sexta-feira, 28 de novembro de 2025
quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Figuras notáveis de Santa Isabel: professora Geracy Ambrozina Maccangan de Camargo
Com 87 anos, a professora Geracy Ambrozina Maccangan de Camargo já alfabetizou diversas crianças de Santa Isabel, que constituem a sociedade isabelense. Além dos três filhos, atingiu a vida de mais de duas mil crianças, entre eles juízes, delegados, advogados, engenheiros, dentistas e até prefeitos (como Nenê Simão e Fábia Porto).
Ela nasceu em Matão, mas veio para Santa Isabel, pois na cidade onde nasceu e estudou não havia emprego para todas as 50 professoras que se formavam todos os anos no curso "Normal" (nome que se dava ao atual curso do magistério). Formada em 1951, dois anos depois foi destacada para lecionar na única escola da cidade na época. A Major Guilhermino Mendes de Andrade.
Deve 32 anos no magistério, 28 deles foram só no primeiro ano. Ela chegou a dar aulas no "Casarão", que era uma extensão do Major. Na hora da merenda, ela se lembra, se lembra que tinham de levar as crianças a segunda estrutura, pois na primeira, não tinha refeitório, nem espaço para o recreio.
Uma de suas primeiras tarefas quando chegou na cidade foi visitar o bairro da Boa Vista, em Igaratá que era, ainda, um distrito isabelense. Lá, o fazendeiro Dito Cunha, havia cedido sua sala para montar uma escola. E vendo que era possível e necessário fazer um centro educacional ali, arrumou tudo para o lugar no ano seguinte.
Ela criou métodos próprios para ensinar a ler e escrever que usavam músicas e histórias. E com isso, quatro meses depois, os estudantes ganhavam o primeiro livro, pois estavam alfabetizados. Tanto que criou seu próprio método de ensinar as vogais: "Sou pequena e sou magrinha e de mim ninguém se esqueça, pois trago sempre um pingo em cima da cabeça!"
Existiam diversas histórias como professora, ao ponto de pedir para que algumas pessoas colocassem seus filhos em suas aulas. Entre outras diversas boas ações dessa pessoa impressionante dentro da história na educação isabelense.
A primeira professora de gerações. Jornal Ouvidor. Igaratá. 17 de Outubro de 2020. p. 11.
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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
terça-feira, 25 de novembro de 2025
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Minha opinião sobre racismo estruturado em Santa Isabel
O texto não vai possuir nenhum nome, exatamente pois não precisamos dar ibope a pessoas racistas, que se escondem por determinados meios para disseminar esse crime. Seja de forma consciente, ou não. Pois é responsabilidade de pessoas "acima de nós", ter consciência de seus atos. Ainda mais, no dia 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra.
Primeiro, temos que ter consciência que fora a maioria dos feriados religiosos, esses períodos de descanso não é algo apenas para se comemorar. É para se refletir.
Em 1º de maio de 1886, trabalhadores de Chicago iniciaram uma greve geral em busca da redução da jornada de trabalho para 8 horas. Os protestos continuaram nos dias seguintes, e em 4 de maio, um confronto violento com a polícia (o Massacre de Haymarket) resultou em mortes e feridos. Tempos depois, foi marcado a data como o Dia Internacional do Trabalhador.
No caso do Dia Internacional das Mulheres a um incêndio de fato aconteceu em Nova York, no dia 25 de março de 1911. Esse incêndio aconteceu na Triangle Shirtwaist Company e vitimou 146 pessoas. 125 mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos mortos judeus. Essa história é considerada um dos marcos para o estabelecimento da data. Entretanto, para a marcação exata do dia, isso se associa mais com a formação da União Soviética. Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917, na Rússia.
E podemos ter consciência sobre isso com o Dia da Consciência Negra. O Quilombo de Palmares resistiu até 1695, quando bandeirantes paulistas mataram Zumbi no dia 20 de novembro daquele ano. Daí a data.
A história do 20 de novembro começa na Porto Alegre de 1971. Foi naquele ano que surgiu o grupo Palmares, formado por quatro universitários negros gaúchos: Oliveira Silveira, Antônio Carlos Côrtes, Ilmo da Silva e Vilmar Nunes.
