quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Quando tentaram defender as árvores do centro de Santa Isabel

Um grupo de aproximadamente 30 pessoas, a maioria composta por jovens, fez um protesto no dia 17 de junho de 2011, na Praça Fernando Lopes, local onde já foi a sede da prefeitura de Santa Isabel (atualmente é o Paço Municipal. Munidos com giz, eles escreveram nos tapumes da Praça frases de protestos. Por exemplo: “As crianças plantam árvores e a prefeitura corta!”. “Cadê nossas árvores?”. “A prefeitura não respeita a natureza!”, entre outras frases. Eles entregaram à população um panfleto repudiando o corte das árvores. Algumas árvores da praça já foram cortadas caso dos chorões, e ao que tudo indica a maioria das árvores do local serão derrubadas, pois funcionários a serviço da prefeitura rebaixaram o piso da praça e deixaram as raízes das árvores expostas, ou seja, com a raiz à flor da terra a sustentação das árvores ficou comprometida. O mentor intelectual do protesto, um jovem de 22 anos, que não quis informar seu nome, disse que seu apelido é Marvin (Mas que conhecemos com Ban, Marcos, artista conhecido por suas poesias e textos, além de atuações em peças de teatro como Negro Amor). Ele falou que na condição de cidadão se sente agredido com os cortes de árvores. Disse ainda que as praças de Santa Isabel ficaram descaracterizadas e que as árvores, além do paisagismo, significavam cultura, e pergunta. “Quantas pessoas não passaram sua infância debaixo dessas árvores?”. 
A prefeitura de Santa Isabel indo as praças da região central do município, informa que fez “reformas” em pelos menos quatro praças, onde literalmente árvores tombaram e o cimento no formato de bloquetes encobriu a terra. Onde havia árvores, agora existe folhagens, onde havia terra, agora existe cimento. As praças ficaram descaracterizadas e a população indignada não aprova as tais reformas. O canteiro central do Treze de Maio virou um terrão ao custo de mais de 100 mil reais. Hoje em dia, quase ninguém reclama de como está o lugar. Uma das praças do bairro Eldorado ficou mais de 100 mil reais. Praças pequenas, caso dos Expedicionários e do Brotas custaram aos cofres municipais mais de 30 mil reais. 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Museu de Itaquaquecetuba fez exposição de arte sacra (entre elas, as de Dito Pituba)

O Museu de Itaquaquecetuba fez uma exposição até 11 de Maio de 2014, compeças de Arte Sacra. Destaque para os paulistinhas de Benedito Amaro de Oliveira (1848-1923), conhecido por Dito Pituba, santos rústicos esculpidos pelo santeiro de Santa Isabel. Dito Pituba viveu do seu trabalho de santeiro.
Na fotografia que vemos, ao centro está São Gonçalo (padre). O santo também é representado com uma viola na mão, sendo considerado o protetor dos violeiros. Há várias peças em madeira e terracota; pertencem a coleção particular do artista plástico Rafael Schunk.


quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Figuras notáveis: Bira (fotos)

Aproveitando que estou escrevendo sobre figuras notáveis de Santa Isabel, quis escrever e postar imagens sobre uma figura de forma diferente. Espero que gostem do que mostro sobre Ubiraci Carvalho, o Bira.

  • Curso no CIP, capacitação profissionalizante de design gráfico;
  • Reunião mensal no SEBRAE Guarulhos;
  • Sessão solene na Câmara dos Vereadores de Campinas, lutando por politicas afirmativas como um dos diretores do MPU, Movimento Político Umbandista;
  • Sessão solene na Câmara Municipal de São Paulo em um dia marcante com todos os principais líderes de Umbanda e Candomblé do Brasil em busca de mais direitos e politicas afirmativas. Compondo a mesa com Laercio Benko, Dr Basilio, Dr Edio e meus irmão diretores do MPU, Movimento Político Umbandista
  • Passeata "Fora Transcooper";
  • Ação solidária do grupo Ajuda santa isabel para as vitmas da enchente de nossa cidade.





segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Lendas de Santa Isabel: Figuras históricas nacionais em Santa Isabel

