Antes de relatar sobre o julgamento da cassação da então prefeita Fabia Porto, eu devo relatar vários fatos que ocorreram antes. Tais como:
-manifestações contra e a favor da prefeita, no município, fisicamente ou pot meio virtual. Incluindo uma passeata da prefeita e funcionários públicos no meio da principal avenida de Santa Isabel;
-tentativas concretas de impedir a manifestação de pessoas que eram contra a prefeita em redes sociais ou manifestações culturais (como o bloco carnavalesco Gatos Pingados);
-o desaparecimento de documentos relativos a processante, que estavam nas mãos da advogada da prefeita;
-um dos vereadores que mais se opunha a prefeita durante certo foi o presidente da câmara dos vereadores, Alencar. Mas devido a casação dele, isso ficou nas mãos de Reinaldo Nunes;
-ocorreu um dos governos mais curtos, ao menos no município, da história: com a suspeita sobre a prefeita, ela foi afastada. E seu vice, Carlos Chinchila assumiu. Isso só durou algumas horas, pois Fábia Porto voltou a assumir a prefeitura.
Então, na Câmara Municipal de Santa Isabel, na data de 8 de maio de 2018 quase as 16:00 (16:20 aproximadamente) começou a sessão extraordinária que decidiria o futuro da prefeita e da cidade.
Mídias como TV Diário, Jornal Ouvidor e Bom dia cobriram boa parte do evento.
Aqueles que eram contra a então prefeita, foram os primeiros a chegar. Os secretários e funcionários públicos os últimos, os últimos, talvez pelo cumprimento de horário. A prefeita em si não estava.
A sessão foi presidida por "Luizão Arquiteto" (Luiz Carlos Alves Dias). Foi feita a leitura das principais peças que compõem a investigação sobre a evolução repentina do patrimônio e o "desaparecimento" do mesmo pela prefeita Fábia Silva Porto (Processo n 7750/2018). Estes fatos foram lidos pelo vereador na época, Edson "Oh Glória", citando fatos como a famosa compra da mansão que teria sido comprada pela mesma, assim como um capital que não condizia com o qual ela tinha relatado e a obtenção de um veículo 0Km. Isso tudo durou mais de três horas.
Em resumo, os crimes aos quais eram atribuídos a prefeita eram - entre alguns - o crime de irresponsabilidade como prefeita e infração na prática político/administrativa, entre outros.
Vereador Reinaldo Nunes |
Os vereadores na época eram:
Ademar Barbosa PDT
Gabriel "da Água" PRB
Bruna "do Pati" PSD
Ti Nagate PTB
"Clebão do Posto" PR
Edson "Oh Glória" PODE
Jairo Furini PATRI
Zico "Eletricista" PSD
Dr Márcio Pinho PSC
Van "do Negavan" MDB
Patrícia Simão PRB
Paulinho "Investigador" PSDB
Reinaldo Nunes PTB
"Zé da Mula" PSD
Luiz "Arquiteto" PR
Ocorreu, depois de todo esse relato descritos nos papéis sobre a processante, um momento para que alguns vereadores falassem sobre a situação. Dois casos que devem ser destacados foram Edson "Oh Glória" e Reinaldo Nunes.
O segundo, por muitos já se esperava se exaltar, já que é assim na Câmara normalmente. Ele sempre se mostrou contra a prefeita, desde o princípio. Contudo, muitos jornais tratam o assunto como algo para "erradicar o mal". Talvez até ele esteja certo, só que as vezes exagera.
Já no caso de Edson "Oh Glória" foi algo mais complicado. Ele, além de vereador, é pastor pelo que se conta (por isso o apelido do vereador). Desrespeitou seus pares se dirigindo a Reinaldo Nunes e Gabriel "da Água" de forma muito esquisita. Parecia querer provocar os a favor da prefeita.
Mas, literalmente, já que tempos antes provocou um antigo membro da Câmara, Maciel Fama. Quando esse estava assistindo a uma reunião anterior.
Talvez o mais sucinto foi o doutor Márcio Pinho. Colocando e pontuando os motivos para achar que a processante estava certa.
No final, a prefeita foi absolvida com os seguintes votos:
E agora, o panorama de Santa Isabel mudou completamente. Se para melhor ou pior, só o leitor pode apontar.
Opinião pessoal: Eu votei em Fábia Porto Silva... E me arrependo. Amargamente.
Não vou comentar sobre as escolhas das pessoas nas pastas, pois isso eu sempre falo nessa dança das cadeiras.
O problema é outras coisa. Eu acredito que ela é culpada dos crimes SIM. Uma das coisas citada na sessão foi a questão do divórcio. Ao que parece, certos fatos foram colocados errados e só citados assim, depois do divórcio da prefeita e de seu antigo marido.
Isso é algo comum em direito. Um advogado tenta "inutilizar" uma prova ou testemunha falando que certo dado está errado. E normalmente, isso é graças a um evento grande de ordem pessoal (casamento, divórcio, compra de um imóvel ou outros). Então, eu me toquei... Era só um pretexto para tentar quebrar o caso. Fazer o que.
O que me irrita, mesmo, é uma grande parcela da Câmara ser a favor da prefeita. Eles não tem que fazer o que a prefeita ou o que uma parcela da prefeitura pede mas sim o que a população quer! Só que detalhe, mais parecia que os funcionários públicos queriam ir lá para fazer pressão. Eles querem justiça ou fazer algo justo pra si? Me perdoem, pois sei que existem pessoas competentes lá. Só que nesse dia, para mim, a política de Santa Isabel mostrou sua face mais suja.