domingo, 5 de setembro de 2021

Texto de Érika Gatti

Quem me dera ao menos uma vez
Não me sentir um fardo, um peso...
Mas todas as vezes que fecho meus olhos,
Eu me lembro que sou um eterno talvez.

Me dói os ombros,
Me falta o ar.
Eu não sinto mais meus pés
E me falta ar para respirar.

Às vezes penso que posso ser grande.
Às vezes penso que posso voar…
Mas sempre alguém me lembra de que eu,
Definitivamente não sou capaz!

E quem sou eu?
Quem sou eu quando a porta se fecha?
Quem sou eu, quando ninguém vê as lágrimas rolarem?

A incompetente.
A demente.
A destrambelhada.
A alma condenada.

Talvez, só por um momento se eu não tivesse...
Enfim, existido…
Talvez eu tenha tido um pouco de paz...
No grande vazio da minha existência
A falta de coerência é o que me satisfaz.

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