Dona Geralda ou Geraldina, foi uma isabelense que teve sua história de vida entrelaçada a historia da cidade.
Criada na fazenda Morro Grande, que deu origem a cidade, brincava de bonecas feita de cabaças e não teve tempo de estudar.
Começou a namorar o mascate José com quem viria a se casar. Casou-se num dia de chuva. Amigos e familiares vieram acompanhando o casal em um cortejo a pé, do Monte Negro até a vila.
Tiveram doze filhos, todos nascidos de parteira e ficou viúva quando seu amado faleceu aos 55 anos de idade.
Viúva, com um balaio na cabeça, vendia verduras e legumes de porta em porta. Junto com Alzira e Dona Patrocínia, a famosa bezendeira, formavam um trio de irmandade.
Assistiu missas em latim na velha Matriz com o padre Virgílio. Gostava de novelas de rádio e viu a velha Igaratá ser submersa pelas águas da represa.
Viu a Via Dutra ser construída na década de 50 e com ela o êxodo rural, e assim viu como ela disse em simples palavras, “o caipira virar cidadão, e o cidadão virar caipira”.
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