Os quatro se incomodavam com a maneira como a historiografia oficial, especialmente naqueles anos de ditadura militar, retratava o fim da escravidão no Brasil. A visão mais propagada nos livros da época dava destaque ao papel da princesa Isabel como uma espécie de “redentora”. E tratava a população negra como uma beneficiária passiva da abolição.
Por isso, quando tratamos desses feriados, temos que ter uma consciência que esses feriados não foram um "presente", mas conquistados, por quem veio antes deles. E agora, nós podemos aproveitar disso, pois outros lutaram (tanto literal como figurativamente).
São Paulo é uma cidade - como tantas outras - construída por mão escravas. E desde sua fundação, mesmo que num território indígena, tomado por portugueses, devemos nos lembrar de como os povos africanos fazem parte dessa formação.
Lembrando que além de pessoas de diversas regiões da África, muitas foram tirados de diversos pontos de lá, com diferentes crenças e idiomas. Um êxodo forçado, que tem marcas na nossa sociedade e além mar, até hoje.
Posso colocar muita coisa aqui de cultura pop, mas sempre vejo a cultura africana com carinho. Pois é DELA que, segundo a Antropologia, se originam todas as outras. Tanto que me recuso a chamar o Bairro da Liberdade de "Liberdade-Japão".
Então cabe a autoridades e pessoas com condições econômicas boas respeitarem esses dias. Muitos dizem, "não fui eu que fiz esse mal", entretanto, colhe os frutos, pois não é julgado por uma sociedade como os negros no tempo atual. Assim como outros grupos minoritários.
Ignorância
A história do 20 de novembro começa na Porto Alegre de 1971. Foi naquele ano que surgiu o grupo Palmares, formado por quatro universitários negros gaúchos: Oliveira Silveira, Antônio Carlos Côrtes, Ilmo da Silva e Vilmar Nunes.
Os quatro se incomodavam com a maneira como a historiografia oficial, especialmente naqueles anos de ditadura militar, retratava o fim da escravidão no Brasil. A visão mais propagada nos livros da época dava destaque ao papel da princesa Isabel como uma espécie de “redentora”. E tratava a população negra como uma beneficiária passiva da abolição.
Por isso, quando tratamos desses feriados, temos que ter uma consciência que esses feriados não foram um "presente", mas conquistados, por quem veio antes deles. E agora, nós podemos aproveitar disso, pois outros lutaram (tanto literal como figurativamente).
São Paulo é uma cidade - como tantas outras - construída por mão escravas. E desde sua fundação, mesmo que num território indígena, tomado por portugueses, devemos nos lembrar de como os povos africanos fazem parte dessa formação.
Lembrando que além de pessoas de diversas regiões da África, muitas foram tirados de diversos pontos de lá, com diferentes crenças e idiomas. Um êxodo forçado, que tem marcas na nossa sociedade e além mar, até hoje.
Posso colocar muita coisa aqui de cultura pop, mas sempre vejo a cultura africana com carinho. Pois é DELA que, segundo a Antropologia, se originam todas as outras. Tanto que me recuso a chamar o Bairro da Liberdade de "Liberdade-Japão".
Então cabe a autoridades e pessoas com condições econômicas boas respeitarem esses dias. Muitos dizem, "não fui eu que fiz esse mal", entretanto, colhe os frutos, pois não é julgado por uma sociedade como os negros no tempo atual. Assim como outros grupos minoritários.
