mistura de sons de bandas famosas do rock nacional de diversos tipos. Até mesmo o pessoal que estava lá tocando mudava. 
Coriza
Sem contar que o som foi no bar do Tico, na Ariovaldo Saul, pra baixo da minha casa (quase), no Monte Serrat. Com uma bela feijoada para encher a barriga. E com uma pimenta ótima.
Bom som, amigos, um lugar acessível... Até a polícia apareceu! Normal não é? Pra rock o pessoal vem, mas para funk alto na cidade. De qualquer jeito, a noite foi boa.







segunda-feira, 2 de maio de 2016

Dança contemporânea: origem e importância do estilo

"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." 
-Friedrich Nietzsche

Mais do que uma dança, esse estilo é a união de diversos traços de danças. Um gênero surgido nos anos 60, mais ou menos. Ela seria um rompimento com a dança clássica, de forma bem diferente da época em que nasceu, como foi dito anteriormente. Foi se definindo com um estilo próprio e se firmou em 1980, apesar de ainda flertar com estilos como o ballet, hip hop e jazz. Ela visa transmitir sentimentos sem uma limitação, sem fronteiras com técnicas versáteis e abrangentes. 
Contando além com improvisação, contato-improvisação, técnica de release, BMC (Body Mind Centery), entre outros. Com elas, o bailarino pode criar seus próprios movimentos de acordo com o que achar melhor para a sua arte. Antes, o bailarino/interprete cria uma consciência de seu corpo de forma a conseguir expressar sentimentos pretendidos através dela. 
A dança contemporânea rompe com a dança moderna, assim como essa rompeu com o ballet. Criando uma linguagem própria de forma a poder trazer uma face mais desconstruída da arte como a conhecíamos até então. Nele se usa todo o tempo e espaço a seu favor refletindo emoções únicas. Mostram um tipo de visão única da sociedade atual.
Sabendo que ela se desvencilhou-se de outro estilo, ela tem sua própria história. A conhecida dança moderna propriamente dita, não conseguiu o grau de desenvolvimento que teve no estilo contemporânea em países como México ou Cuba. O importante é que os novos artistas da dança que surgiam nos países conseguiram se apropriar dos conceitos básicos que esta oferecia. Desta apropriação e da necessidade pessoal de expressão dos artistas, que ao mesmo tempo enfrentavam a realidade instável do país, nasceu a dança contemporânea.
Não se sabe com exatidão quando e onde se originou o termo dança "contemporânea". O termo denota aspectos de progresso e atualidade, além de uma imersão quase absoluta para o entendimento de tais processos. Complexo? Pode ser, ainda assim, se você presencia uma das apresentações desse estilo vai se comover.
Em história, o termo contemporâneo se refere o período seguinte a época moderna (da Idade Moderna, para a Idade Contemporânea, marcada com a Primeira e Segunda Guerra Mundial). Porém, aqui ela possui mais um sentido de diferenciação artística entre os antigos estilos e os atuais. Tanto que podemos  ver isso no seguinte trecho foi retirado de um texto na internet:
"Sua história pode ser definido em três períodos:
• 1900: Período marcado pelos movimentos livres das bailarinas Isadora Duncan, Ruth Saint Denis e Mary Wigman, quem buscaram dar-lhe a dança-a um sentido mais comunicacional, apoiando-se em fontes de inspiração mais antigas às de ocidente.
• 1930: A segunda onda de bailarinos modernos surgiu em Nova York, entre os que se contam Martha Graham, Doris Humphrey e Charles Weidman. Para estes bailarinos a fonte do movimento era mais interna que externa, recorrendo a ações naturais como o respirar ou o caminhar.
• 1945: Este período começou ao finalizar a II Guerra Mundial e ainda possui vigência. Bailarinos como Alwin Nikolais, Merce Cunningham, entre outros, fundiram técnicas provenientes da dança social, o ballet e a dança moderna."
Outro resultado importante deste processo de evolução na dança contemporânea foi o nascimento da dança teatro que eleva a possibilidades infinitas e que teve na alemã Pina Baush, a sua maior figura.
Agradeço a Norma Espínola por ajuda na consulta do texto e informações adicionais.