terça-feira, 10 de agosto de 2021

Armando Machado, o grande dramaturgo e escritor inspirado por Santa Isabel

Filho de Afonso Pinto Machado e Dona Ana, catedrático em História Geral, tinha formação em Sociologia e Jornalismo sendo também dramaturgo e ator.
Escreveu duas peças de teatro “Sem prorrogação” e “Linha de Fundo” premiadas no Festival de Teatro de Tatuí e Osasco.
Machadinho era um fomentador do teatro em Santa Isabel, reunia a juventude da década de 1980 para exercitarem a arte cênica. Com seu grupo realizaram a inesquecível montagem da peça “Greta Garbo quem diria acabou no Irajá” de Fernando Melo com as participações de Homero Vallone e Marconi Oliveira entre outros.
Foi colunista nos jornais “Voz Ativa”, “Novo Tempo” e “O Ouvidor” deixando ainda escrita a obra literária “Pelos Estreitos Becos da Vida”, uma antologia de crônicas e contos baseada nas histórias de Santa Isabel.
Amante do futebol sendo são paulino roxo e goleiro do Lanifício E.C sua obra literária reflete sobre o mundo das peladas de futebol e os campos de várzea.
Machadinho também chegou a ser eleito vereador pautando seu trabalho pela ética e correção e da necessidade da cultura na cidade.
Faleceu aos 63 anos, no dia 10 de Junho de 2010 deixando um legado nas artes cênicas e na escrita.
Trabalhou com Maria das Graças Sales de Oliveira, Adali Pereira de Souza, Agnelo e padre Léo em inúmeras representações de Nelson Rodrigues. No Gabriela montou, dirigiu e atuou em "Dois perdidos em uma noite suja", até hoje elogiada por quem conheceu esse trabalho.
Era um apaixonado por futebol e de seu time São Paulo. Tanto que além disso, seu outro grande amor era a sala de aula.
Junto com outras figuras da cidade, fundou o PT de Santa Isabel. 
(...)"Enfim, apreciem ou não o meu jeito de ser, o fato é que minha existência já marcou presença em cima deste planeta onde piso cauteloso e desconfiado, mas sempre externando alegria, principalmente quando canto um partido-alto do mestre Paulinho da Viola. Assim como Machado, ....... vou somando amizades, grato pelo respeito e carinho que estas me dedicam - diga-se de passagem, de graça - bem como aceitando a rejeição de tantas outras pessoas, já que não tenho a pretensão de agradar gregos e troianos. E, como já disse, caminho sobre este planeta rogando a Deus de mãos postas, que retarde a minha partida, porque, se não tive hora marcada de chegar, não devo ter tempo de ir embora."

ARMANDO Machado, o eterno professor. Revista O Isabelense. Santa Isabel. 12 de Outubro de 2013. p. 09.

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