Há muitas lendas que foram comprovadas aqui na cidade. Como por exemplo, a de que nossa cidade já deve show da banda Sepultura. Isso foi comprovado em um flyer que João Gordo mostrou a Andreas Kisser, em redes sociais. E quem quiser, pode falar com Assis, que coordenou o show no Ginásio de Esportes.
Outras lendas, foram desmistificadas. Muitas pessoas pensam que Mazzaropi filmou em Santa Isabel. Isso se deve a outro cineasta, que realmente filmou no município, e o nome do filme que fez aqui. Ladrão de Galinhas, diferente do grande interprete de Jeca Tatu que fez O Ladrão de Galinha, no singular. 
Mas algumas, jamais foram confirmadas. É dito que, sem comprovação histórica, a atual casa paroquial teria abrigado Dom Pedro II e o poeta abolicionista Castro Alves.
Há pontos que contradizem e corroboram com essa história. É que, apesar de falar que Santa Isabel era um grande ponto de tropeiros, isso geograficamente não era verdade. Entretanto, um dos sinos da cidade (talvez no Rosário ou da Matriz) seria um presente de Dom Pedro. Então, o que acha?

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O crítico Antônio Maurício de Sousa

"Eu vivi a minha infância entre Mogi e São Paulo, porque papai (Antonio Mauricio de Sousa) era barbeiro, poeta, jornalista e trabalhava em rádio e ele era muito envolvido com críticas sociais, políticas e religiosas. Ele tinha um jornalzinho crítico, tipo o velho Pasquim, que ele rodava no fundo da barbearia dele, em uma linotipo. E o jornal, geralmente, metia o pau nos políticos, nos poderosos e em algumas áreas da Igreja. Então, ele vivia sendo realmente expulso de Mogi. Mas eu vivi mais em Mogi do que em São Paulo. Fiz o Ginásio (atualmente Ensino Fundamental) completo na Cidade, no Instituto (de Educação Dr. Washington Luís)."

O trecho texto foi publicado em “O Diário de Mogi” de 13 de fevereiro de 2011, de palavra do próprio Maurício de Sousa. Se Antônio Maurício de Sousa era assim em Mogi das Cruzes, o que ele diria sobre Santa Isabel, sendo sua terra natal?

Antonio Mauricio de Sousa | J Ú L I O M O R E N O (wordpress.com)

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

A catira

A catira tem uma origem muito discutida. Alguns dizem que ela veio da África junto com os negros, outros acham que é de origem espanhola, enquanto estudiosos afirmam que ela é uma mistura com origens africana, espanhola e também portuguesa - já que a viola se originou em Portugal, de onde nos foi trazida pelos jesuítas.
A dança da catira é considerada a mais antiga manifestação da cultura caipira. Como dito, as versões sobre a origem do catira são muitas; a mais aceita é de que a catira é uma hibridização ocorrida entre os europeus e os índios nativos, remontando nos tempos da catequese, quando os jesuítas associavam as danças indígenas ao som da viola, de origem portuguesa, que aperfeiçoada, viera a formar a nossa afamada viola caipira para promover a pacificação e integração do índio através do entretenimento. Mas não nos esqueçamos que muitas vezes isso ocorria de forma violenta.
O catira era conhecido pelos indígenas como cateretê, que no tupi significaria algo como "dança religiosa".
Apesar de serem figuras violentas, os bandeirantes podem ser tratados como os primeiros caipiras do Brasil. E uma das bandeiras levantadas foi a expansão do território brasileiro. Com o contato deles, indígenas e jesuítas, o estilo foi difundido pela antiga Paulistânia (cultura, língua e tradições com origens em comum, que compõem o estado de São Paulo, parte dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goías e Paraná). Tudo isso, não só através deles, mas também com boiadeiros e tropeiros.
Pois em seus lugares de repouso e descanso, era costumeiro praticar a dança.
Os ritmos mais antigos dela são o recortado e a moda de viola:
  • o recortado é dançado ao mesmo tempo em que a música toca. Como no caso da música Jogo da Douradinha;
  • já no moda de viola é dançado apenas entre os intervalos de uma parte da música para outra. Como em Peão de Tanabi. 
Tião Carreiro popularizou o ritmo do pagode, que é mais frenético e que mistura o recortado e a moda de viola na dança. 
Vieira e Vieirinha são tratados como os "reis da catira", popularizando essa dança.
A dança catira não se limita apenas em bater palma e sapatear, constituindo-se num estilo de vida de quem está dançando. Naquele momento o dançador se esquece de coisas ruins, trazendo assim muita alegria e descontração, além da dança servir também como identidade familiar para os integrantes do grupo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Os trabalhos de Chico ultrapassam Santa Isabel