Ignorância
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-do-trabalho.htm
https://novaescola.org.br/conteudo/301/por-que-8-de-marco-e-o-dia-internacional-da-mulher?utm_source=adwords&utm_medium=ppc&utm_network=x&utm_campaign=trafegopago_grants_srj&utm_content=&utm_term=_&gad_source=1&gad_campaignid=22344173677&gbraid=0AAAAADRpNJxskVpoogHcVgVRyNUzzOhGL&gclid=CjwKCAiAuIDJBhBoEiwAxhgyFvqyl3JshHEegi-CGQfdof7lulzisotPT7RsYRztsYHTaElaHRQFVBoCjXIQAvD_BwE
https://www.brasildedireitos.org.br/atualidades/consciencia-negra-qual-a-origem-da-data-celebrada-em-20-de-novembro/?gad_source=1&gad_campaignid=9324397828&gbraid=0AAAAADxOzWRHlnXB3_Eo1ngLrwmX_0tMO&gclid=CjwKCAiAuIDJBhBoEiwAxhgyFjpXy4Y8r8RS8K7bWCbgFcOFAeUmqaEctVnhXJy0YA4PPqWQsA8_BxoCB98QAvD_BwE
quarta-feira, 19 de novembro de 2025
segunda-feira, 17 de novembro de 2025
Figuras notáveis de Santa Isabel: Benedito Décio de Latorre
Filho de Milton de Latorre (açougueiro) e Geraldina de Paula de Latorre (professora), nasceu em 1944 em Santa Isabel.
Desde pequeno sua paixão era o trato com os animais, principalmente touros e cavalos. Aos cinco anos, aprendeu com avô paterno, o senhor André, a andar de cavalo. Aos quatorze anos passou a trabalhar na extinta Fábrica de Juta, onde conheceu Isabel de Moraes de Latorre (Nenê), com quem se casou em 1963, e de cujo matrimônio nasceram seis filhos: Décio (Decinho), Ednaldo, Gesmir, Durvanei (Nei), Milton e André Luiz.
Era uma pessoa alegre, porém, de temperamento forte, que sempre demonstrava a elegância e a bravura de um verdadeiro peão de boiadeiro. Não era pessoa acomodada ou sem iniciativa. Foi assim como peão e nas profissões que teve em sítios, supermercados, açougues e outras atividades comerciais.
Sempre com amizades como Siqueira, Juquinha Maciel, Zuza de Igaratá, Irai, Fio Veloso, João Deodato, Ditinho Constantino, o compadre Zezito Maia e de todos que tiveram o privilégio de o conhecer.
Após ter sido anunciado sua brilhante participação numa prova de rodeio na cidade de Jacareí, em 18 de Fevereiro de 1995, a emoção foi grande demais e Décio, aos 51 anos morreu.
sexta-feira, 14 de novembro de 2025
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Pessoas trans e não binárias sempre existiram
Muitas pessoas citam frases como "pessoas trans e não binárias são invenções modernas de adolescentes, e sua cultura 'woke'". Entretanto, isso é errado demais, ao se pesquisar diversas culturas.
Inúmeras comunidades indígenas ao redor do mundo não definem o gênero pelo sexo, nem consideram um sistema binário de gênero. Mas as ideologias europeias foram espalhados e, muitas vezes, impostas às sociedades indígenas. Isso gerou um apagamento de existências, tradições, gêneros, etc.
Two-spirit: Termo para uma pessoa que tem tanto um espírito masculino, quanto um feminino. Sendo usado por alguns povos indígenas da América do Norte para descrever sua identidade sexual de gênero e/ou espiritual;
Muxes: Em Istmo de Tehuatepec, no México, a tradição indígena considera a existência de três gêneros: mulher, homem e muxe. Essa é a classificação de gênero entre zapotecas desde o tempos pré-hispânicos;
Fa'afafine e fa'afatama: Na ilha de Samoa, existem quatro gêneros reconhecidos: feminino, masculino, fa'afafine e fa'afatama. Esses dois últimos, são papéis de gênero fluidos que transitam entre os mundos masculino e feminino.
Xica Manicongo: Sequestrada no Congo e escravizada no Brasil, Xica é considerada a primeira travesti no país. Em 1591, foi perseguida e proibida de expressar sua identidade, sendo obrigada a se vestir de forma diferente do que desejava.
Fontes:
https://www.theindigenousfoundation.org/articles/the-history-of-two-spirit-folks
https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-47004853
https://nhm.org/stories/beyond-gender-indigenous-perspectives-faafafine-and-faafatama
terça-feira, 11 de novembro de 2025
segunda-feira, 10 de novembro de 2025
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