quarta-feira, 7 de maio de 2025

Figuras Notáveis de Santa Isabel: Aparício Alves Gonçalves (parte 2) (cotidiano)

Em casa, com os filhos, não era um homem de muitas palavras, educado à moda antiga, com exemplos, não com palavras. Amava a família, procurava dar a ela todo o conforto que podia e com sacrifício, numa época onde a escola era para pouco, fez seus cinco filhos estudarem e conseguirem um diploma. Como não falava muito, não "paparicava" os filhos, quando ficava bravo, mas dizia um "hei!" que todos conheciam e obedeciam. Quando tinha pessoa diferente na casa, com um simples olhar, mas significativo para seus rebentos, mostrava que a conduta deles estava errada. Só chegou a dar surras em seu filho mais velho, Luizinho, mas nas filhas nunca.
Nos finais de semana saia para caçar. Tentou influenciar o filho Luizinho nesse hobby, mas jamais conseguiu o fazer. As meninas poderiam o acompanhar, desde que fossem de verde. Enquanto ele "piava" ou esperava a caça. Era caçador conhecido em toda a região e orgulho de sua espingarda belga e de sua coleção de pios.
Gostava de ler e de música. Tocava violão e tinha imenso prazer quando seus filhos cantavam com ele. Os rebentos aprenderam diversas músicas de seu tempo e ele quem ensinou a filha, Beneditinha, violão.
Como filho, sua dedicação, principalmente pela mãe e pela irmã foi exemplar. Vindo de uma família com muitos problemas, nunca deixou de dar sua colaboração e seu amor a seus pais e irmã. Para os irmãos, era sempre um exemplo de vida: foi a vida toda o elemento de conciliação na sua família.
Quando se aposentou gostava de ficar no "murinho" de casa, vendo as pessoas passarem e puxando um dedo de prosa, fazendo brincadeiras e com elas "cutucando" à sua moda, muita gente.
-Esse texto foi escrito por Beneditinha, sua filha, para o livro de Virgílio Frúgoli, Marcas do Passado, em 10 de Dezembro de 1998

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