As exposições seguiram-se pelas cidades vizinhas, do interior ou de outros estados: Arujá, Mogi das Cruzes, Suzano, São José dos Campos (Sesc São José), Catanduva, São José do Rio Preto, Jaú e Águas de São Pedro, Florianópolis e Blumenau. Além de expor na Bienal de Arte e Pintura, em São Paulo, em 2000 nos países sul-americanos Argentina e Chile.
Chico começou a trabalhar com materiais em elementos naturais aplicados às telas, como argila, resina vegetal, pedra, madeira, semente, papel machê, bem como pigmentos orgânicos, carvão, cipó, entre outros. Os trabalhos foram vendidos até para países da Europa como Alemanha, Espanha e Holanda.
Chico estava vivendo um momento de grande transformação em sua vida e com sucesso, porém sentia que faltava algo para "vivenciar sua arte". Foi quando demonstrou grande interesse pela cultura indígena. Pesquisou em livros, revistas especializadas, filmes e internet. Economizou, e com a cara e coragem, foi para o Mato Grosso conhecer aquela cultura.
Visitou aldeias indígenas e as tribos Kamayura, Mehinaku, Bororo e Guarani. Observou com atenção e aprendeu as técnicas de manipulação de material, a forma como a pintura e a arte se desenvolviam entre aquele povo, assim como assistiu e participou de cerimoniais. Obviamente, com a autorização dos grupos.
Foi um trabalho de três anos: de 2005 a 2007.
A relação com os indígenas foi de extrema admiração e respeito. Com o fotógrafo, Valter Arantes, o isabelense fez uma grande exposição em Rondonópolis. O sucesso foi imediato, ao ponto da prefeitura da cidade comprar inúmeras obras do artista para o acervo da cidade, como patrimônio cultural. Foi disso que Chico começou seu aprofundamento na arte e conhecimento indígena, contudo não ficou apenas nos quadros; ele também passou a produzir objetos e materiais artesanais, aos quais denominou Arte Ancestral. Ao qual já foi exibida mais de uma vez em Santa Isabel.

CHICO, o poeta dos pincéis. Revista O Isabelense. Santa Isabel. Agosto de 2013. p. 6-7

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

O filme que foi gravado em Santa Isabel

Há um filme, que dizem ter sido filmado em Santa Isabel e por Mazzaropi, que sempre percorria as conversas dos mais velhos no município. Então, eu recentemente descobri a verdade.
Assim como Mazzaropi, outro artista teria criado um personagem caipira. Wilson Roncatti.
Na época, os gêneros de filmes brasileiros ocorriam com uma dose forte do "caipira", criado por Mazzaropi. Ele era até chamado de "Rei do Cinema Nacional". E os produtores tentaram algumas fórmulas, como os de longas com duplas sertanejas, para o destronar.
Um bom estilo “caipira” é o que foi feito por Wilson Roncatti. O filme é “Ladrão de Galinhas”. Wilson Roncatti, é no filme, o personagem Chico Raposa, ingênuo, burraldo, ignorante, simples, como Mazzaropi. Mas, fisicamente, não se parece com ele. Nem no comportamento. Talvez esteja aí a chave do sucesso da época.
Quando “Ladrão de Galinhas” foi às telas, ninguém esperava que o público fosse acolher como acolheu. Nem Wilson, nem o diretor, nem tampouco os produtores. Mas, o filme aconteceu. Não foi – é óbvio – um “estouro” de bilheteria, mas foi muito melhor que muitas obras da época.
Ele foi exibido muitas vezes, como podemos ver na imagem. Em especial, na cidade de Arujá, como diz no anúncio, como uma obra de Wilson Roncatti.
Entretanto, o que deve ter confundido algumas pessoas é o seu título. "O Ladrão de Galinha" é o nome que aparece no anúncio. Nome idêntico a uma obra de Mazzaropi, que como falamos, é um ator que popularizou os filmes caipiras. Entretanto, o nome original da obra de Roncatti é O Ladrão de Galinhas.
As locações teriam sido a Fazenda São Judas Tadeu (Fazenda Penido), Casarão do Dario e a Praça da Bandeira, em Santa Isabel, no ano de 1975.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Minha opinião sobre a página onde estão obras dos artistas vencedores da Lei Aldir Blanc

