terça-feira, 30 de setembro de 2025

(Espaço Aberto Arujá) Figuras notáveis de Arujá: Umbelina Ferreira Barbosa

Mais conhecida como Dona Belinha, Umbelina Ferreira Barbosa, nasceu em 17 de Novembro de 1903, em Jacareí, São Paulo. Foi filha do professor João Feliciano Ferreira da Silva e Ana Umbelina Ferreira Barbosa.
De origem humilde, Dona Belinha enfrentou muitas dificuldades desde a infância, incluindo a perda da mãe. Com doze irmãos ao todo, viveu um tempo com diferentes familiares até se mudar para Arujá em 1919, onde criou uma boa parte de sua história.
Em 1924, casou-se com Francisco André Barbosa, com quem teve oito filhos. Além de cuidar da casa e da família, Dona Belinha foi a primeira telefonista de Arujá, cedendo gratuitamente uma sala de sua casa para a instalação do posto telefônico do município, um serviço essencial naquela época.
Por trinta anos, ela atendeu ligações, organizou contatos, ajudou a população e até acolheu professoras de outras cidades, sempre com carinho e generosidade, tudo sem receber salário por décadas.
Nas horas vagas, ainda confeccionava peças de lã para complementar a renda da família, enquanto apoiava o trabalho do marido, que prestava atendimentos médicos e odontológicos no município. 
Em 2000, recebeu o título de Cidadã Arujaense pela Câmara Municipal. Dona Belinha faleceu em 2005, quase aos 102 anos de idade, deixando um legado de serviço, dedicação e amor à comunidade.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

(Espaço Aberto Igaratá) Figuras notáveis de Igaratá: O ‘Crocodilo’ de Igaratá, Tata

Também conhecido como o ‘Crocodilo’ de Igaratá, Tata é uma daquelas figuras marcantes que encanta crianças, jovens e adultos com suas experiências de vida. Dono de um carisma e disposição invejáveis, o ex atleta profissional e filho caçula de Maria Benedita de Almeida (Dona Nina), que teve 10 irmãos e nasceu na Velha Igaratá, lembra com saudosismo que sua genitora não queria deixar a cidade antiga, hoje submersa pelas águas da Represa, e foi uma das últimas a se mudar para a Nova cidade.
Pai de três filhos (Bryan, Breno e Brenda), comemora idade no dia 28 de Junho. Conhecedor da Represa como poucos, perdeu as contas de quantas pessoas ajudou a salvar de afogamentos, além de outros que infelizmente se foram: “Nossa Represa é muito extensa e, além de linda, é perigosa. Em alguns pontos, chega a cerca de 50 metros de profundidade, sem contar as erosões, cercas de arame farpado, galhos e outros perigos. Então, todo cuidado é pouco”, disse. No último final de semana, um jovem de apenas 24 anos perdeu a vida ao se afogar no Reservatório e seu corpo ainda não foi encontrado.
Ele também já socorreu inúmeros animais selvagens que cuidou e soltou novamente na natureza, como preguiças, capivara, lontras, etc. Da Cidade Velha, conhece cada ponto e já levou inúmeros turistas e mergulhadores para visitá-la: “Certo dia, um senhor me procurou com seu filho e gostaria de rever a Igreja antiga onde foi batizado e se casou. Foi um momento de muita emoção quando ele relembrou suas raízes”, disse. A praça onde era a Igreja fica a cerca de dezesseis metros da rua principal, onde tinha os bares e a maioria das casas.
A partir de setembro, começa a temporada de pesca e uma de suas especialidades é levar pessoas para fazer passeios de barco e capturar espécies como tilápia, corvina e tucunaré, entre outras: “Já pegamos peixes muito grandes por aqui. E não é história de pescador”, brinca, mostrando as fotos.
Tata foi uma das pessoas que mais lutou pela abertura do acesso à Represa pela “Prainha”, na década de 1980. Seu telefone para contato para agendar uma boa prosa e um passeio de barco para conhecer os encantos de Igaratá é o (11) 97461-8846.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

A enchente de 1965

Virgílio Frúgoli, em seu livro “Marcas do passado” relata em um capítulo sobre a pior enchente da história de Santa Isabel. Ele conta que o fatídico dia de verão do ano 1965, fora dentro da normalidade. Porém à noite, ventos e trovões, anunciavam uma tempestade.
Rapidamente o Ribeirão Araraquara, transbordou em minutos enchendo todo o centro da cidade. A região central de Santa Isabel se estabeleceu sob uma região natural da várzea dos ribeirões, o que colabora com a rapidez que a agua tem em se acumular.
Desde a região do bairro Treze de maio até o início da Avenida República a agua se manteve em um nível entre um a dois metros, causando destruição e perdas por onde passou.
A Delegacia de Policia, no atual (2024) prédio do Paço Municipal e que em seu subsolo ficavam as celas já estava tomada pela água, os presidiários tiveram que ser transferidos para o prédio do Fórum.
Na mesma região a casa de Mario Gonçalves, gerente da Fábrica de Juta, fora totalmente devastada pela fúria dos roldões de água.
A Fábrica de Juta (Galeria) foi inteiramente inundada. Tambores de óleo destinados às caldeiras, madeiramento, móveis e documentos tudo foi arrastado pela fúria da correnteza e nunca mais encontrado, assim como a recuperação dessa importante indústria isabelense, que pouco tempo depois foi decretada sua falência.
Muitos moradores antigos lembram com tristeza dos detalhes da maior tragédia natural da história de nosso município. O progresso da cidade ficou estagnado por muito tempo. Até ser ajudada pelo plano de governo estadual de industrialização da Grande São Paulo, o que ocasionou na vinda de algumas novas indústrias para a cidade.
Uma coisa que o texto de Virgílio Frúgoli, assim como o Centro de Memória Chico Fotógrafo, não cita é o seguinte: como, tanto a sociedade civil, como o governo municipal, jamais trataram o problema das enchentes de forma adequada. E como esta situação se estendeu até hoje. Já diria a frase antiga "aqueles que esquecem o passado, estão fadados a repetir ele". E muitos dos moradores que sabem desses acontecimentos antigos de 1963, se viram NOVAMENTE, assistindo a algo tão triste.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Figuras notáveis de Santa Isabel: Benedito Matias de Andrade

O conhecido Sinhô, foi por muitos anos, diretor do Grupo Escolar Major Guilhermino Mendes de Andrade, que era o seu pai. Era uma pessoa de sensibilidade única. Seu pai foi um isabelense ilustre.
Sinhô, além de professor, era o grande músico de bombardino de nossa corporação musical, que encantou muita gente nas graciosas e elegantes retretas que proporcionava ao público, no coreto, do jardim na Praça da Bandeira. A nossa ilustre Câmara Municipal, está em débito com o saudoso professor Benedito Matias de Andrade, que até hoje não tem seu nome em nenhum estabelecimento de ensino, em uma rua ou mesmo em qualquer pequeno e inexpressivo beco.