sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Figuras notáveis: José Corrêa

Ao 73 anos (em 2024), o relojoeiro contou ao Jornal Ouvidor que inicialmente, sua função no ramo mercadológico era a venda de bijuterias, também na Avenida da República, e não se imaginava como relojoeiro, visto que "o tempo ainda não o permitia adquirir a experiência necessária".
No início de sua carreira como vendedor, em 1982, os diversos transeuntes que procuravam por bijuterias na "antiga Santa Isabel", também apresentavam seus relógios  dos mais diferentes tipos, todos com marcas históricas e pequenos defeitos. As pessoas me procuravam e mostravam os objetos, procurando com uma ajuda no conserto, disse ele.
Os primeiros anos no ofício foram de suma importância, pois serviram no aprendizado das mais diferentes técnicas vistas nos relógios da "antiga Santa Isabel". Eu não tinha muita experiência com relógios antes de tê-los em minhas mãos. Aprendi os mecanismos e seu funcionamento 'na raça' ao longo do tempo.
Se casou com Lídia, sendo pai de quatro filhos (Aparecida, Valter, Valdenice e Aurélia) e ainda hoje continua como relojoeiro, no Centro de Santa Isabel, onde há quatorze anos trabalha em uma oficina, um pequeno balcão localizado na entrada de um estacionamento.
Entretanto, mesmo após um período de diminuição no movimento, devido a chegada da "era digital", seu trabalho não foi desvalorizado. Ele ressalta que, recentemente, muitos jovens e adultos começaram a retornar a prática de consertar seus antigos relógios, e agora, muitos com seus "relógio digitais" (smartwatches).
Ele faz esse trabalho, e é conhecido como relojoeiro. Pode ser que as novas gerações vindouras deixem de usar relógios completamente, mas, não esqueçam aqueles que consertam, realizam a manutenção e apoiam os objetos guardados com tanto carinho.

VAQUIANI, Gustavo. A história do isabelense que nem o tempo parou. Jornal Ouvidor. Igaratá. 13 de Janeiro de 2024. p. 4.

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