Então vamos lá: a Lei Aldir Blanc, que serviu como um auxílio emergencial aos artistas devido a pandemia, foi entregue a alguns privilegiados em 2020. Isso foi bom. Apesar que a Secretária de Cultura deveria correr atrás mais de quem realmente precisava dos valores, e isso é só chatice minha mesmo, pois era um período complicado demais para averiguar cada candidato. Até ai tudo bem. Entretanto, vejamos um fato curioso.
Ao entrar no site da prefeitura, eu notei algo ruim. Além do site estar muito lento e o design da página ser horrível (palavras de um amigo meu, não minhas, que trabalha com design gráfico), ocorria outro problema. Quando o usuário mexia nas imagens, notava que elas não ampliavam. Ficavam só do tamanho de ícones.
Isso foi incompetência, ou da Secretária da Cultura, ou das pessoas que publicaram as imagens no site. Pois conheço o trabalhos daqueles que lá estão. Cidão tem um scanner ao qual publica seus trabalhos com alta qualidade e Yara Arantes é uma fotógrafa extremamente competente. Então, isso não pode ser culpa da má vontade dos artistas, com material inadequado. 
Observação: eu já avisei ao secretário da Cultura, em 2021, Roberto Bastos. Mas nada foi feito sobre isso. Se nós temos uma oportunidade de arrumar uma falha, por qual motivo não o fazer? Talvez por preguiça. Ou quem sabe incompetência. Isso, pois ainda não vi os links de artistas como dançarinos ou músicos. Só imagina.

domingo, 5 de setembro de 2021

Texto de Érika Gatti

Quem me dera ao menos uma vez
Não me sentir um fardo, um peso...
Mas todas as vezes que fecho meus olhos,
Eu me lembro que sou um eterno talvez.

Me dói os ombros,
Me falta o ar.
Eu não sinto mais meus pés
E me falta ar para respirar.

Às vezes penso que posso ser grande.
Às vezes penso que posso voar…
Mas sempre alguém me lembra de que eu,
Definitivamente não sou capaz!

E quem sou eu?
Quem sou eu quando a porta se fecha?
Quem sou eu, quando ninguém vê as lágrimas rolarem?

A incompetente.
A demente.
A destrambelhada.
A alma condenada.

Talvez, só por um momento se eu não tivesse...
Enfim, existido…
Talvez eu tenha tido um pouco de paz...
No grande vazio da minha existência
A falta de coerência é o que me satisfaz.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Premiados pela Lei Aldir Blanc em Santa Isabel


Os ganhadores foram:
  • Adriano Melo;
  • Adriene Charlotte dos Santos;
  • André Caetano Alves;
  • Angélica Aparecida Krauss Moses;
  • Aparecido Campos Benedito;
  • Benedito Aurélio Ribeiro;
  • Carla Simão Pereira;
  • Carlos Pereira de Miranda;
  • Débora Almeida;
  • Dennys Moraes da Silva;
  • Dirce Batista da Silva Tinoco;
  • Edison Aparecido Manzini Júnior;
  • Edson Aparecido Machado;
  • Eduardo Franco de Almeida;
  • Eduardo Kleber da Silva;
  • Elisama Regis Nascimento;
  • Elvira Norma Virgínia Espínola Unzain;
  • Emerson da Silva Soares;
  • Francisco de Assis Alves;
  • Henrique Comiani Baptista Garcia;
  • Iuri Felipe Machado Rodrigues;
  • João Victor Pinto Lemes Urbano;
  • José Pedroso;
  • Katty Ohana Brasileiro de Araújo;
  • Leonardo de Moura Pereira Santos;
  • Marcelo Rodrigues;
  • Márcia Maria Vidotto;
  • Marcos Vinícius da Silva Rosa;
  • Maria Aparecida da Silva Brasileiro;
  • Maria Aparecida Monteir Teixeira;
  • Matheus Henrique Menale;
  • Miriam Cristina Pereira;
  • Otoniel Augusto Vilela de Oliveira;
  • Pâmela Albuquerque da Silva;
  • Raul Caraça;
  • Rodrigo di Pietra;
  • Rogério Maia Santos;
  • Rosimar Salete de Paula;
  • Ruth Rodrigues de Souza;
  • Samanta Lúcia Campos;
  • Sebastião Alves de Siqueira;
  • Vitor di Pietra Bretas Maduro;
  • Wallyson Lopes Carneiro;
  • Wellington Pires dos Santos;
  • Wesley da Silva;
  • William Alves da Silva;
  • Yara Fernandes Arantes;